GP Azerbaijão F1/2º pelotão: Russell imperturbável em Baku
A Mercedes continuou envolvida na luta pela primazia no 2º Pelotão no GP do Azerbaijão e desta vez voltou a impor-se perante uma adversária inesperada, com George Russell a garantir o terceiro lugar e Lewis Hamilton o quarto.
A Mercedes tem vindo a viver uma temporada desapontante e, na verdade, só em Espanha descolou das equipas que normalmente lutam atrás das equipas de ponta.
Habitualmente, a Mercedes tem tido como adversárias a McLaren, Alpine e Alfa Romeo, que se foram revezando no papel de desafiantes, mas em Baku coube à AlphaTauri a função.
Na sexta-feira parecia que seria a Alpine a grande rival, que com um novo pacote aerodinâmico, que ostentava uma asa traseira de dimensões reduzidas, voava nas rectas de Baku.
No entanto, como é habitual, a equipa de Enstone usava modos de motor mais agressivos que a sua rival durante os treinos de sexta-feira e no sábado, quando as suas adversárias aumentaram a potência, viu-se suplantada pela Mercedes e pela AlphaTauri.
A Alfa Romeo nunca se conseguiu encontrar ao longo do fim-de-semana, ao passo que a McLaren, com dificuldades em alcançar elevadas velocidades de ponta, não conseguia sequer colocar um dos seus carros na Q3.
A Mercedes e a Alpha Tauri acabaram por ficar com as posições atrás de Ferrari e Red Bull na grelha de partida, com George Russell a impor-se a Pierre Gasly e Lewis Hamilton a Yuki Tsunoda, ficando colocados por esta ordem desde a quinta posição até à oitava. Sebastian Vettel, com um cone de aspiração na aceleração da última curva para a linha de meta, conseguia o nono posto imediatamente à frente de Fernando Alonso, que apesar da perda de performance do Alpine, conseguia carregar o seu carro até à Q3.
A batalha seria, portanto, entre a Mercedes e a AlphaTauri.
Numa pista em que a intervenção do Safety-Car, ou até de bandeiras vermelhas, era uma possibilidade elevada, a táctica privilegiada era a de uma paragem nas boxes, tentando sempre aproveitar qualquer situação que pudesse surgir, sendo a escolha de pneus para o início a grande dor de cabeça.
Os pneus macios garantiam um melhor arranque, ao passo que os duros, no calor que se fazia sentir em Baku, eram os que mais garantias de performance davam durante um stint que poderia ser longo.
A escolha maioritária foi a de iniciar a corrida com pneus médios, à parte de alguns pilotos, fora do top-10, que apostaram nos duros.
A partida ocorreu sem dramas, o que não é normal na pista azeri, mas Tsunoda perdeu um lugar para Vettel, ficando afastado da luta pelo topo do 2º Pelotão.
Russell foi-se afastando de Gasly, até que na nona volta, quando o abandono de Carlos Sainz provocou a primeira situação de Safety-Car Virtual, os dois Mercedes e o francês aproveitaram para deixar os pneus médios para montar duros.
Os quatro segundos que o francês distava do inglês e os três que o heptacampeão mundial perdera para o gaulês da AlphaTauri seriam determinantes para a posição em pista, uma vez que Russell mantinha o quarto lugar, ao passo que os seus perseguidores caíam para 8º e 11º, perdendo posições para os pilotos que optaram por não parar.
O jovem recruta da Mercedes tinha assim caminho livre para se lançar para um triunfo no 2º Pelotão, com os seus dois únicos adversários na luta presos no meio do tráfego. Gasly e Hamilton foram ganhando posições ao sabor das paragens das boxes a seu redor, mas só na 26ª volta este duo ficou nas suas posições naturais, mas então o francês estava já a 21s do inglês, tendo o heptacampeão mundial a 3,6s.
Com uma grande vantagem para os seus perseguidores, Russell podia gerir a aproximação do piloto da AlphaTauri, Hamilton reduzia a desvantagem.
Até que na 33ª volta o abandono de Kevin Magnussen espoletava nova situação de Safety-Car Virtual.
A questão agora era aproveitar a oportunidade que esta situação apresentava – uma paragem nestas condições custava 10s, contra 20s em condições normais – até porque, quem parara na 9ª volta poderia estar numa situação limite quanto aos pneus, que poderiam perder performance abruptamente nas voltas finais da corrida, caso a decisão fosse não parar.
Esta questão não se colocava a Russell, que com 22s de vantagem para Gasly, manteria o comando do 2º Pelotão mesmo que este não parasse, tendo a Mercedes o chamado assim como a Hamilton, ao passo que a AlphaTauri mantinha o seu piloto em pista.
O inglês caía para o sexto lugar e pela frente tinha Yuki Tsunoda, que foi presa fáci, encontrando-se a dez segundos de Gasly.
A Mercedes voltou a sentir problemas severos de “porpoising” em Baku e Hamilton sofria bastante com dores de costas provocados pelo fenómeno, mas foi se aproximando do francês, ganhando mais de um segundo por volta, e na 44ª passagem pela meta, ascendia a 4º atrás do seu colega de equipa.
Com pneus mais usados que o seu adversário, Gasly nada pode fazer, terminando em 5º. Russell, por seu lado, subia ao pódio pela terceira vez este ano, ganhando a luta do 2º Pelotão, terminando 25s na frente de Hamilton, que no final mostrou sérias dificuldades em sair do seu carro devido às dores nas costas que sentia.
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Este ano liga-se muito ao segundo pelotão…. Tristeza…. Não disfarcem que não é preciso… É a primeira vez que se dá esse relevo…. Estranho!
Óbvio dá se sempre relevo a equipas com Divas, até podiam estar atrás da Williams.
Vai um aplauso para o Russell, não só pela prestação mas também pela maturidade que está evidenciando. Por um lado, fazendo a diferença no sábado tal como na Williams, com boas prestações na volta em seco, por outro, também bem no domingo sem erros e maximizando os resultados com constância , levando bons pontos para casa. não é fácil correr com esta maturidade no 1º ano num top team. E ninguém o diz por aqui, especialmente os adeptos-multinicks do HAM, mas no sábado não fosse o reboque do George o seu ídolo era apanhado na ratoeira da Q3 e não… Ler mais »
Bem visto o tema da Q3.
Muitíssimo bem escrito!
Cumprimentos
O 2.o pelotão, este ano e até agora, começa no 5.º lugar. O Russel ficou em terceiro neste GP…
Imperturbável e sem queixinhas de dores nas costas…
Cumprimentos
A Mercedes que arrega-se as mangas e que dê já (pelo menos) um carro para vencer ao Russel. Porque a Ferrari era espevitar, tal como a Alpine irá dar um ar da sua graça!
Russel nao pertence ao segundo pelotao. Ao pelotao 1.5 ee calhar.
O russel ess sim é segundo pelotao
Para mim a F1 está menos interessante que no ano passado, havia mais cpmpetitividade e emoção… A ferrari ou falha a a fiabilidade ou estratégia… A Mercedes carro mal nascido, MCL não evolui como se esperava… Assim vemos a RBR a passear, para quem não gostava ver a Mercedes com carro muito superior e que houve alguns anos que a competição não existiu este ano caminhamos para igual só que é a RBR a passear… Perguntava á FIA qual a solução ???? E porque deixa Horner ditar e influênciar as regras?….
GR a mostrar (mais uma vez) que, quer queiram, quer não, é o 1º piloto da MB!
Nunca se assistiu tanta gente preocupada com o segundo pelotão como este ano!… Será por causa do Jubileu de Sua Majestade?… Mas algo da casa deverá ser… Alguns não gostam mas é bem real… Que doença.