Pai de Jules Bianchi desconfia do ‘halo’

Por a 4 Março 2016 08:49

Numa entrevista a um canal de televisão francês, Philippe Bianchi, pai do malogrado Jules Bianchi, acredita que o ‘halo’ não é a melhor solução para proteger os pilotos de Fórmula 1. “Considero que é um passo em frente no que à segurança diz respeito. É óbvio que este sistema é eficaz no caso de embate de uma roda, mas não mudaria nada na proteção de pequenas peças, como as que acertaram em Felipe Massa e Justin Wilson.  Este é um passo em frente, mas não resolve tudo”, referiu.

Quanto ao acidente que vitimou o filho como consequência da colisão de Jules com um veículo de pista no GP do Japão de 2014, Philippe acredita que esta proteção não faria qualquer diferença, uma vez que o resultado deveu-se à desaceleração abrupta que sofreu à conta do impacto.

“Não teria mudado nada para o Jules, porque foi a desaceleração extremamente violenta que provocou os danos que conhecemos ao seu cérebro. Penso que o desenvolvimento do sistema HANS, para melhor absorver as grandes desacelerações provenientes dos impactos mais fortes, pode ajudar neste caso”.

O pai do antigo piloto da Academia Ferrari e da Marussia alertou ainda para a FIA ter que continuar a procurar soluções que melhorem a segurança, mesmo que o ‘halo’ acabe mesmo por ser obrigatório:

“Obviamente que não irei dizer nada que vá contra algo que resulte numa maior segurança dos pilotos. Mas esta versão do ‘halo’ ainda não me convenceu e tem ainda de ser melhorada. Esteticamente é muito má e pergunto-me o que um piloto consegue ver por trás do ‘halo’. A FIA quis agir depois das mortes do Jules e do Justin Wilson, mas precisa de ir mais longe”, concluiu.

 

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ze-do-pipo
ze-do-pipo
8 anos atrás

Concordo com a opinião de Philippe Bianchi. Mas, mais importante que “halos” ou cockpits fechados, é que deveria ser banido o recurso a máquinas daquelas, optando-se por um sistema de elevação/deslocação tipo cablecam ou gruas fixas/autogruas atrás dos rails. No limite máquinas como aquela, só acederiam à pista quando devidamente envolvidas e protegidas por algum material apropriado e em situação de “full course yellow” com os seus 80Km/h.

Pity
Pity
Reply to  ze-do-pipo
8 anos atrás

Penso que não vamos voltar a ver gruas dentro da pista, a experiência foi má demais para que volte a acontecer. No entanto, para os casos em que não seja possível outra solução, há o safety car virtual, ou, como diz, o “full course yellow”.
Quanto às palavras de Philippe Bianchi, sou da mesma opinião.

Kimi Iceman
Kimi Iceman
8 anos atrás

O pai do Bianchi percebe mais de F1 que os pseudo-engenheiros do Grupo Estratégico, é incrível!
Claro que o halo no caso do Bianchi não ajudaria nada, aquele piloto de F3 que levou com um pneu (Henry Surtees, certo?) também não iria ajudar minimamente, a mesma coisa com o Justin Wilson. Já com o Massa iria depender da trajectória da peça.

Diogo V
Diogo V
Reply to  Kimi Iceman
8 anos atrás

Queria fazer apenas uma correção. O Henry Surtees era piloto de F2, não F3.
Quanto se o halo ajudaria ou não. Concorde consigo que dificilmente ajudaria o Henry, mas de certeza que ajudaria o Justin Wilson devido à forma como a cone do nariz o atingiu. Quanto ao Massa, era quase impossível ajudar, pois a mola (penso que foi isso que o atingiu, não me recordo) tinha de seguir uma trajetória muito específica.

anotheruser
8 anos atrás

Puro show-off. Não faria absolutamente nada nos vários acidentes ocorridos.
Perfeita idiotice, apenas um exercício de relações públicas para mostrar que estão preocupados e a fazer alguma coisa, vendendo esta ideia como “banha da cobra” que tudo irá prevenir.
Se é para andar com esta m***da, então que fechem o cockpit de vez com uma carlinga tipo caça.
E o cockpit fechado, o que faria em acidentes como o do Bianchi? Nada, mais uma vez.

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