GP México F1, Charles Leclerc: “é um carro muito sensível, saímos da janela, perdemos tempo”

Por a 30 Outubro 2023 09:32

Para Charles Leclerc este é o seu quarto pódio do ano, aproximou-se significativamente do sexto lugar de Lando Norris no campeonato e ajudou a Ferrari a fazer quase o dobro dos pontos da McLaren esta corrida: “partimos parte da asa dianteira na Curva 1 no toque com o (Sergio) Pérez e depois disseram-me que nos faltavam, penso eu, 10 ou 15 pontos. Mas por acaso consegui dar a volta e não estava a sentir o carro muito mal. Por isso, foi positivo. Claro que nunca é ideal perder tantos pontos de downforce na Curva 1, mas foi assim, e depois conseguimos fazer uma boa corrida a partir desse momento. Mas é claro que esse toque comprometeu um pouco a nossa corrida” começou por dizer Leclerc, que explicou esse incidente: “Foi claramente um incidente de corrida, eu não tinha para onde ir. Tentei manter-me o mais possível à direita, o mais próximo possível do Max. Mas, infelizmente, já não havia espaço e penso que o Checo provavelmente não se apercebeu que eu tinha o Max à minha direita e começou a virar. E quando vi isso, sabia que íamos colidir a certa altura, o que aconteceu”, explicou, acabando por chegar ao pódio: “sábado foi um dia muito bom, um ritmo muito bom na qualificação, mas depois não temos o carro para ganhar corridas no domingo. Por isso, é aí que vamos tentar colocar todo o nosso esforço para o próximo ano, de modo a estarmos melhores no domingo”, disse Leclerc que agora tem o Brasil pela frente na terceira corrida seguida: “Temos uma corrida de Sprint. Temos sido muito bons nas corridas de Sprint esta época. Por isso, espero que o mesmo aconteça na próxima semana”.

Leclerc explicou depois que a gestão dos pneus continua a ser um problema para a Ferrari: “continuamos a confirmar as fraquezas do nosso carro, é um carro muito sensível. E sempre que saímos da janela ideal dos pneus, perdemos demasiado tempo. E foi exatamente isso que aconteceu com os pneus duros. No início, pensei que conseguiria fazer um bom trabalho quando parámos, mas depois houve uma bandeira vermelha os pneus arrefeceram, voltámos a sair e a sensação não era a mesma e por isso não consegui voltar a encontrar o feeling que precisava com os pneus.

É uma pena, porque antes disso estava a ser muito bom, especialmente com os médios.

Mas vamos analisar novamente o pneu duro para tentar perceber o que correu mal, de modo a melhorar no futuro. Seja como for a curto prazo, não há grandes correções possíveis.

Penso que sempre que estamos, como já disse, um pouco fora da janela ideal, perdemos demasiado tempo”, disse, falando depois da sua ida ao pódio e das vaias que ouviu: “é um dos pódios mais especiais, por outro lado, não foi o mais agradável, pois houve algumas vaias. Compreendo que os fãs que esperaram por este momento durante um ano inteiro fiquem muito desiludidos e vejam o seu piloto preferido na Curva 1, o que é uma pena, mas, mais uma vez, como disse no incidente, não podia ter feito nada melhor”, disse deixando perceber que apesar de terem posto nova asa aquando da paragem, o carro não esteve perfeito: “Tenho a certeza de que o carro estava melhor com a asa dianteira completa do que antes, quando tínhamos metade. Por outro lado, não sei se o carro está completamente bom. Acho que também temos de o verificar porque quando vi o Checo com a roda traseira a tocar na minha roda dianteira, pensei: “Pronto, está feito para mim. E depois fiz duas, três curvas e não me senti muito mal. Obviamente, nem tudo foi ótimo, mas não foi muito mau e consegui terminar a corrida. Por isso, sim, depois da bandeira vermelha conseguimos arranjar a asa dianteira, mas pode ser que encontremos outras pequenas coisas que não estavam no sítio certo.”

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