GP de Espanha de F1: 5 histórias que prometem passar pelo paddock

Por a 1 Junho 2023 14:48

A Fórmula 1 continua a sua temporada no próximo fim-de-semana com o Grande Prémio de Espanha e, depois da passagem por Monte Carlo, serão muitos os temas que alimentarão as conversas no paddock.

Evoluções decisivas na Ferrari

A Ferrari vai estrear em Montmeló o seu aguardado pacote técnico com o qual espera poder dar um salto competitivo. Parte de seus componentes deveriam ter visto a pista pela primeira vez em Imola, mas o cancelamento do Grande Prémio dell’ Emilia – Romagna levou ao seu adiamento, tendo a equipa decidido contra a sua estreia na prova de Monte Carlo devido às características únicas do circuito monegasco.

O traçado do Circuit Barcelona – Catalunya será assim o palco do debute do pacote técnico que decidirá o resta da temporada da Ferrari. Caso seja um passo claramente em frente, os homens da ‘Scuderia’ deverão continuar o desenvolvimento agressivo do SF-23 na tentativa de se aproximar da Red Bull e ombrear com esta, pelo menos, por vitórias.

Caso não se verifique uma evolução do monolugar de Maranello e os pilotos continuarem a sofrer com um desgaste exacerbado de pneus nas corridas, a Ferrari poderá decidir apontar a maior parte dos seus recursos para o projecto do próximo ano, sacrificando a presente temporada.

De regresso ao passado

Até 2006 o Circuit de Barcelona – Catalunya tinha duas curvas de alta velocidade antes da recta da meta que exigiam ‘coração’ da parte dos pilotos, mas então, foi decidido que estas eram responsáveis pela falta de ultrapassagens na pista espanhola, e foi criada uma desajeitada chicane entre as duas citadas curvas. Os resultados são aqueles que conhecemos, sem que se tivesse verificado um incremento no número de troca de posições entre pilotos em pista e agora foi decidido regressar à antiga configuração.

Esta alteração fará com que os tempos desçam consideravelmente, esperando-se que, com os novos monolugares, seja possível aos pilotos seguirem os carros da frente e, quem sabe, replicar a fantástica ultrapassagem que Nigel Mansell fez a Ayrton Senna em 1991 na reta da meta da pista espanhola.

As afinações dos monolugares terão igualmente de ser diferentes, devendo privilegiar menos a capacidade de tracção. Os treinos-livres de sexta-feira serão de grande importância para equipas e pilotos.

O elefante no meio da sala da Aston Martin

Não terá o seu lugar ameaçado, dada a sua situação, mas a falta de performance de Lance Stroll começa a ser notada, sobretudo porque tem do outro lado da boxe um piloto que está sempre no máximo do potencial do seu carro, o que o deixa neste momento na terceira posição do Campeonato de Pilotos a apenas um ponto de Sergio Pérez.

Em Miami e no Mónaco esteve longe de Fernando Alonso tanto em qualificação como em corrida, mas estes são traçados ‘suis generis’, podendo dar-se o benefício da dúvida ao piloto canadiano, mas o traçado de Barcelona, ainda que com uma configuração diferente, será uma bitola confiável da forma atual de Stroll. Se no Grande Prémio de Espanha o canadiano voltar a ficar longe do bicampeão mundial de Fórmula 1, não haverá como esconder o elefante no meio da Aston Martin que poderá custar à equipa o segundo lugar no Campeonato de Construtores e uns bons milhões de dólares.

Dois espanhóis na luta pelo pódio?

Não será fácil que um espanhol possa vencer o Grande Prémio de Espanha, dado o domínio da Red Bull, mas não será anormal que um deles possa estar no pódio.

Fernando Alonso deverá ser o maior candidato a um lugar no palanque dos vencedores, mas se as evoluções da Ferrari deram os resultados esperados, talvez Carlos Sainz possa ter uma palavra a dizer.

O piloto da ‘Scuderia’ deverá também voltar a enfrentar algumas perguntas quanto ao seu futuro, uma vez que o seu atual contracto tem validade até ao final do próximo ano.

Sainz já afirmou o seu objetivo é continuar com a Ferrari, mas surgiram alguns rumores de que a Audi estaria interessada nos seus serviços, conhecendo bem Andrea Seidl, o CEO da Sauber, o espanhol dos anos em que ambos estiveram na McLaren. Com o construtor germânico a ingressar na Fórmula 1 em 2026, a entrada de Sainz na Sauber em 2025 faria todo o sentido, o que significaria que o recruta da ‘Scuderia’ cumpriria o seu atual contracto para depois rumar a Hinwil.

FOTOS Martin Trenkler

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