GP Brasil F1: Porque foi a Mercedes tão rápida nesta corrida?

Por a 15 Novembro 2021 08:35

Depois do que se tem visto nos últimos GP’s foi com alguma surpresa que se assistiu à prestação da Mercedes em São Paulo. Foi, sem dúvida, o fim de semana mais dramático da F1 2021, com tudo o que sucedeu à Mercedes, mas ainda assim Lewis Hamilton recuperou um total de 25 posições, e de último, terminou o fim de semana em primeiro. O que fez a Mercedes no seu carro? Em primeiro lugar, uma nova unidade motriz. A Red Bull pede 0.1s por volta num motor novo face ao fim de vida, mas a Mercedes cede o dobro, 0.2s. Vezes 71 voltas é só fazer contas.

Por isso a Mercedes escolheu penalizar. 

Pensava-se que haveria equilíbrio nesta lista com a Red Bull, cujo monolugar é claramente melhor no setor 2 da pista, com a Mercedes a ter vantagem no 1º e 3º. 

Segundo a The Race, este Mercedes foi, de longe, o monolugar mais rápido em qualificação face à concorrência este ano. Exceção feita aos Red Bull, a vantagem da Mercedes para o ‘resto’ do plantel é 0.55%, no Brasil foi 0.98%. 

Por aí se explica a facilidade com que Hamilton recuperou posições. Mas há mais.

A Mercedes terá descoberto uma forma ‘inteligente’ de utilização da sua asa traseira, e apesar das diretivas da FIA que foram impostas em França, o seu carro está a andar, visivelmente, mais em certas pistas. Verstappen foi multado por, provavelmente, tentar perceber qual é o segredo dessa asa. E não foi a margem de 0.2mm no DRS que levou à sua desqualificação, porque depois de mudada a asa a prestação foi a mesma. E na corrida. 

O que também ajudou a Mercedes foi a temperatura nos três dias em São Paulo. Os pneus da frente dos Red Bull sofreram bem mais do que os da Mercedes, e isto pode variar de pista para pista. Por exemplo, nos EUA, mais uma volta e Hamilton poderia ter passado Verstappen. É a este nível que se ‘joga’ hoje em dia a F1. Por muito que as equipas trabalhem, a sorte também entra na jogada. Tudo misturado, a Mercedes foi melhor no Brasil. Faltam três corridas, vamos ver o que sucede daqui para a frente.

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can-am
can-am
2 anos atrás

A velocidade é desconcertante. Arrisca-se a estilhaçar o equilibrio que até agora tinha caracterizado o campeonato. Mudaram de motor…e veio isto. Lógicamente que o talento dele está lá, mas o que decide é esta arma totalmente superior à dos outros, de que ele dispõe.Se calhar até, se saísse de último na grelha,também teria ganho a corrida. É muito possível.
Se for assim no que falta,estamos conversados. De onde vem este caudal de velocidade ? Não será só motor. Bom para o Hamilton sim, mas mau para o campeonato.

Marte
Marte
Reply to  can-am
2 anos atrás

Realmente é muito estranho! E concordo consigo mesmo de último ganharia a corrida! Não tirando o valor ao piloto, que há ali marosca não tenho dúvida!

#99
#99
2 anos atrás

Ninguém questiona a melhoria espetacular do motor Ferrari? A melhoria espetacular do motor Honda? O trabalho de casa é para isso.

NSimao
NSimao
2 anos atrás

A FIA ao acabar com o “party mode” deixou a Mercedes a decidir um de 2 caminhos: usar motores mais duraveis mas nao tao competitivos, ou usar motores a puxar no limite sempre a rodar em “party mode” mas que rebentam mais cedo do que os rivais. Claramente que a Mercedes optou por esta segunda via, principalmente a partir do momento que Max e a Red Bull descolaram no campeonato. Uma vantagem absurda de facto, mas nao creio haver ilegalidades. A meu ver a FIA ao tentar tapar um buraco criou outro, porque deixa Mercedes a vontade p rodar motores… Ler mais »

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
2 anos atrás

Ena, tudo indignado que a Mercedes melhorou a performance mas não questionam como a Honda de um ano para outro foi de ter menos potência e partir motores para conseguir rivalizar com a Mercedes em pista.

A dualidade de critérios está forte hein? hahahaha

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