Guenther Steiner: “Quando temos traçados rápidos com curvas rápidas, somos sempre competitivos”

Por a 11 Novembro 2016 15:06

Ao preparar-se para o Grande Prémio do Brasil, a Haas F1 Team encontra-se entre a frustração da Cidade do México e a oportunidade apresentada por São Paulo. O aspecto positivo das recentes dificuldades foi a enorme quantidade informação reunida, quer durante o fim-de-semana, quer na análise que se seguiu. É por isto que a primeira equipa de Fórmula 1 americana em trinta anos já reuniu vinte e nove pontos, quando ainda estão duas corridas para terminar a sua temporada de estreia. Sempre que acertaram, capitalizaram as oportunidades. Quando não acertaram, procuraram compreender o porquê. É ciência a 300 Km/h e este fim-de-semana em São Paulo será mais uma ronda de experiências. Guenther Steiner, Chefe de equipa da Haas F1, responde a algumas questões…

A Haas F1 Team sofreu recorrentemente alguns problemas de travões. O que vai fazer a equipa no Brasil para melhorar a situação dos travões?

“Utilizámos os treinos livres para testar um fornecedor diferente de travões. É um teste para verificar como reage outro material e se os pilotos gostam ou não. Vamos tentar reunir o máximo de informação no curto espaço de tempo disponível.”

Muitas equipas experimentaram o halo no cockpit durante sessões de treinos-livres . A Haas F1 Team testará o halo antes do final da temporada?

“Sim, o Romain experimentou durante a primeira sessão de treinos-livres no Grande Prémio do Brasil. Vamos fornecer informação à FIA. São necessários mais testes e estamos felizes por contribuir. Apesar de o halo não ser introduzido no próximo ano, é um passo em frente no sentido encontrar um dispositivo que ofereça protecção e permita aos pilotos entrar e sair do carro rapidamente.”

Charles Leclerc realiza no Brasil a sua quarta aparição pela Haas F1 Team. Fale-nos do seu desenvolvimento e o que foi que trouxe para a Haas F1 Team.

“O Charles realizou um trabalho fantástico. Completou sempre o seu programa e realizou sempre o que lhe foi pedido. É sempre difícil quando um piloto efetua apenas a primeira sessão de treinos-livres, mas ele é muito profissional e forneceu-nos boas informações. Estamos muito satisfeitos com o seu contributo. Neste momento está na GP3 Series e pode vencer o título em Abu Dhabi. Efectuará uma temporada de GP2 Series no próximo ano e veremos até aonde chegará. Se vencer a GP2 Series ou se ficar entre os três primeiros no seu primeiro ano, terá um bom futuro pela frente.”

Depois de exibir com consistência uma boa performance no Grande Prémio do Japão, há três corridas atrás, as duas últimas provas – o Grande Prémio dos Estados Unidos e o Grande Prémio do México – foram de dificuldades para a Haas F1 Team. O que torna um fim-de-semana como o do Japão tão positivo e outros, como os experimentados nos Estados Unidos e no México, tão desafiantes?

“Não é apenas uma coisa. É mais que um aspecto. Penso que o Japão era muito bom para o design do nosso carro. Quando temos traçados rápidos com curvas rápidas, somos sempre competitivos, como aconteceu em Spa e no Japão. Nas pistas de médias/baixas velocidades temos sempre dificuldades e no México não conseguimos colocar os pneus a funcionar. Não conseguimos resolver completamente o problema, uma vez que já estamos no final da temporada. Temos ainda duas corridas por disputar e vamos dar o nosso melhor.”

Após um fim-de-semana difícil, é possível aprender alguma coisa ou é simplesmente uma página que tem que ser virada para olhar para a corrida seguinte?

“Aprende-se sempre, e devemos aprender quando as coisas não correm bem, dado que, quando tudo corre bem, é fácil aprender. Tudo é fantástico e assume-se que será sempre assim. Mas nos fins-de-semana complicados aprendemos bastante. Temos que nos manter concentrados e manter toda gente motivada para que seja possível voltar aos dias bons.”

Faltam disputar duas corrias em 2016. O que quer ainda alcançar antes da temporada de estreia da Haas F1 Team terminar?

“Seria fantástico terminar com um resultado nos pontos. Podemos alcançá-lo? Ainda não sei, mas não será por não tentarmos.”

A forma como a equipa terminará a temporada terá impacto na forma como iniciará a próxima, ou será irrelevante uma vez que em 2017, devido ao novo regulamento, o carro será drasticamente diferente?

“A forma como terminamos a temporada é a forma como entramos no defeso de inverno. Se terminamos em alta, é muito mais fácil ultrapassar o Inverno. Portanto, tentamos dar o nosso melhor para terminarmos bem. Não creio que tenha um impacto técnico na equipa. Tem mais a ver com o moral. O moral tem que ser mantido em alta. Se sairmos em alta, acreditamos em nós. Caso contrário, temos que passar por uma fase de reconstrução. É ultrapassável, mas é muito mais fácil terminar em alta.”

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