Morreu Carlos Reutemann (1942-2021)
Vencedor de 12 GP de F1, o argentino Carlos Reutemann faleceu hoje aos 79 anos. Competiu por equipas como a Brabham, Ferrari, Williams e Lotus, durante 11 épocas na F1.
Reutemann, que era agora Senador no seu país, começou na F1 com a Brabham em 1972 e terminou em 16º nessa sua época de estreia. Foi Bernie Ecclestone que o recrutou na F2 e o trouxe para a categoria rainha do automobilismo. Ficou na equipa até 1976, tendo até lá chegado ao 3º lugar no Campeonato (1975).
Passou dois anos e meio na Ferrari, onde atingiu de novo o 3º lugar no Campeonato (1978), de onde partiu para uma breve passagem pela Lotus. Foi piloto da equipa durante o ano de 1979, utilizando o motor Ford Cosworth que iria também equipar os Williams durante o tempo em que foi piloto da estrutura de Frank Williams.
Durante os 3 anos que passou na Williams, por duas vezes terminou dentro dos 3 primeiros no Campeonato. Em 1981, perdeu o campeonato para Nelson Piquet por apenas 1 ponto. No último Grande Prémio do ano, em Las Vegas, Reutemann chegou com um ponto de vantagem sobre o brasileiro, mas terminou em 8º na corrida, três posições atrás de Piquet. O 5º posto de Piquet chegou para o brasileiro ser coroado Campeão, deixando Reutemann a apenas 1 ponto de diferença.
O argentino ficou tão devastado com a derrota de 1981, que colocou a hipótese de abandonar a competição, mas quis continuar, apenas para fazer duas corridas no ano seguinte, terminando a carreira na F1.
Fez duas aparições no rali do seu país, o primeiro pela FIAT (terminou em 3º) e em 1985, a Peugeot convidou-o para pilotar o seu carro, já tinha Reutemann 43 anos de idade.
Morreu hoje, deixando um legado imenso no seu país e nos milhões de adeptos do automobilismo.
CARLOS REUTEMANN
Nome: CARLOS Alberto REUTEMANN (“El Lole”)
Nascimento: Santa Fé, Argentina, 12 de Abril de 1942 (72 anos)
Estreia: 1965 (Turismos, FIAT)
F1: 23/01/1972 – 21/03/1982
GP F1 disputados: 146
1º GP F1: GP Argentina 1972
Último GP F1: GP brasil 1982
Vitórias: 12
1ª vitória F1: GP África do Sul 1974
Última vitória F1: GP Bélgica 1981
“Pole positions”: 6
Voltas mais rápidas: 6
Pódios: 45
Pontos: 298 (310)
Marcas:
PALMARÉS NA F1
1972 – Brabham: 10 GP. 16º CM, 3 pontos
1973 – Brabham: 15 GP. 7º CM, 16 pontos
1974 – Brabham: 15 GP (3 vitórias: GP Argentina, GP Áustria, GP Estados Unidos). 6º CM, 32 pontos
1975 – Brabham: 14 GP (1 vitória: GP Alemanha). 3º CM, 37 pontos
1976 – Brabham: 12 GP. Ferrari: 1 GP.16º CM, 3 pontos
1977 – Ferrari: 17 GP (1 vitória: GP Brasil). 4º CM, 42 pontos
1978 – Ferrari: 16 GP (4 vitórias: GP Brasil, GP Estados Unidos-Oeste, GP Grã Bretanha, GP Estados Unidos). 3º CM, 48 pontos
1979 – Lotus: 15 GP. 6º CM, 20 (25) pontos
1980 – Williams: 14 GP (1 vitória: GP Mónaco). 3º CM, 42 (49) pontos
1981 – Williams: 15 GP (2 vitórias: GP Brasil, GP Bélgica). 2º CM, 49 pontos
1982 – Williams: 2 GP. 15º CM, 6 pontos
AS VITÓRIAS
1974 – GP África do Sul (Brabham BT 44/Ford Cosworth DFV V8), 78 voltas em 1h42m40,96s; GP Áustria (Brabham BT 44/Ford Cosworth DFV V8), 54 voltas em 1h28m44,72s; GP Estados Unidos (Brabham BT 44/Ford Cosworth DFV V8), 59 voltas em 1h40m21,439s
1975 – GP Alemanha (Brabham BT 44B/Ford Cosworth DFV V8), 14 voltas em 1h41m14,1s)
1977 – GP Brasil (Ferrari 312 T2), 40 voltas em 1h45m07,72s
1978 – GP Brasil (Ferrari 312 T2), 63 voltas em 1h49m59,86s; GP Estados Unidos-Oeste (Ferrari 312 T3), 80 voltas em 1h52m01,301s; GP Grã-Bretanha (Ferrari 312 T3), 76 voltas em 1h42m12,39s; GP Estados Unidos (Ferrari 312 T3), 59 voltas em 1h40m48,800s
1980 – GP Mónaco (Williams FW07B/Ford Cosworth DFV V8), 76 voltas em 1h55m34,365s
1981 – GP Brasil (Williams FW07C/Ford Cosworth DFV V8), 62 voltas em 2h00m23,66s; GP Bélgica (Williams FW07C/Ford Cosworth DFV V8), 54 voltas em 1h16m31,61s
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Grande piloto!
RIP
Acho que já li obituários mais completos sobre animais de estimação. O Carlos Reutmann merece mais umas linhas, não ?
Incrível o constante bota abaixo no maior desrespeito pelo trabalho dos profissionais deste jornal!
Não, não é. Na altura em que o chicanalysis comentou, tudo o que havia era um texto de duas linhas. Só muito mais tarde foi publicado o texto que se pode ler agora. Se o comentário é desrespeitoso, não sei, mas escrever duas linhas para noticiar a morte de um piloto como Carlos Reutemann pode ser interpretado como falta de profissionalismo – senão mesmo como falta de respeito pela história da F1, pelo próprio Reutemann e pelos leitores. Felizmente o AS editou o artigo e publicou mais dois, o que é bem mais consentâneo com a dimensão do piloto do… Ler mais »
AutoSport recebe a notícia do falecimento do grande Carlos Reutemann. Qual a preocupação? Noticiar de imediato! E como é lógico, não tinha um longo texto preparado para a eventualidade da sua morte. Portanto, noticiaram e depois prepararam os artigos e completaram esta notícia. Aliás, se for ver o que fizeram outras publicações internacionais, com muitos mais meios, foi exactamente o mesmo. No imediato a notícia da morte e depois é que foram editando e completando. É assim que as coisas funcionam, não há botões mágicos que na hora descarreguem tudo. Não há esses botões mas há uma vontade férrea no… Ler mais »
Pois, mas não me parece grande ideia dar a notícia da morte tão a seco. Não custava assim tanto acrescentar algo como ” noticia em atualização”.
DEP!
A partir da passagem pela Brabham andou sempre a saltar, à procura da melhor equipa, que decaía quase sempre após a sua chegada. Em 1981, a forma como desrespeitou o seu contrato de 2º piloto na Williams selou o seu destino: em vez de ter uma equipa a lutar por ele, face aos azares do Jones, passou a ter uma equipa e o companheiro a lutar contra ele. Não ter sido campeão, com as oportunidades que teve, mostra o seu real valor: um bom piloto, a quem faltava um danoninho. Passei a respeitá-lo muito mais pelo seu comportamento público após… Ler mais »
El Lole foi um figurão principalmente para o público feminino. Foi um estilista que correu sempre nos melhores teams, Brabham, Ferrari, Lotus, Williams.Contudo não era forte psicologicamente nem manipulador como um certo Piquet, e assim perdeu o titulo de 81 que teve nas mãos. Era um multifacetado, monolugares, prototipos, rallis , turismos etc.
Um Senhor.
Um campeão sem coroa. “O piloto que não quis ser campeão”, lê-se aqui num artigo. Mas os que não o conhecem, fiquem a saber que há outra versão: Não ganhou o título em 1981 por obra e graça da mafia inglesa a começar pelo seu próprio empregador em 1981 , o Frank Williams que fez questão de o sabotar, e acabando no Bernie Ecclestone que deu um carro escandalosamente ilegal ao Piquet – a famosa suspensão hidropneumática , mas sempre na altura mínima quando se apresentava nas verificações técnicas comandadas por empregados dos famosos garagistas ingleses- e que a seu… Ler mais »
Pena, um dos nomes que marcaram uma época muito competitiva da F1.