Patrick – Vince per Gilles!

Por a 4 Dezembro 2022 13:52

Esta foi a frase escrita pelos tiffosi no chão do circuito de Imola em 1983, junto ao terceiro lugar que Patrick Tambay, ao volante do mítico Ferrari nº27 ocupava. Falar de Tambay é falar da Ferrari, de Villeneuve e da forte ligação que unia os dois homens, mas é também muito mais.

Mesmo sem ter sido campeão ou conseguido um grande número de vitórias, o impacto de Patrick Tambay junto dos fãs adquiriu um enormíssimo significado pela sua ligação à Ferrari naquele negro ano de 1982. Porém, o piloto parisiense teve uma longa e versátil carreira, demonstrando talento ao longo de todo o seu percurso, mesmo se as condições raramente permitiram que o exprimisse na sua plenitude.

Nascido numa família rica da capital francesa a 25 de junho de 1949, o jovem Patrick sempre foi dado ao desporto, mas a sua primeira grande paixão foi o esqui alpino e, logo na adolescência integrou a equipa nacional de França, tendo sido companheiro de outros futuros pilotos como Jean-Claude Killy e a futura lenda dos Sport-Protótipos Bob Wollek. Campeão francês júnior de Downhill em 1968 e vice-campeão de Slalom no mesmo ano, Patrick parecia bem lançado para uma carreira profissional na área, principalmente quando se mudou temporariamente para o Colorado, uma das capitais desportivas dos EUA, e viria a candidatar-se à conhecida universidade local, em Boulder, onde viveu e estudou até 1972. No entanto, Tambay não era imune ao ‘bichinho’ dos automóveis, e seguia a modalidade através das revistas e chegou a ser ‘cameraman’ no G.P. do Mónaco em 1968!

Depois de assistir à inauguração do circuito de Paul Ricard em 1971, e com o sonho olímpico de 1972 a desvanecer-se, Tambay fez alguns ensaios no final de 1971 no quadro do futuro Volante Elf, e em 1972 alinhou na primeira edição daquele troféu de promoção, vencendo imediatamente, o que lhe valeu a estreia nos campeonatos francês e Europeu de Fórmula Renault.

Com o prémio da vitória e o apoio da Elf, Tambay decidiu regressar a França e abandonar em definitivo a experiência no esqui – embora tenha dito que, além da enorme preparação física e psicológica que a prática deste desporto em alta competição lhe proporcionava, também era muito importante a nível de reflexos a alta velocidade –para disputar o Campeonato Europeu de F.Renault com a equipa oficial da Alpine, sendo derrotado por René Arnoux no desempate final por vitórias apenas!

O resultado foi suficiente para que fosse promovido de imediato à F2 com a mesma equipa, mas foi uma época de aprendizagem e os resultados não foram sonantes, pese uma vitória na prova extra campeonato de Nogaro.

Porém, em 1975, com um March oficial, os resultados já foram substancialmente melhores, mas ainda assim não deu para lutar com um inalcançável Jacques Laffite, ficando-se pelo terceiro lugar no campeonato, com uma vitória. Seguiu-se nova temporada na F2, desta vez ao volante dos Martini-Renault patrocinados pela Elf, tendo como colega de equipa o seu velho rival René Arnoux. Começando bem a época, Patrick era seguramente um dos grandes favoritos ao título, mas após um bom início de temporada, uma sequência de abandonos arredou-o da contenda, embora no final tivesse sido o veterano Jabouille a vencer com o Elf 2, batendo à justa Arnoux, enquanto Tambay concluía de novo em terceiro.

Com 27 anos, o francês sabia que o tempo para chegar à F1 começava a esgotar-se, e ficar uma quarta época consecutiva na F2 com a equipa Martini podê-lo-ia deixar “encalhado” entre as eternas esperanças da categoria. Deste modo, Tambay recusou a oferta da Elf e começou a estabelecer contactos no meio da F1 tendo em vista um volante para 1977. Porém, sem o apoio da petrolífera, reunir o montante ideal revelou-se muitíssimo complicado e o melhor que conseguiu foi um acordo com Teddy Yip e Sid Taylor para pilotar um segundo Ensign inscrito pela Theodore Racing no G.P. de França, pelo menos. Esta ligação começou logo em 1976, quando disputou para o magnata dos casinos de Hong-Kong uma prova de F5000. Restava-lhe esperar pelo meio da época, tendo inclusive alinhado em duas provas de F2 com um Chevron, mas à chegada a Dijon a desilusão instalou-se, já que a Ensign não conseguiu ter o segundo carro pronto.

Presente envenenado

Fecha-se uma porta, abre-se outra, e John Surtees tinha o segundo carro da equipa literalmente para alugar, e com Larry Perkins a não conseguir ser competitivo no traçado francês, Surtees chamou Tambay, que falhou a qualificação. Pouco depois, recebia uma chamada de Carl Haas, dono de uma das melhores equipas de F5000 – que tinha sido reconvertida em 1977 na segunda geração da Can-Am, cujos carros eram basicamente os antigos F5000 carenados –para substituir Brian Redman, que tinha sofrido um horrível acidente na primeira ronda do campeonato em Mont Tremblant. Tambay aceitou de imediato e viria a vencer seis das sete provas em que alinhou, o que lhe deu o título, forjando assim uma importante relação do lado de lá do Atlântico.

Na Europa, estreou-se finalmente ao volante do segundo Ensign apoiado pela Theodore (e financiado pelo seu ordenado e prémios nos EUA) no G.P. de Inglaterra, e logo de seguida, na Alemanha, fez uma brilhante performance em qualificação, e na prova conseguiu um espantoso sexto lugar! As exibições prometedoras chamaram a atenção da Marlboro, que decidiu apostar nele, e de facto o francês bem o fez por o merecer, pois perdeu um pódio quase certo na Holanda quando ficou sem gasolina a menos de duas voltas do fim, e no Canadá regressou aos pontos. Por esta altura, Patrick estava já em conversações com a Ferrari e com a McLaren, mas sem garantias que os sempre incertos contactos com a Ferrari proporcionavam, optou pela McLaren, correndo ao lado de James Hunt.

No entanto, o presente cedo se revelou envenenado. Depois do bem-sucedido M23, e de ter conseguido uma época bastante interessante com o M26 em 1977, a McLaren via-se a braços com um carro obsoleto perante a chegada dos Lotus com efeito-solo, e o desenvolvimento conseguido pelas rivais Ferrari e Brabham. Apesar de algumas boas performances, Tambay não conseguiu concretizar em resultados, e James Hunt estava já numa enorme espiral descendente em termos de motivação, por isso ambos terminaram a época empatados com apenas oito pontos.

Hunt foi substituído por Watson para 1979, mas a época conseguiu ser ainda pior e os McLaren arrastaram-se pela segunda metade do pelotão, já que a equipa nunca conseguiu compreender os fundamentos do efeito-solo na construção do M28, que se revelou um desastre – quaisquer semelhanças com o estado da McLaren nas últimas temporadas são pura coincidência – e Patrick acabou a época a zero, já com o novo M29.

Segundo o piloto, a equipa tinha uma opção sobre ele para 1980, mas quis que ele testasse contra o Campeão Europeu de F3 em título, um tal de Alain Prost, para definir quem ficaria com o lugar. Tambay recusou liminarmente a oferta e decidiu regressar aos “States” em 1980.

Se Tambay e Teddy Mayer nunca conseguiram estabelecer uma boa relação, o inverso ocorreu com Carl Haas, que ficou encantado por contar de novo com o francês para liderar o ataque ao título Can-Am de 1980. Perante uma concorrência reforçada relativamente a 1977, Tambay venceu seis das dez provas do campeonato e assegurou mais um título.

No entanto, o apelo da F1 não tinha desaparecido, e Teddy Yip contactou-o para pilotar para a pequena Theodore, agora uma equipa independente, em 1981. Operando no limiar mínimo em termos de budget, Tambay conseguiu algumas performances absolutamente extraordinárias com o TY01 – com algum dinheiro para desenvolver, não havia dúvidas que o chassis era bem-nascido – Patrick conseguiu colocar o carro nos pontos na primeira prova do campeonato, em Long Beach, e sempre que possível tentava aproveitar a elevada taxa de abandonos para conseguir chegar o mais próximo possível dos pontos.

Deste modo, chamou as atenções de Guy Ligier, que queria um piloto para substituir Jean-Pierre Jabouille que, mal refeito do acidente que sofrera no Canadá em 1980, estava consciente da incapacidade em andar ao ritmo dos melhores.De início, esta ligação tinha tudo para relançar a carreira do parisiense, já que a Ligier tinha carro para vencer Grandes Prémios e Laffite estava vagamente na luta pelo título. Porém, a boa relação que Tambay rapidamente estabeleceu com Gérard Ducarouge causou tensões dentro da equipa, em que Laffite tinha uma natural primazia, e o conceituado técnico francês foi despedido pouco depois e Tambay relegado nitidamente á condição de segundo piloto, muitas vezes testando as novas componentes que seriam incorporadas no carro de Laffite, e viu-se constantemente afligido por problemas mecânicos, nunca pontuando ao volante dos carros azuis.

Escusado será dizer que Patrick Tambay ficou de fora da Ligier para 1982, e viu-se novamente na condição de desempregado e cada vez mais desiludido com o mundo da F1. Deste modo, decidiu regressar aos EUA e assinou com a Team VDS para fazer a época de Can-Am em busca de um terceiro título, mas com uma ambição bem maior – em 1983 passariam para o bem mais competitivo e cada vez mais popular campeonato CART (a título de curiosidade, a VDS viria a correr no campeonato CART de 1983 com John Paul Jr., uma das mais jovens promessas americanas da época, e que se viria envolvido em problemas legais, fruto da ligação entre certas equipas da IMSA e o tráfico de marijuana) – Tambay seria assim um dos pioneiros na passagem para este campeonato, depois de uma carreira falhada ou de falta de oportunidades na F1, como viria a ocorrer com Derek Daly, Stefan Johansson, Gil de Ferran, etc.

Mas, ainda antes do início da época americana, Tambay foi chamado à pressa por Jackie Oliver para substituir Marc Surer, que se lesionara nos testes de pré epoca em Kyalami. Mas, se bem se lembram, o G.P. da África do Sul de 1982 ficou marcado pela greve dos pilotos devido ao conflito com a FISA devido à emissão de superlicenças.

Do lado dos ‘grevistas’, e sabendo que o Arrows não era um volante minimamente competitivo, Tambay bateu com a porta no local, comentando com Oliver que estava farto das politiquices da F1 e decidiu de vez deixar para trás das costas a carreira na categoria-rainha do desporto automóvel.

Primeira vitória

Por ironia do destino, Tambay viu-se rapidamente chamado de volta à F1… A 8 de Maio de 1982, Gilles Villeneuve sofria o seu acidente fatal em Zolder, e Enzo Ferrari decidia chamar para o substituir, Tambay, um dos melhores amigos de Gilles (ver caixa), e um dos mais experientes e reputados volantes disponíveis.

Num misto de emoções, Patrick aceitou a oportunidade e tudo tentou fazer para honrar o seu falecido amigo e ajudar a Scuderia na sua luta pelo título de pilotos (com Pironi) e de Construtores. O francês só se estreou na Ferrari na prova holandesa, e não demonstrou a provar que, pela primeira vez com um carro competitivo em mãos e devidamente integrado numa equipa, era um ganhador.No entanto, as tragédias ainda não tinham acabado…

Nos treinos para o G.P. da Alemanha, perante uma chuva diluviana, Pironi foi tão temerário quanto Villeneuve e colidiu violentamente com Alain Prost, sendo igualmente catapultado pelo ar, e deixando o piloto com múltiplas fraturas nas pernas, que iriam efetivamente acabar com a sua carreira na modalidade.

Com todos os olhos da Scuderia concentrados nele, Tambay fez uma prova sem mácula e conseguiu a sua primeira vitória no Mundial de F1. Porém, o final da época não seria tão positivo, já que uma hérnia discal – provavelmente causada pelas forças brutais e duríssimas suspensões dos carros com efeito-solo – impediu-o de estar à partida do G.P. da Suíça em Dijon, e depois na ronda de encerramento em Las Vegas, mas ainda assim a Ferrari conseguiu o merecido Título de Construtores.

A Ferrari renovou contracto com Tambay para 1983, que voltava a ter como colega de equipa a sua eterna Némesis René Arnoux. Na primeira metade da época, Tambay foi claramente o mais rápido dos pilotos da Scuderia, conseguindo uma emotiva vitória no G.P. de San Marino.

Porém, um conjunto de azares mecânicos na segunda metade da temporada e crescentes tensões com o diretor desportivo Marco Piccinini deixavam antever a saída de Tambay, o que foi confirmado após o G.P. de Itália.

Naquele momento, os dois pilotos do Cavallino Rampante ainda estavam na luta pelo título, mas o abandono com problemas de travões no G.P. da Europa em Brands Hatch pôs fim a esse sonho, e Tambay terminou a época em quarto. No entanto, Patrick encontrou outro “lugar ao sol”, ao assinar pela Renault ao lado de Derek Warwick.

Esperava-se que os homens de Viry-Châtillon tivessem aprendido com a clamorosa derrota de Prost em 1983 algumas lições, mas tal não aconteceu. Embora fosse muito rápido, o novo motor Renault só rivalizava com o Alfa Romeo em termos de consumo, obrigando não raras vezes os seus pilotos a reduzir a pressão de turbo e perder lugares no final das provas, quando não acabavam mesmo em “pane seca”.

Foram raras as provas em que Tambay não esteve entre os mais rápidos, mas a nível de concretização a época foi bastante má, conquistando uns magros 11 pontos.

Porém, em 1985, a Renault parecia continuar a sua evolução “em marcha atrás”, e o carro não só já não se batia com os melhores em termos de rapidez, como a nível de fiabilidade a condição tinha piorado, a temporada de Warwick e Tambay foi um verdadeiro desastre para uma formação com tais pergaminhos, embora Patrick acabasse com os mesmos 11 pontos do ano anterior.

A Renault tinha optado por deixar a F1, fornecendo apenas motores, mas Tambay continuou na categoria graças à chegada da equipa de Carl Haas que, apoiado pela cadeia agroalimentar Beatrice e pela Ford, havia encomendado um chassis à Lola para se estabelecer na F1.

Depois de alinhar no final de 1985 em algumas provas com o ex-campeão Alan Jones, a formação americana prometia muito, com a dupla Jones/Tambay, motores Ford de fábrica e nomes sonantes no departamento técnico, como Adrian Newey, Ross Brawn, Neil Oatley, Tyler Alexander e Teddy Mayer, entre outros.

Prometia muito, mas… Como em tantos outros casos, começar do zero na F1 não é fácil, e o motor Ford nunca foi devidamente desenvolvido, daí que os pilotos da Haas arrastaram-se pelo meio do pelotão, e Tambay acabou a época com 2 pontos.

Com o fim do patrocínio da Beatrice, Haas considerou não ter um budget adequado e deixou a F1, concentrando-se na bem-sucedida operação no campeonato CART com Paul Newman e Mario Andretti.

Tambay disse assim adeus à F1 e decidiu dedicar-se a uma nova aventura – o Rali Paris-Dakar. Ao volante de um Range Rover de fábrica, Patrick mostrou imediatamente a sua grande capacidade de adaptação ao vencer três etapas, embora um dia mau no deserto do Mali o tenha atirado para um magro 20º lugar.

Novamente com marca de jipes inglesa, Tambay regressou em 1988 com muito mais sucesso, vencendo duas etapas e alcançando o terceiro lugar do pódio, o que lhe valeu o convite para integrar a equipa de fábrica da Mitsubishi em 1989. Voltou a vencer uma etapa e a repetir o lugar mais baixo do pódio, mas contra os fabulosos Peugeot oficiais pouco ou nada havia a fazer.

Tambay continuaria as suas ocasionais prestações em Rallye-Raids no início da década de 90 com a Lada e Land Rover, embora nunca voltasse a repetir estes êxitos.

Em 1989, vimos também Patrick a regressar às pistas, tendo assinado com a TWR para competir no WEC ao volante dos Jaguar oficiais, maioritariamente com Jan Lammers, mas a campanha foi pontuada por problemas de fiabilidade e os melhores resultados saldaram-se por um segundo lugar em Jarama e um quarto em LeMans.

Tambay continuou a participar ocasionalmente em provas de sport e GT de menor dimensão ao longo da década de 90, e em 1994 tornou-se sócio da equipa Larrousse de F1, que infelizmente não passou dessa temporada.

Dedicou-se também a uma bem-sucedida carreira como comentador desportivo, e desempenhou também papéis políticos na região de Le Cannet, onde se estabeleceu desde os seus primeiros temos como piloto profissional.

Patrick Tambay pode não ter sido um grande campeão, de facto, assim o parece, embora também fosse amplamente dito já na época que o seu feitio demasiado benevolente e amigável não se adequava ao espírito “Piranha Club” da modalidade; mas é inegável que tinha talento para dar e vender e, tivesse outras oportunidades, poderiam constar bem mais vitórias do seu longo e rico currículo.

Tambay e Villeneuve, uma bela amizade

O desporto tem uma faceta humana muito rica, e se são as rivalidades que ficam para a posteridade, as amizades profundas que unem estes homens merecem igual ou maior destaque. Ambos conheceram-se na prova de F.Atlantic em Trois-Rivières, aquela que catapultou Villeneuve para a fama, ao ter batido a elite europeia convidada. Ambos se estrearam na mesma prova – o G.P. de Inglaterra de 1977 (Tambay na Ensign e Villeneuve na Theodore) – e o rumor corrente era que Tambay seria piloto da Scuderia e Villeneuve substituiria Mass na McLaren. No entanto, a promessa desta foi mais atractiva para Tambay, e conta-se (embora isto seja muito disputado), que terá sido o francês a avisar Villeneuve que tinha assinado contrato, e recomendar-lhe que insistisse junto da Scuderia!

Após a morte de Gilles, Tambay foi um dos que mais apoiou a família Villeneuve, que chegou a viver na Suiça junto dos Tambay. De referir que Tambay era padrinho do jovem Jacques, e teve um papel instrumental a aconselhá-lo no início da carreira desportiva, tal como viria a fazer com o seu próprio filho Adrien, hoje em dia a correr no DTM.

Mas, se houve momento que caracterizou esta amizade, foi o G.P. de San Marino de 1983. Tambay qualificara-se em terceiro, tal como Villeneuve no ano anterior, e nesse lugar os tiffosi haviam pintado uma bandeira canadiana e a frase que intitula este artigo. Incapaz de conter a emoção, Tambay ficou no carro me lágrimas até bem perto do início da prova, e apesar de problemas de ignição, conseguiu vencer depois de ter pressionado Patrese a cometer um erro bem perto do fim. A receção do público foi estrondosa e deixa de cabelos em pé qualquer amante do desporto motorizado. Naquele dia, Tambay venceu mesmo por Gilles…

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