GP de Itália de F1: 5 Histórias do paddock

Por a 8 Setembro 2023 11:00

O paddock de Monza fervilha sempre com inúmeros rumores e o Grande Prémio de Itália deste ano não fugiu a essa normalidade, tendo o mercado de pilotos sido um dos focos, mas não só.

Até onde pode ir Verstappen?

Um dos temas de conversa no paddock continua a ser Max Verstappen e a forma que tem evidenciado ao longo de toda a temporada.

O neerlandês parece insuperável e em Monza conquistou a sua décima segunda vitória da temporada e décima consecutiva, o que constituir um novo recorde.

Parece que qualquer problema que se atire para cima do Bicampeão Mundial, este consegue suplantar e triunfar sem que ninguém o consiga sequer incomodar.

Na prova italiana, Carlos Sainz liderou, mas cedo se percebeu que era uma questão de tempo até Verstappen levar a melhor.

A questão que se coloca já não é se a Red Bull conseguirá vencer todas as corridas até ao final do ano, o que significará que triunfará em todos os Grandes Prémios da presente temporada, mas se o piloto neerlandês poderá subir ao degrau mais alto do pódio em todas as provas que faltam.

Isto significaria que Verstappen venceria em vinte Grandes Prémios, contando com dezoito sucessos consecutivos, recordes impensáveis até há alguns meses.

Convidado a não aparecer em Monza

Felipe Massa é um dos embaixadores da Fórmula 1, sendo uma presença regular em Grandes Prémios, trabalhando com convidados, para além de aparecer consistentemente na transmissão televisiva da F1 TV em inúmeros blocos.

Era esperado que o brasileiro, como ex-piloto da Ferrari, pudesse estar presente no Grande Prémio de Itália, como aconteceu com Jean Alesi, por exemplo, mas o Vice-Campeão Mundial de Fórmula 1 de 2008 primou pela ausência.

Soube-se, entretanto, que a FOM tinha aconselhado Massa a não fazer a viagem a Monza devido à acção legal interposta pelo brasileiro no âmbito do ‘Crashgate de Singapura’ de 2008, argumentando o ex-piloto da Ferrari que perdeu o ceptro para Lewis Hamilton devido ao despiste propositado de Nelsinho Piquet.

Massa não está proibido de visitar o paddock a título pessoal, mas as suas funções enquanto embaixador da Fórmula 1 estão para já suspensas.

O namoro da Red Bull com Norris

O namoro da Red Bull com Lando Norris já vem de longe, mas em Monza sofreu um novo ímpeto com o inglês a admitir que gostava de ser colega de equipa de Max Verstappen.

Parece cada vez mais evidente que Sergio Pérez não continuará na equipa de Milton Keynes para lá do seu actual contrato, que termina no final de 2024, o que leva a que no paddock sejam apontados diversos nomes para o lado do Bicampeão Mundial.

Norris sempre esteve debaixo de olho de Helmut Marko, que já admitiu que o pretendia no programa de jovens pilotos que lidera, mas acabou por ser a McLaren a levar a melhor.

Em Monza, Norris foi questionado sobre a possibilidade de ser colega de equipa de Verstappen, com quem mantém uma relação de amizade, ao que respondeu que gostaria.

A partir daí os rumores cresceram exponencialmente, apontando o inglês como um forte candidato a assumir o lugar de Sergio Pérez num futuro próximo.

A questão é que o mexicano termina o seu actual contrato em 2024 e Norris apenas em 2025, havendo um hiato entre a potencial saída do primeiro e a hipotética entrada do segundo.

A não ser que exista uma negociação com Zak Brown e como se sabe o CEO da McLaren foi visto há umas semanas em Milton Keynes onde esteve a avaliar a possibilidade de ter nos seus carros motores da Red Bull – Ford a partir de 2026…

Imola e Monza unem-se até 2030

Imola e Monza ‘enterraram o machado da guerra’ e vão colaborar de modo a garantir as respectivas provas no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 até 2030.

No passado os responsáveis destas duas pistas têm-se envolvido em guerras intestinas, procurando assegurar uma prova da categoria máxima do desporto automóvel em detrimento dos seus rivais.

Marco Panieri, o presidente da Câmara de Imola, e Paolo Pilotto, o presidente da Câmara de Imola, assinaram um acordo de modo que os dois circuitos apresentem uma candidatura unitária a manter os dois Grandes Prémios no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 até 2030.

Este acordo tem o beneplácito do governo italiano, tendo Giorgia Meloni estado presente em Monza, apoiando o projecto de acordo com o retorno económico de cada um dos eventos.

Pérez já procura outras opções

Sergio Pérez tem estado debaixo de fogo devido aos erros que vai cometendo e à falta de ritmo face ao seu colega de equipa.

O mexicano tem contrato com a Red Bull até ao final do próximo ano, mas todos os fins-de-semana surgem rumores de que pode não terminar o seu actual acordo, o que por vezes é contrariado pelos responsáveis da equipa, em outras deixam transparecer que o titular de colega de equipa de Max Verstappen pode mudar ainda antes do final de 2024.

Pérez parece já ter percebido que a sua posição no seio da formação de Milton Keynes tem vindo a enfraquecer ao longo deste ano e admitiu que, muito embora a sua prioridade seja manter-se na Red Bull, admitiu que vai procurar outras opções para depois do seu actual contrato.

Mesmo sendo cada vez mais evidente que o mexicano não tem o calibre de Verstappen, é um piloto muito útil e que pode apresentar resultados, tendo ainda informação da forma como a equipa de Milton Keynes funciona, o que o torna muito apelativa para qualquer equipa, e ainda mais para uma que quer crescer nos próximos anos, como é o caso da Sauber/Audi.

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