GP do Bahrein F1: 5 Histórias que passarão pelo paddock

Por a 28 Fevereiro 2024 10:53

A Fórmula 1 regressa no próximo fim-de-semana e, como sempre, o paddock fervilhará com conversas e rumores.

Red Bull mantém domínio?

A Red Bull dominou completamente a temporada passada, mas com o amadurecimento técnico do regulamento introduzido em 2022, esperar-se-ia uma aproximação das suas adversárias, uma vez que cada vez é mais difícil encontrar soluções que façam a diferença em pista.

Porém, a formação de Milton Keynes, muito embora tenha apresentado em 2022 e 2023 um carro que era a bitola, revelou para este ano um conceito completamente novo que leva ao extremo o design dos flancos, deslocando o máximo possível para o centro os componentes de arrefecimento do seu monolugar – uma ideia explorada pela Mercedes sem sucesso nos últimos dois anos.

Nos testes o RB20 já mostrou o seu potencial e a ideia generalizada é que a Red Bull ainda tem performance escondida, o que, a verificar-se, poderá deixar a concorrência em depressão face a uma temporada composta por vinte e quatro Grandes Prémios.

Quem colocará a Red Bull sob pressão?

Parece inegável que a Red Bull está na liderança, muito embora, a avaliar pelos testes, a Ferrari esteja mais próxima que qualquer equipa esteve no ano passado.

A questão é saber se a formação de Milton Keynes mostrou o seu verdadeiro potencial e, caso não o tenha feito, então a diferença pode ser bastante maior.

No entanto, a ‘Scuderia’ parece ser a líder da perseguição, tendo mostrado que os problemas de gestão de pneus que sentiu em 2023 são algo do passado, mantendo um bom ritmo de qualificação, suspeitando-se estar um pouco mais forte que a Mercedes, que terá, também, dado um passo em frente.

A formação de Brackley, contudo, mostrou-se muito confiante quanto a forma como os testes decorreram, tendo James Allison deixado escapar que a Mercedes estaria à frente da Ferrari, o que numa equipa que, normalmente, é muito cuidadosa com as suas expectativas, é significativo.

A McLaren e a Aston Martin estarão, seguramente, numa segunda linha na perseguição à Red Bull.

À terceira será de vez?

As duas últimas temporadas deveriam ter tido vinte e quatro Grandes Prémios, mas o cancelamento da prova russa e da chinesa, em 2022, e o do evento de Imola, em 2023, impediu que a FOM alcançasse o número que deseja há já alguns anos.

Esta temporada volta a tentar, mas não deixa de haver alguns desafios que podem impedir que todos os Grandes Prémios sejam levados a cabo, como é o caso do conflito que se verifica no Médio Oriente e a crescente tensão entre o Azerbaijão e a Arménia.

A prova do Bahrein e da Arábia Saudita parecem não ter problemas quanto à sua realização, mas os eventos do Qatar e de Abu Dhabi, no final do ano, poderão ser um desafio, se os Houthies continuarem a ser um factor no Médio Oriente.

O Azerbaijão parece cada vez mais engajado com a Arménia na disputa por Nagorno-Karabakh, a sua prova poderá estar em risco, caso a escalada bélica prossiga.

A dança das cadeiras

A ida de Lewis Hamilton para a Ferrari abriu completamente o mercado de pilotos para a temporada de 2025, havendo três peças que são centrais no xadrez – a Red Bull, a Mercedes e Carlos Sainz.

O espanhol ficou sem o seu lugar na ‘Scuderia’, sendo apontado à Sauber/Audi, mas não deixa de ser uma possibilidade para a Red Bull ou até para a Aston Martin, uma vez que Fernando Alonso está na lista da Toto Wolff, caso Andrea Kimi Antonelli não se mostre pronto durante a sua temporada de Fórmula 2 deste ano.

Porém, são muitos os pilotos que estão sem contrato no final da temporada, como é o caso dos recrutas da Alpine, Sauber, Haas, Sergio Pérez e Logan Sargeant. Apenas a Ferrari e a McLaren têm o seu ‘line-up’ definido para 2025, sendo o mercado de pilotos um dos grandes motivos de interesse do paddock deste ano.

Conseguirá Pérez manter-se na luta com Verstappen?

Max Verstappen partirá para a temporada deste ano como o grande favorito, assente num Red Bull que, uma vez mais, deverá ser o carro com maior potencial, mas terá uma contrariedade interna?

No início da época passada Sergio Pérez mostrou ser capaz de manter o seu colega de equipa sob pressão, mas depois do Grande Prémio de Miami teve uma quebra de forma pronunciada e nunca mais se reencontrou, tendo tido dificuldades em assegurar o segundo lugar no Campeonato de Pilotos, enquanto o neerlandês vencia Grande Prémio atrás de Grande Prémio.

Este ano, sem contrato para a próxima temporada, o mexicano tem de mostrar serviço para manter o seu lugar e, em último caso, assegurar um volante noutra equipa.

Talvez seja pedir muito que Pérez consiga bater-se ombro a ombro com Verstappen, mas terá, pelo menos, andar bem próximo do seu colega de equipa sob pena de se encontrar no final do ano sem forma de prosseguir a sua carreira na Fórmula 1.

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