OPINIÃO: A Fórmula 1 não se podia dar ao luxo de um tiro no pé deste calibre
O que se viu em Spa é algo que vai deixar uma mancha negra enorme na Fórmula 1, mas alguém como Bernie Ecclestone, provavelmente, não teria permitido que acontecesse.
Não existe a mais pequena dúvida que com aquelas condições não poderia ter havido uma corrida, digna desse nome, pois se as condições eram suficientes para que quem rodava à frente pudesse andar rápido sem grandes problemas, os 19 pilotos atrás dele iriam ter momentos muito stressantes, pois ninguém via mais do que cinco metros à sua frente, e os riscos de uma situação dessas numa corrida de Fórmula 1 são imensos.
O que se lê nas redes sociais no “dantes é que era bom”, porque muitas vezes se correu com condições semelhantes às de domingo em Spa, é um enorme erro. Provavelmente escrevem-nos porque não são eles que lá iriam dentro dos carros.
O que esteve mal não foi o facto da direção de corrida não ter permitido que existisse, efetivamente, corrida, pois havia pilotos a queixar-se que não viam as luzes do carro à frente, e isto atrás do Safety Car, o que esteve mal foi os carros saírem do pitlane, para duas voltas atrás do Safety Car, de modo a poderem chamar ‘aquilo’ corrida.
Tal como disse Hamilton sem hesitar: “o dinheiro manda”…
Imagine só uma situação: com aquela visibilidade, pneus sem temperatura, há um toque atrás do líder na reta de Kemmel, e atrás rodam dezena e meia de carros a 300 Km/h sem ver nada.
E depois, quem lidava com as possíveis consequências? Tenham juízo, o que é uma farsa é o facto de haver uma classificação e pontos atribuídos. E se o Mundial se resolve por uma diferença de quatro pontos, por exemplo?
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Pois é, mas com a fiabilidade das previsões meteorológicas actuais, não seria de equacionar, antes, a antecipação da corrida para sábado?
Acho que ao fim de uma hora já estava decidido que não ia haver corrida.
O resto do tempo foi trabalho de escritório para arranjarem uma solução para não terem que devolver dinheiro.
Num circo em que não há espectáculo só sobra a tenda, foi o que vimos, uma barracada.
Não ando nisto há meia dúzia de anos. Comecei a interessar-me por corridas de F1 ainda no tempo do Jim Clark e Graham Hill. Tenho vindo a assistir a sucessivas decisões anómalas, tais como o DRS e afins, quando antigamente eram corridas de automóveis e sobretudo pilotos. As ultrapassagens e o número limitado de mudança de trajectória já me pareceram muito estranhas, dado possibilitar (ou impossibilitar) a defesa de posição. Agora as voltas com “VAR” por causa dos limites de pista, acrescido às constantes “queixas” dos pilotos (a ver se pega), e da respectiva anulação dos tempos, já é excêntrico… Ler mais »
Eu tento compreender as partes. Faria sentido darem as duas voltas e de seguida não se atribuírem pontos? E o que realmente acontece por trás dos bastidores quando um determinado grande prémio é cancelado? Para mim há escolha clara de que as questões comerciais se sobrepuseram às questões desportivas. Esse é o tiro no pé. As questões comerciais também foram mais importantes que o público, o que também é mau. Tenho simplesmente a tendência a tentar perceber o porquê de Masi não ter simplesmente cancelado o GP. Adiar, era impossível, ninguém estava interessado. Bastou ouvir o que disse o Wolf.… Ler mais »
Discordo. A F1 é um desporto de alto risco e muitos dos pilotos ganham dezenas de milhões por ano. Sem dar um especial ênfase ao facto de já terem havido corridas em condições piores a verdade é que à hora que a corrida deveria ter começado as condições eram aceitáveis e passado meia dúzia de voltas os carros já teriam dispersado a água da trajectória. Esta prova só se tornou uma farsa por uma incrível sequência de más decisões sendo a final absolutamente ridícula.
Ridículo
Concordo! Se todos os pilotos afirmaram que efectivamente não havia visibilidade não pode haver corrida. A alta probabilidade de aquaplaning também me parece relevante, principalmente em Spa. Uma dúvida, não teria sido possível fazer os carros circular 10-12 voltas em modo virtual safety car? a ser possível sempre conseguiriam retirar mais água da pista.
Concordo que era um erro haver corrida, pois o que houve foi uma palhaçada. A segurança dos pilotos não estava assegurada, mas, e se durante as voltas atrás do Safety car houvesse um acidente, o que acontecia, visto o helicóptero não poder levantar. Querem maior incompetência desse tal Michael Masi. Ele com aquela palhaçada pôs a vida dos pilotos em risco!