GP México F1: A melhor possibilidade da Mercedes ganhar uma corrida?

Por a 30 Outubro 2022 16:04

A Mercedes evidenciou-se mais competitiva no Autódromo Hermanos Rodríguez que em circuitos anteriores e George Russell e Lewis Hamilton poderão ser candidatos à vitória, muito embora Max Verstappen mantenha o seu favoritismo.

O traçado mexicano é muito ‘sui generis’, dado se encontrar a mais de dois mil metros de altitude, o que tem impactos ao nível aerodinâmico e no funcionamento dos motores.

Com o ar rarefeito, as equipas levam para a pista da Cidade do México os pacotes que usam no Mónaco e em Hungaroring, apesar de uma reta com mil duzentos metros de extensão, esperando-se na corrida de hoje velocidades vizinhas dos 370 Km/h.

Mas se a menor densidade do ar reduz o arrasto, também cria maior dificuldades na geração de apoio aerodinâmico e no arrefecimento dos travões e dos motores, tendo as equipas de ‘abrir’ os carros para que as temperaturas se mantenham dentro dos intervalos de segurança.

Os motores têm ainda que lidar com menos ar, perdendo cerca de vinte por cento da sua potência.

Este conjunto de características podem alterar significativamente o equilíbrio de forças entre as equipas e foi o que se verificou este fim-de-semana, com a Red Bull a manter a sua competitividade, mas a Mercedes a subir de forma, ao passo que a Ferrari caiu.

A queda da equipa italiana deve-se, sobretudo, à arquitetura da sua unidade de potência, que com um turbocompressor mais pequeno, tem uma capacidade de aceleração superior às da Honda e Mercedes, mas num ambiente de altitude elevada, não tem tamanho suficiente para empurrar ar para dentro das câmaras de combustão.

Já a equipa de Brackley, vê no México as suas debilidades diminuídas graças, precisamente, devido ao ar mais rarefeito, que permite que o W13 produza menor arrasto, mantendo um bom nível de apoio aerodinâmico.

Este cenário permitiu que Russell e Hamilton tenham estado na luta pela pole-position com Verstappen, ao passo que os pilotos da Ferrari não foram além da terceira, no caso de Sainz, e quarta linhas, Leclerc.

Numa corrida que prevê duas paragens nas boxes – segundo a Pirelli, a estratégia ideal será iniciar a prova com borrachas macias e depois passar para os médios nos dois stints seguintes – a Mercedes poderá ter uma palavra a dizer, até porque o W13 tem a capacidade de manter vivos os pneus durante bastante tempo, o que a deixa numa situação de igualdade com a Red Bull, que também preserva de forma efetiva os seus pneus.

Já a Ferrari, dificilmente poderá estar na luta pelas posições do pódio, muito embora se espere uma ligeira subida de forma do monolugar da equipa de Maranello, que na qualificação viu o Alfa Romeo de Valtteri Bottas, que tem a mesma unidade de potência, a colocar-se entre os seus dois pilotos.

Porém, Verstappen parte para a corrida de setenta e uma voltas como grande favorito, uma vez que, apesar da rapidez dos Mercedes, este continua a não ter uma velocidade de ponta elevada o que deixa Hamilton e Russell expostos na longa reta da meta ao holandês que tem no Red Bull RB18 um poderoso aliado neste aspeto.

Os homens da equipa de Brackley terão de esperar um dia claro e solarengo para que o asfalto aqueça e a gestão das borrachas seja uma prioridade, caso contrário, Verstappen poderá caminhar para o triunfo no Grande Prémio do México, no que seria a sua décima quarta vitória da temporada.

Subscribe
Notify of
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
últimas Autosport Exclusivo
últimas Autosport
autosport-exclusivo
últimas Automais
autosport-exclusivo
Ativar notificações? Sim Não, obrigado