Opinião: Nunca Nico Rosberg esteve tão próximo de Lewis Hamilton

Por a 20 Setembro 2016 16:18

A corrida que teve lugar no fantástico circuito de Marina Bay no passado domingo trouxe uma nova dinâmica ao campeonato, com Nico Rosberg a superar o companheiro de equipa e atual tricampeão do mundo Lewis Hamilton no comando da tabela classificativa. Não é a primeira vez que o alemão ocupa essa posição: chegou a dispor de 43 pontos de vantagem até o #44 quebrar esse ímpeto de forma impiedosa, com Lewis a aproveitar o seu superior andamento em provas como o Grande Prémio da Grã-Bretanha e Hungria, e os erros cometidos por Rosberg na Áustria ou Alemanha, para transformar um aparente pesadelo num avanço de 16 pontos.

Hamilton tinha conseguido dar a volta ao cenário antes da pausa de verão, indo tranquilamente de férias. Só que Nico Rosberg veio mais determinado do que nunca, somando três triunfos consecutivos desde o retomar do campeonato: 75 pontos contra os 51 amealhados pelo inglês, para um total de 273 contra 265.

Olhando apenas a triunfos, o alemão está também na dianteira: igualados em número de pole-positions (7), Singapura foi também a corrida em que se distanciou neste registo, contando agora com oito vitórias, contra as seis de Hamilton.

ROSBERG MAIS FORTE

O equilíbrio do campeonato e ‘descolagem’ de Rosberg poderá sempre ser atribuída ao péssimo início de campeonato de Lewis Hamilton, afetado por problemas mecânicos nas primeiras corridas de 2016. Mas também é verdade que o campeão do mundo não tem conseguido maximizar todas as suas opções, vencendo apenas três das sete corridas em que partiu da pole-position. Já Rosberg tem um aproveitamento de 71,4%, marcando o máximo de pontos à sua disposição em cinco das sete vezes que largou do primeiro lugar da grelha.

As estatísticas valem o que valem, mas não enganam. E há outro fator curioso sobre Singapura que pode indicar que este será mesmo o ano do filho de Keke Rosberg: desde 2008, apenas campeões do mundo venceram no traçado asiático – Sebastian Vettel, por quatro vezes, Lewis Hamilton, por duas vezes, e Fernando Alonso, por duas vezes. A excepção é mesmo o alemão, (muito) a tempo de entrar nestas contas no final do ano, até porque na história da Fórmula 1 nunca houve um piloto que não se tenha sagrado campeão depois de vencer oito Grandes Prémios.

2016 representa ainda o melhor ano de Rosberg na Fórmula 1 e o melhor desde que tem Lewis Hamilton como companheiro de equipa: em 2014, o inglês foi campeão com 11 triunfos, contra 5 do germânico, e em 2015 com 10 vitórias, contra as 6 de Rosberg. Se olharmos apenas para o ponto em que se encontravam até o Grande Prémio de Singapura, vemos um registo de 7-4 (2014) e de 7-2 (2015) a favor do britânico. Não há dúvida de que o cenário é outro, e que efetivamente, como Lewis Hamilton disse no final da corrida, a luta entre ambos nunca esteve assim, com pendor para o alemão, neste ponto da temporada. Será que Rosberg irá continuar neste momento de forma ou poderá Lewis Hamilton dar a volta ao resultado nas seis corridas que faltam?

Olhando novamente para o passado, vemos que, em 2015, o inglês venceu no Japão, Rússia e EUA, enquanto o alemão fê-lo no México, Brasil e Abu Dhabi. Se a tendência se mantiver, 2016 será mesmo o ano do nº 6 da Mercedes.

André Bettencourt Rodrigues

 

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*RPMS*™
7 anos atrás

O Nico Rosberg, pelo menos por aqui, quando ganha quase nunca tem mérito. Mais vale cair em graça do que ser engraçado…Rosberg é o oposto de outro piloto alemão que tem sido muito sobrevalorizado enquanto teve o carro super-dominante, mas que agora começa a mostrar a sua incapacidade em fazer a diferença com um carro, que apesar de ser de topo, não é o melhor. Rosberg é bom piloto, tem mérito nas corridas que tem vencido e este ano está a bater-se de igual para igual contra um piloto extremamente rápido como o Hamilton e, neste momento, está a merecer… Ler mais »

rc
rc
Reply to  *RPMS*™
7 anos atrás

Um melhor hoje, outro melhor amanhã, o que se conclui é que tanto o alemão como o inglês são excelentes pilotos, e acho mesmo que qualquer equipa os quereria para integrar os seus quadros. Quanto à desvalorização que alguns (talvez por birra) fazem do Nico apenas desvaloriza o produro que querem vender…

noteam
noteam
7 anos atrás

Acho que o Rosberg está mais forte hoje do que em 2014, isso deve-se muito ao facto de ele ter acumulado experiência ao mais alto nível ao longo destas últimas temporadas. O Hamilton, logo como rookie teve a oportunidade de lutar pelo título, isso deu-he corpo para aguentar as balas, o Rosberg não, essa diferença de “estofo” notou-se perfeitamente quando as coisas apertaram e o Hamilton jogou esse trunfo de forma brilhante. Daí a dizer que o Rosberg está ao nível, já me parece um exagero. Acredito que o Hamilton em condições normais ( um inicio de época mais normal)… Ler mais »

angstrom
angstrom
7 anos atrás

Para já, o Hamilton não foi afetado por problemas mecânicos nas primeiro 4 corridas, foi apenas na China, onde partiu de ultimo, e na Rússia, onde partiu de 10º. Ambas as pistas são de fácil ultrapassagem e quando se tem o melhor carro, o trabalho ainda fica mais facilitado. Neste ponto ja estão a tirar mérito ao Rosberg, pelo facto de dizerem que as primeiras 4 corridas foram “dadas”. Depois nunca falam das penalizações do Rosberg, do Grande Prémio de Inglaterra e da Alemanha, sendo que esta ultima foi um bocado polémica, mas que custou pontos. Por isso, é desnecessário… Ler mais »

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
7 anos atrás

Já veremos como se aguenta até ao final da temporada, porque já se viu que basta uma corrida ganhada para Hamilton voltar à mó de cima… E as últimas 3 tem-lhe acontecido (mais uma vez) aqueles percalces que impedem de estar no seu melhor, mas ainda há muito campeonato e até é bom assim, qualquer um que ganhe o campeonato vai saborear o título muito mais, depois da luta que foi todo o ano. Continuo a achar é que sem os problemas na UM do início do ano e a história agora seria diferente. Mas os azares fazem parte e… Ler mais »

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