MEMÓRIA: A primeira vez de Nico Rosberg com um F1

Por a 3 Dezembro 2016 08:25

Para além de Tiago Monteiro outros cinco jovens tiveram a possibilidade de testar um F1 em Barcelona (dezembro 2002), no caso de três deles, tratou-se da primeira experiência a este nível. Nico Rosberg, Dirk Muller e Romain Dumas fizeram o seu batismo de fogo na F1, enquanto Gary Paffet e Ralph Firman regressaram ao contacto com esta categoria, depois de um longo hiato.

De todos, os que mais impressionaram foram Paffet e Rosberg, mas o filho do antigo Campeão do Mundo foi quem mais deu nas vistas, pois chegou direto da F. BMW e depois de alguns, poucos, testes com um F3. Em apenas 37 voltas o piloto finlandês conseguiu chegar a 1m21,0s, deixando todos boquiabertos com a facilidade com que se adaptou aos comandos dum Fórmula 1. O jovem Nico era a imagem da felicidade no final das poucas horas de testes a que teve direito: “Que maravilha, agora não quero outra coisa. O F. 3 que tenho vindo a testar não se compara com isto! Adorei tudo, mas a potência é de outro mundo. Os travões são impressionantes e o controlo de tração confunde de início, mas ajuda bastante, depois. Foi uma experiência maravilhosa e só espero ter a oportunidade de a repetir a breve trecho.”

Quanto a Keke Rosberg, o seu evidente nervosismo deu lugar a um enorme sorriso, no final do teste do seu filho: “Fui para a pista e à terceira volta ele já estava a atacar nas travagens e a fazer os travões incandescerem. Pensei que isto ainda ia acabar mal, mas à medida que as voltas foram passando comecei a acreditar que ele sabia o que estava a fazer e o resultado final é brilhante. Afinal, a sua primeira corrida em automóveis foi em Abril e ele levou apenas sete meses até chegar aqui! Eu levei sete anos…”

Quanto ao futuro imediato de Nico, Keke Rosberg foi taxativo: “Para além de ser pai dele, tenho uma equipa de F. 3 que necessita dum piloto rápido. Já sei que ele agora só vai pensar em F. 1 e admito que se repense o que vamos fazer a este nível, mas em 2003 ele vai disputar o Europeu de F. 3 com a minha equipa.”

Paffet agrada

Gary Paffet teve uma semana muito proveitosa na McLaren, equipa para a qual já tinha testado em duas ocasiões. O jovem inglês, recente vencedor do Campeonato alemão de F. 3, testou os dois MP4/17 da equipa de Woking e acabou mesmo por participar no programa de desenvolvimento dos sistemas electrónicos, ele que foi, entre os novatos, o que melhor tempo conseguiu: “Não estava à espera que a equipa decidisse integrar-me no programa de desenvolvimento, como aconteceu. Isso só demonstra que confiaram em mim e isso deixa-me muito satisfeito.” Paffet espera, agora, uma decisão da McLaren, pois poderá assinar contrato rapidamente com a equipa de Dennis. Se isso não acontecer, estará no próximo fim de semana em Jerez, para testar com a BAR.

Quem também mantém ambições de trabalhar com a equipa de David Richards é Ralph Firman, que seis anos depois de dois breves testes com a McLaren regressou à Europa como Campeão da F. Nippon, apoiado pela Honda neste seu ensaio com a BAR. Um problema de motor impediu-o de efectuar mais do que 46 voltas, no único dia em que rodou, acabando por não ter a possibilidade de utilizar dois jogos de pneus novos que a equipa tinha guardado para si.

Já Romain Dumas teve mais dificuldade em adaptar-se à Fórmula 1, ele que chegou aqui via Campeonato Europeu de F. 3000. O jovem francês, protegido de Erik Comas, levou algum tempo a chegar a tempos razoavelmente competitivos, acabando mesmo por sair de pista por duas vezes. Ao contrário de Monteiro, Dumas não sofreu qualquer percalço mecânico e, por isso, conseguiu efectuar 90 voltas nas duas meias sessões a que teve direito, sendo marginalmente mais veloz que o português.

Quanto a Dirk Muller, este seu teste foi um prémio pelo trabalho desenvolvido para a BMW no Campeonato Europeu de Turismo, mas o antigo piloto de F. 3 deu boa conta do recado e, mesmo se ficou com o pior tempo da semana há, também, que considerar que só rodou na primeira manhã de testes, quando a pista ainda estava um pouco suja. O alemão saiu satisfeito de Barcelona, mesmo se o tempo efetuado, com o mesmo chassis, por Nico Rosberg no final do dia, fez cair um pouco no esquecimento o seu desempenho.

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Subscribe
Notify of
6 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Pity
Pity
7 anos atrás

Então o jovem Stroll não é o primeiro a correr de F3, numa equipa cujo proprietário é o papá.
PS: nada contra e, do que leio, depreendo que o Keke já tinha a equipa antes de meter lá o filho, o que torna a situação bem diferente.

MVM
MVM
Reply to  Pity
7 anos atrás

Desde quando é que o Lawrence Stroll é o proprietário da Prema Power Team? Não invente, Pity!

Pity
Pity
Reply to  MVM
7 anos atrás

Pergunte ao jornalista do Autosport que o escreveu Eu não inventei, eu li aqui que ele comprou a equipa. Vai demorar um bocado, mas eu vou procurar o link e já cá o ponho.

Pity
Pity
Reply to  MVM
7 anos atrás

Ok, então cá vai:
http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2016/11/sete-curiosidades-sobre-lance-stroll-o-sucessor-de-felipe-massa-na-willimas.html

As minhas desculpas ao Autosport, pois disse que tinha sido aqui que tinha lido a notícia, quando foi no site da Globo, mas que eu tinha lido nalgum lado, tinha.

MVM
MVM
Reply to  Pity
7 anos atrás

Pois, a Globo farta-se de inventar! Não li nada – e olhe que perdi algum tempo a pesquisar – que confirme essa suposta compra. Tanto quanto sei, a Prema pertence aos irmãos Angelo e Rene Rosin.

Kimi Iceman
Kimi Iceman
Reply to  MVM
7 anos atrás

http://autoweek.com/article/formula-one/report-lance-strolls-father-spent-80-million-get-son-f1-seat

“The report claims his father, the fashion mogul and billionaire Lawrence Stroll, bought the Prema F3 team”

últimas FÓRMULA 1
últimas Autosport
formula1
últimas Automais
formula1
Ativar notificações? Sim Não, obrigado