Norris, Verstappen, Piastri, e C.&Lda: os momentos-chave da época 2025 de Fórmula 1

Por a 28 Dezembro 2025 11:11

A época de 2025 de Fórmula 1 ficou marcada por uma luta de campeonato intensa entre Lando Norris, Max Verstappen e Oscar Piastri, pontuada por incidentes decisivos, erros sob pressão e decisões de comissários com impacto direto na atribuição do título. Ao longo de 24 Grandes Prémios, o campeonato conheceu vários pontos de viragem, culminando na consagração de Lando Norris como campeão do mundo na derradeira ronda, em Abu Dhabi.

​Recordemos os Momentos-Chave que moldaram os resultados da época…

Espanha: choque entre Verstappen e Russell acende polémica

Toque, penalização e guerra de narrativas

No Grande Prémio de Espanha, Max Verstappen e George Russell protagonizaram um dos incidentes mais controversos da época. Depois de um recomeço dramático, Russell atacou por fora e os dois acabaram em contacto, com o Red Bull a bater no Mercedes na fase final da corrida.

​Nas comunicações de equipa, ouviu‑se o pedido para Verstappen devolver a posição, algo que o neerlandês recusou, alegando ter sido empurrado para fora de pista. Os comissários aplicaram uma penalização de 10 segundos a Verstappen por causar colisão, o que o relegou para o 10º lugar. Questionado depois, o tetracampeão limitou‑se a dizer que “não valia a pena dizer nada”, num claro sinal de frustração com a decisão.

McLaren em guerra interna: Norris vs Piastri

Canadá, Áustria e a tensão crescente

A rivalidade interna da McLaren foi uma constante ao longo da temporada, com Lando Norris e Oscar Piastri a protagonizarem alguns dos duelos mais intensos do ano. No Canadá e, mais tarde, na Áustria, os dois lutaram roda com roda pela liderança, com ultrapassagens sucessivas, travagens no limite e momentos em que ficaram a milímetros de contacto.

​Em Spielberg, Piastri chegou a assumir a liderança à 11ª volta, antes de Norris recuperar por dentro e segurar o primeiro lugar numa sequência de voltas descrita como “absolutamente brilhante” pelos comentadores. A McLaren viu estes duelos alternarem entre demonstrações de qualidade e riscos elevados, num contexto de disputa direta pelo título mundial.

Colisão entre colegas e pedido de desculpa

Num dos episódios mais críticos, no GP do Canadá, Norris e Piastri acabaram mesmo em colisão, com o britânico a bater no muro e a abandonar, depois de danificar a asa dianteira ao tentar ultrapassar o colega. De imediato, Piastri perguntou pelo estado físico do companheiro e atribuiu a culpa a si próprio: “Desculpa, tudo culpa minha, estúpido da minha parte”. ​O incidente teve peso direto na classificação do campeonato, sendo apontado como um dos momentos que reequilibrou a luta com Verstappen.

México: arranque caótico e “corrida de karts”

Max em dificuldades, Ferrari e McLaren em caos

O arranque do Grande Prémio da Cidade do México foi descrito como “uma corrida de karts em Fórmula 1”. Com 800 metros até à curva 1, as Ferrari envolveram‑se com Lewis Hamilton, enquanto Verstappen, por fora, travou tarde, bloqueou e saiu largo, cortando parte do traçado.

​Mais tarde, o neerlandês voltou a perder posições e foi criticado em direto por “conduzir o carro como um carrinho de supermercado”. A sequência incluiu ainda um erro de Hamilton, que saiu em frente, permitindo a Oliver Bearman atacar pelo interior num caos que alterou por completo a luta pelo pódio.

Pressão máxima em qualificação: o erro de Norris

Toque no muro em Q3 muda o ímpeto do título

Na qualificação da Arábia Saudita, Lando Norris cometeu um erro na Q3 ao atacar o limite num circuito citadino. Depois de sair ligeiramente largo, passou sobre o corretor com o eixo traseiro instável, perdeu o controlo e bateu no muro, terminando a sessão na barreira.

​O momento foi descrito como “um pequeno erro com enorme repercussão para o Mundial”, num fim de semana em que o britânico parecia o McLaren mais rápido. A pressão das voltas finais de qualificação, com o título em jogo, foi apontada como fator determinante.

Hamilton: falhas de travões e abandono dramático

Em Singapura, Lewis Hamilton relatou “perda de travões” antes de sair em frente e abandonar, provocando a entrada do Safety Car. A Mercedes tentou gerir a situação pedindo ao piloto para arrefecer o sistema, mas o problema acabou por o levar às barreiras.

Acidentes fortes e bandeiras vermelhas

Tsunoda, rookies e erros de DRS

A temporada de 2025 contou com vários acidentes de grande impacto. Yuki Tsunoda sofreu um violento despiste na qualificação de Imola, perdendo o controlo após tocar no corretor em alta velocidade, com o carro a embater forte nas barreiras e a rodar antes de parar. O piloto saiu pelos próprios meios, mas o episódio levou à exibição imediata da bandeira vermelha.

​Noutro momento, em Suzuka, Jack Doohan (Alpine) sofreu um acidente significativo ao entrar em curva com o DRS ainda aberto, sem aliviar o acelerador e sem acionar a recolha da asa móvel. As imagens on‑board mostraram os cinco LEDs verdes ligados, indicando DRS ativo no momento da viragem, o que resultou em perda de apoio traseiro e num embate frontal de elevada energia.

Safety Car, estratégias e “desastre” da McLaren

Hülkenberg, Gasly e a oportunidade para Verstappen

Um toque aparentemente ligeiro entre Nico Hülkenberg e Pierre Gasly resultou na eliminação de ambos e na entrada do Safety Car em plena fase estratégica do GP do Qatar. A maioria do pelotão aproveitou para parar, enquanto a McLaren manteve Norris e Piastri em pista, numa decisão que os comentadores descreveram como “um desastre estratégico” para a equipa. A situação acabou por favorecer Verstappen, que manteve viva a esperança de título ao reduzir a desvantagem para 12 pontos antes da ronda final em Abu Dhabi.

Sprint e chuva: Piastri em erro e Verstappen capitaliza

Erro no molhado e abandono com o título em jogo

Numa sprint em condições traiçoeiras, em São Paulo, Brasil, Oscar Piastri, então líder do campeonato, perdeu o carro ao tocar na linha branca molhada, batendo nas barreiras numa zona em que vários pilotos, pouco depois, também viriam a sair de pista. O incidente foi descrito pelo próprio como um “erro ou momento infeliz”, mas teve consequências grandes na gestão da vantagem pontual. Mais tarde, na grelha de partida, Piastri fez um mau arranque, patinou demasiado e caiu para último antes de embater mais tarde, acumulando mais um momento negativo num fim de semana decisivo.

Zandvoort: fumo no cockpit e abandono cruel de Norris

Problema técnico relança Mundial

No Grande Prémio dos Países Baixos, Lando Norris relatou “fumo no cockpit” e um cheiro anómalo, questionando se o carro estaria em chamas. A McLaren pediu‑lhe para regressar às boxes para verificação, mas o problema revelou‑se terminal, forçando o abandono na volta 65. O episódio foi descrito como “um momento enorme no destino do Campeonato do Mundo”, com a imagem do britânico desolado a sintetizar a dureza do desporto.

Las Vegas: desclassificação dupla da McLaren

Desgaste excessivo do “plank” altera contas do título

No Grande Prémio de Las Vegas, uma ‘bomba’ regulamentar atingiu a McLaren horas após a corrida: Norris e Piastri foram desclassificados devido ao desgaste excessivo dos “planks” (fundo ‘patim’ de madeira) abaixo do limite de 9 mm previsto pelo regulamento. A decisão dos comissários anulou completamente os pontos da equipa, permitindo a Verstappen aproximar‑se para 24 pontos de distância no campeonato, reabrindo a luta à entrada das provas finais.

Abu Dhabi e a manobra decisiva sobre Tsunoda

Ultrapassagem sob escrutínio… sem penalização

Na corrida decisiva, Lando Norris precisava de terminar em terceiro para garantir o título. O momento‑chave surgiu na ultrapassagem a Yuki Tsunoda, numa manobra agressiva em que o britânico usou toda a largura da pista e chegou a sair ligeiramente para além da linha branca.

​O incidente foi notado e depois investigado por possível vantagem ao sair de pista, enquanto Tsunoda foi sancionado com 5 segundos por mudanças múltiplas de direção na defesa. Pouco depois, surgiu a mensagem decisiva: “no further action” (sem mais ação) relativamente à alegada vantagem de Norris ao sair de pista. A decisão confirmou a manutenção do lugar em pista e, com ele, o título.

Norris campeão do mundo de 2025

Resistência até ao fim numa época de drama constante

Após 24 rondas, incidentes, penalizações, abandonos e decisões ao limite, Lando Norris sagrou‑se campeão do mundo de Fórmula 1 em 2025. A sua capacidade de se manter em posição de lutar até à última prova, apesar de erros próprios, problemas técnicos e pressão interna da McLaren, foi sublinhada como determinante.

Num campeonato em que “para ser campeão é preciso ainda estar de pé no fim do combate”, Norris resistiu.

E a época de 2025 ficará lembrada não só pelo novo campeão, mas por uma sucessão de momentos explosivos que mantiveram o título em aberto até à última volta.

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1 comentários

  1. Pity

    28 Dezembro, 2025 at 15:04

    “tricampeão”, referindo-se a Verstappen. Quando é que dão uma calculadora ao JLA?
    “As Ferrari envolveram-se com Lewis Hamilton” What?
    “Em Singapura, Lewis Hamilton relatou “perda de travões” antes de sair em frente e abandonar, provocando a entrada do Safety Car. A Mercedes tentou gerir a situação pedindo ao piloto para arrefecer o sistema, mas o problema acabou por o levar às barreiras. Jura que foi a Mercedes?
    No capítulo “Sprint e chuva: Piastri em erro e Verstappen capitaliza” sou eu que estou a ver mal, ou o JLA juntou S. Paulo com Azerbaijão?

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