MEMÓRIA: Valtteri Bottas ao longo dos tempos…

Por a 17 Janeiro 2017 15:01

Valtteri Bottas foi ontem confirmado oficialmente ao lado de Lewis Hamilton na Mercedes, algo que já quase toda a gente sabia, mas ninguém tinha a certeza. Já tudo se disse sobre o valoroso piloto finlandês, que vai ter na Mercedes uma grande oportunidade de confirmar o excelente piloto que é, mas o que lhe propomos para já é algo diferente. Há quanto tempo acompanhamos Bottas aqui no AutoSport? Segundo os nossos registos, desde 2004, quando veio a Portugal correr no Europeu de Karting em Braga. Veja as primeiras vezes em que o AutoSport falou em Valtteri Bottas. Há artigos bem curiosos, e que nos levam a perceber melhor onde podia estar agora António Félix da Costa…

Antevisão do Europeu de Karting em Braga (2004)

recordação-masters-F3Já o outro campeonato europeu a decidir em Braga, o de Juniores, tem uma fórmula totalmente diferente: o título discute-se numa prova única, depois de se terem realizado três finais regionais (norte, centro e oeste) no passado mês de Julho. A qualificação norte teve por cenário o traçado de 1075 metros de Francorchamps, na Bélgica, averbando resultados bastante equilibrados: o finlandês Valtteri Bottas acabou por ser o mais regular, com uma vitória e um quarto lugar, seguido do belga Kevin Demaerschalk, com dois terceiros lugares. Mas um nome a reter para Braga será ainda o do holandês Nigel Melker, vencedor de uma das finais, mas infeliz na segunda, em que não chegou a completar uma única volta.

‘Formiga’ rápido nos testes de F. Renault (2007)

Com o terceiro tempo entre cerca de uma trintena de pilotos, António Félix da Costa continua a dar boa conta de si nos testes de pré-época da Fórmula Renault. O piloto português fez um tempo de 1m44,5s no circuito de Barcelona, tendo ficado a quatro décima do seu colega de equipa, Valteri Bottas.

Na primeira sessão do segundo dia, o jovem “Formiga” chegou a ser o mais rápido no carro da Motopark Academy, mas «apesar do melhor tempo, achei que podia melhorar. Montei pneus novos para a sessão da tarde mas acabei por sair de pista». O piloto minimizou esta saída de pista, «já que o importante é continuar a evoluir. Tenho-me preocupado nos detalhes da afinação, porque é aí que se ganham décimos de segundo».

Para já, Félix da Costa não tem previstos novos testes com o monolugar de Fórmula Renault, uma vez que o número de sessões até ao início da época da Taça do Norte da Europa de Fórmula Renault é limitado.

Eurocup FR 2.0/Ricciardo e Bottas partilham vitórias (2008)

António Félix da Costa demonstrou, em qualquer das duas corridas, estar já apto para voos mais ambiciosos. Quinto no sábado e quarto ontem, o “Formiga” encerrou assim da melhor forma o seu périplo de três jornadas, para aprender como se faz no principal campeonato que utiliza os monolugares de Fórmula Renault com motor 2.0 e quase 200 cavalos de potência.

Noutra parte do mesmo hemisfério, Valtteri Bottas ascendeu a líder entre os pilotos, depois do terceiro lugar na primeira prova e de vencer, de forma bem confortável, a segunda. Sobre o seu principal rival, o australiano Daniel Ricciardo, ao triunfo de sábado somou um amargo décimo lugar na prova de ontem, o que significou a perda do comando do “ranking” de pilotos e, portanto, a maior dose de trabalho em Barcelona, se quiser ser campeão.

Daniel Ricciardo começou bem a sua passagem pelo Estoril. O piloto da SG Formula, que já não ganhava uma corrida desde Budapest, vingou-se da malapata que o tem atingido nas últimas jornadas e conquistou em Portugal a quinta vitória da temporada. Com isso, manteve a liderança do pelotão, apesar das ameaças constantes de Roberto Merhi e Valtteri Bottas, os seus principais adversários este ano e que, por esta ordem, o acompanharam no pódio. Como habitual, as largadas, neste tipo de competição com carros de rodas “de fora” e muitos intervenientes, deixou as suas marcas, provocando uma prolongada permanência do “safety car” em pista, para dar tempo a retirar os destroços e monolugares danificados, espalhados aqui e ali. Ricciardo ficou desde logo na frente, enquanto Félix da Costa ganhou uma posição, passando em 6º a linha de meta. A neutralização da prova terminou a 13 minutos do seu final e, então, o líder sofreu para se defender dos ataques de Bottas e Merhi, enquanto “Formiga” conseguiu, numa travagem no final da recta da meta, subir para 4º, por troca com Monras e, de seguida, Vergné. Contudo, duas voltas mais tarde regressou ao 5º posto, onde veio a terminar a prova, que acabou prematuramente depois de um toque violento, na Curva 2, do russo Anton Nebilitsky.

V-Bottas

Bottas riu melhor

A segunda prova viu o melhor sorriso ser estampado na cara de Valtteri Bottas. Dominador incontestado da prova, o finlandês colega de equipa de Félix da Costa nem sequer teve que se preocupar muito com a presença do “safety car” nas voltas finais da corrida, que reagrupou todo o pelotão e fez desvanecer a grande vantagem que tinha entretanto amealhado. Na verdade, os pilotos que rodaram atrás de si, durante toda a corrida, não eram motivo de apreensão: tanto os britânicos Singleton e Morgan, como o português Félix da Costa, a terminarem no pódio, fá-lo-iam pela primeira vez e, assim, não contavam para as suas contas privadas em relação ao campeonato. Merhi estava em 7º e, ainda mais atrás, rodava Ricciardo.

E foi isso que sucedeu: Bottas não o soube, pois estava já muito longe, mas antes do ‘safety car’ entrar nenhum dos outros lugares do pódio estavam ocupados, pois “Formiga” mostrava-se inconformado com a sua situação e estava empenhado em desalojar um dos britânicos. Porém, as suas expectativas saíram frustradas, pois com a neutralização, a corrida terminou sem alterações nos quatro primeiros lugares.

No Estoril, para lá de Félix da Costa, a jornada teve ainda a presença de Luís Santos, um ‘habitué’ do troféu de Fórmula Júnior e que, no campeonato principal, rodou sempre na cauda do pelotão, afirmando no entanto «que esta foi uma experiência gratificante. Aprendi mais aqui que numa temporada nacional e, para o ano, gostaria de participar neste campeonato.» Fica a intenção… e uma evolução constante ao longo de todo o fim-de-semana.

Bottas piloto de testes da Williams (2010)

WilliamsValtteri Bottas é o novo piloto de testes e de reserva da Williams, tomando o lugar deixado vago pela promoção de Nico Hulkenberg a titular da equipa de Grove. O nórdico dominou a F. Renault em 2008 e foi terceiro no seu ano de estreia na F. 3 europeia, sendo um piloto de grande futuro e uma excelente aposta da Williams.

O NOVO ICEMAN (2010)

Valtteri Bottas tem 20 anos e é a mais recente promessa da terra dos finlandeses voadores. Descontraído e determinado, dentro e fora da pista. É o protegido de Mika Hakkinen e quer suceder a Kimi Raikkonen como próximo Campeão do Mundo finlandês. Os adeptos portugueses ouviram falar dele em 2008 quando foi o principal adversário de António Félix da Costa na Fórmula Renault 2.0. Os dois voltarão a encontrar-se esta época na Fórmula 3 Euroseries, onde Bottas é o principal favorito. Sob a alçada da Williams, o jovem nórdico aspira a um lugar na F1 já em 2011. Para isso, deixou a natal Villähde e mudou-se para junto da equipa, em Oxford. Quando tinha apenas quatro anos, o pai reparou num letreiro que publicitava uma corrida de karts na sua cidade. Irrequieto até ali, o pequeno Bottas fascinado com o desporto e começou a correr aos seis anos. Mais tarde, fizeram-lhe testes vocacionais na escola preparatória e o resultado foi o esperado: mecânica de veículos.

Hobbies: patins em linha, ginásio

Treino: Motas de neve

Cidade: Villähde (verde no Verão, branca no Inverno)

Mentor: Mika Hakkinen

Recordação: vitória no F3 Masters Zandvoort

Não há coincidências

Depois de ter estado próximo da Renault, Bottas integrou finalmente uma equipa de Fórmula 1 quando o seu manager, o austríaco Christian Toto Wolff, comprou uma parte das acções da Williams.

Valtteri Bottas confirmado na Williams (2012)

Bottas-027Valtteri Bottas vai ser o companheiro de equipa de Pastor Maldonado na próxima temporada. Falámos com o piloto e com o líder da Williams sobre o que esteve por detrás da decisão e quais a expectativas para 2013

Sem grande surpresa, Valtteri Bottas foi nomeado para o lugar que era até agora de Bruno Senna. Muitos consideram o finlandês como um dos grandes talentos da nova geração, mas ao passar quase de forma direta da GP3 para F1, será que irá conseguir os resultados que a equipa pretende?

O jovem Bottas é perentório quando afirma que “o facto de estar com a Williams desde 2010 ajudará imenso, pois conheço bem os engenheiros e temos uma boa relação de trabalho. Quanto a 2013, é difícil estabelecer objetivos antes do arranque de uma temporada. Vou apenas tentar aproveitar a oportunidade para mostrar que a equipa fez a escolha certa ao tornar-me piloto efetivo”.

No entanto, declarações dos responsáveis da formação de Grove, nomeadamente de Toto Wolff – que também é manager de Bottas –, deixam bem explícito que ao finlandês não será dada muita margem para erros e que é esperado que marque pontos com alguma regularidade logo no seu ano de estreia, pois a equipa pretende melhorar o oitavo posto da tabela de Construtores, que obteve no final de 2012. Sem se deixar pressionar, o jovem de 23 anos declara simplesmente que “cabe-me a mim dar provas a Frank Williams e à restante equipa do meu talento e empenho para produzir os resultados desejados. De qualquer maneira, como equipa, penso que poderemos marcar mais pontos que este ano. A nível pessoal, espero chegar ao final do próximo ano e sentir que não só evoluí como piloto, mas que também ajudei a equipa ao marcar muitos pontos”.

À sexta-feira…

Como forma de preparar o futuro, a equipa deu ao finlandês a oportunidade de participar em 15 sessões de treinos livres na sexta-feira de manhã. E não se pode dizer que não tenha dado boa conta de si, pois em seis dessas ocasiões bateu o bem mais experiente Pastor Maldonado. Estes resultados vieram confirmar o seu talento e reforçar a convicção de que é uma aposta certa para 2013. Bottas vê o outro lado dessas sessões, porque “acima de tudo foram uma grande ajuda, pois do calendário de 2013, apenas não conheço uma mão cheia de circuitos, como Austrália, Mónaco, Valência Austin e Singapura”.

Depois de se sagrar campeão de GP3 em 2011, Bottas esteve este ano somente dedicado às funções de terceiro piloto. Será que a falta de corridas não irá afetar a sua performance? “Não vejo as coisas dessa forma. Obviamente, sinto muita falta da participação em corridas e mal posso esperar para voltar a estar numa grelha de partida. No entanto, tenho corrido consistentemente desde os meus seis anos, portanto quando o semáforo verde se acender para o GP da Austrália será ‘mais do mesmo’.”

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1 Comentário
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pa06011751
pa06011751
7 anos atrás

….é esperar p’ra ver; Contrato de apenas 01 (um) ano, com o ‘tri’ Lewis Hamilton a ‘descascá-lo’ feito uma cenoura, e o ‘bi’ espanhol e o ‘tetra’ alemão de olho na ‘sua’ vaga ….

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