GP Austrália F1: Toto Wolff questionado se “continua a ser a pessoa certa para liderar a Mercedes”

Por a 24 Março 2024 10:23

Em declarações à imprensa na Austrália, Toto Wolff foi confrontado com uma pergunta que não esperava, mas não fugiu dela: “continua a ser a pessoa certa para liderar a Mercedes?” Uma questão que surge depois de um duplo abandono dos seus carros, um por falha mecânica, outro devido a acidente e na sequência de uma época em que até aqui os seus carros só terminaram em 7º, 5º, 9º e 6º nas duas primeiras corridas do ano: “Como parte deste negócio, tenho de garantir que a minha contribuição é positiva e criativa, por isso seria o primeiro a dizer que se alguém tiver uma ideia melhor, que me diga, porque estou empenhado em dar a volta a esta equipa o mais rapidamente possível”, começou por dizer Wolff. “Não engolimos um comprimido da estupidez desde 2021. Não compreendemos alguns dos comportamentos do carro e, no passado, compreendíamos. Questiono-me todos os dias sobre tudo o que faço e é uma pergunta justa. Mas (abandonar) não é o que sinto que deva fazer neste momento.

Mas se alguém tiver alguma ideia sobre quem poderia dar a volta a isto, eu ouviria com todo o gosto.

“A grande diferença é que este é o meu trabalho e, se fizerem a pergunta sobre o treinador, não posso ir para o Chelsea ou o Liverpool ou para a Ferrari. Não tenho essa escolha (como coproprietário da Mercedes). Não sou um empregado que diz que já estou farto disto.

Temos sempre de olhar para nós próprios. Eu preciso de olhar para mim. E todos nós somos humanos. Os dados não tomam decisões; os humanos é que tomam.

Estaria a mentir se dissesse que me sinto positivo e otimista em relação à situação. É preciso superar os pensamentos negativos e dizer ‘vamos dar a volta por cima’, mas hoje a sensação é muito, muito, muito brutal.

Começámos esta época com a convicção de que este carro era melhor do que o do ano passado.

Tudo o que fiz antes, em finanças e investimento, sabe-se quais os parafusos a rodar e sabe-se que por vezes leva tempo. Aqui, não acho que estejamos a perder coisas. É apenas uma complicação que está a acontecer com o carro, que não conseguimos ainda ver e é como um interruptor que se liga e desliga.

Vemos os progressos que a McLaren e a Ferrari fizeram, por isso, por um lado, sinto que quero dar um murro no meu nariz. Temos que cavar fundo porque é brutalmente doloroso”, disse à imprensa, citado pelo Yahoo Sport.

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3 Comentários
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Pity
Pity
1 mês atrás

Mas ele é engenheiro? Foi ele que desenhou o carro?

leandro.marques
Reply to  Pity
1 mês atrás

Temos de aceitar a responsabilidade pelas equipas sob a nossa alçada nos momentos da derrota para que também possamos ter o mérito dos momentos das conquistas.

Isto é tipo os bombeiros, o comandante é sempre o responsável, já que não se delegam responsabilidades, apenas competências.

F1 FOR FUN
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1 mês atrás

A F1 precisa de uma limpeza, sem Totos e o marido da Spice girl. A Haas já se livrou do Mr Netflix.

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