GP Barém F1: Não devemos ter grandes surpresas em termos de estratégia de corrida

Por a 2 Março 2024 11:03

Ainda durante as sessões de treinos livres para o Grande Prémio do Barém, as equipas deram a conhecer as suas escolhas de pneus, revelando as expectativas para a primeira corrida de 2024. Em particular, a ausência de monolugares em pista com pneus duros foi uma observação notável, com as equipas a optarem por se concentrarem em compostos médios. Apenas a Red Bull usou este composto no terceiro treino. 

No geral, as equipas usaram dois conjuntos de pneus médios durante os treinos, deixando apenas 1 conjunto para a corrida. A Ferrari e a Alpine indicaram ainda a sua estratégia ao utilizarem um jogo de médios no início da qualificação.

A decisão de evitar os pneus duros sugere a expectativa colectiva de que a dinâmica da corrida em 2024 será muito semelhante à do ano anterior. Os pneus médios oferecem um desempenho semelhante ao dos compostos duros, mas com maior degradação, são considerados menos favoráveis para este circuito.

A escolha estratégica da Red Bull – rodando com pneus duros no derradeiro treino – deu prioridade a um conjunto extra de pneus macios, mostrando uma abordagem distinta em comparação com o resto do pelotão. 

A diferença entre estar em pista com pneus duros e macios é superior a um segundo por volta, por isso não devemos ver ninguém a arrancar para a corrida com o composto mais duro, uma vez que perderiam muito terreno nessa fase. O cenário mais provável são duas paragens para troca de pneus, iniciando a corrida com macios e depois uma paragem entre as voltas 13 e 19 para pneus duros e um longo ‘stint’, seguido do regresso aos macios para a conclusão da prova, numa troca entre as voltas 37 e 43.

As restantes nove equipas optaram por manter os dois novos conjuntos de pneus duros. Essa decisão sugere que podem colocar em consideração duas passagens com pneus duros a serem montados durante a corrida.

Assim sendo, seria plausível começar com pneus macios com 11 a 16 voltas completadas com este composto, seguida de dois ‘stints’ de duros de igual duração. 

Podemos ainda ter em consideração uma estratégia de três paragens para as equipas do fundo do pelotão, numa tentativa de conseguir subir na classificação com dois conjuntos de pneus macios para o final da corrida, quando os adversários estiverem com os duros montados nos carros. Esta escolha pode dar mais ritmo de corrida, ao invés do cenário pouco provável de apenas uma paragem, que apesar de se perder pouco tempo nas trocas, perde-se bastante ritmo competitivo ao começar com pneus médios e trocar depois para um longo ‘stint’ com duros. 

Convém recordar que há 63% de probabilidade da corrida sofrer um período de Safety Car, 50% de Virtual Safety Car, enquanto que parar nas boxes sob um destes períodos se perdem 13 segundos. Com bandeira verde e em ritmo normal de corrida, os pilotos perdem um pouco mais de 23 segundos em cada paragem no pitlane.

Foto: Philippe NANCHINO/MPSA

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