GP Canadá F1: Charles Leclerc avisa que problema do motor pode complicar temporada

A Ferrari enfrentou um resultado desastroso no Grande Prémio do Canadá, um forte contraste com o triunfo no Mónaco, após a desistência de ambos os pilotos. 

Desde cedo na corrida canadiana, Charles Leclerc teve problemas de motor no seu Ferrari SF-24. A equipa italiana ainda tentou tirar partido de uma estratégia ousada, ao trocar para pneus ‘slick’ na volta 29, enquanto o resto do pelotão permaneceu com pneus intermédios devido à alteração das condições da pista. 

A aposta não produziu os resultados desejados, continuando a verificar-se os problemas no carro de Leclerc, que foi forçado a abandonar a prova na volta 43. 

“Honestamente, não há muito mais a dizer para além de que o problema do motor custou-nos tudo”, explicou, desalentado, Leclerc. “Depois, a dada altura, tentámos usar os pneus ‘slicks’ quando sabíamos que ia ser provável que não funcionassem, mas tínhamos de testar alguma coisa porque, com os problemas de motor que tivemos, teríamos ficado fora dos pontos de qualquer forma, e foi mesmo isso.”

A partir desse momento, “foi extremamente complicado fazer todas as mudanças de motor que a equipa me pedia, ao mesmo tempo que continuava a perder um segundo e meio na reta. Temos de analisar o problema do motor, porque isso será complicado para o resto da temporada”, insistiu o piloto monegasco da Ferrari. 

Porém, Charles Leclerc enfatizou que a sua equipa não deve ficar muito preocupada com o desempenho do SF24 em Montreal, realçando que “há fins de semana bons e maus. Ontem [sábado] falhámos o Q3 por três centésimos, não nos estávamos a sentir bem com o carro e temos de trabalhar nisso e tentar perceber o que correu mal. Hoje [na corrida de domingo] não diria que o ritmo foi mau, se olharmos para o primeira ‘stint’ com um motor um segundo e meio mais lento, penso que não estivemos assim tão mal nas curvas e fomos fortes, mas o problema do motor foi tão grande que não conseguimos fazer nada”. 

Desta forma, “por mais que não tenhamos exagerado depois do Mónaco, não devemos exagerar depois deste. Mas este dói. São pontos importantes para a equipa, com os dois carros que desistiram, que perdemos em relação aos nossos concorrentes, e em termos de motor é algo que temos de analisar”, concluiu o piloto monegasco.

Foto: Philippe Nanchino/ MPSA