GP Abu Dhabi F1, Max Verstappen: “Ganhar é ótimo, porque é que eu não quereria ganhar quando o posso fazer?”

Por a 27 Novembro 2023 08:32

Max Verstappen terminou em Abu Dhabi uma época absolutamente incrível, dificilmente repetível, com o tricampeão do mundo a terminar a sua campanha com mais uma vitória, a 19ª, no Grande Prémio de Abu Dhabi, e logo nova vitória dominante: “foi uma boa corrida, no primeiro stint não sabia bem o que esperar, porque não fiz stints longos nos treinos. Por isso, se calhar, fui um pouco mais ‘soft’ no início, mas acho que era melhor do que tentar fugir e destruir os pneus. Por isso, andei com calma algumas voltas. Mas depois também acho que os pneus médios não estavam tão bons como esperado. Por isso, tivemos de ir às boxes, porque vi toda a gente à minha volta a ir às boxes e, com os pneus duros, tudo parecia um pouco mais normal, um pouco mais fácil de gerir com as temperaturas e, basicamente, consegui aumentar a minha vantagem volta após volta. E sim, foi bastante simples. Acho que mesmo não tendo feito um stint longo, o carro pareceu-me bastante decente” começou por dizer Verstappen que teve uma boa luta com Charles Leclerc na fase inicial da corrida: “claro, na primeira volta, não se pode ter calma. Foi um boa luta, não estava à espera que o Charles fosse para a esquerda na curva 6, mas foi uma boa manobra. Mas acho que ao mesmo tempo, claro, o Charles também tinha de pensar no campeonato, para a equipa, mas foi bom. Gostei muito” disse Verstappen que teve muito pouco ‘disto’, durante o ano, por isso apreciou melhor o pouco que teve durante o ano. No total foram mais de 1.000 voltas na liderança numa única temporada: “eu sabia e estava a contar com isso ao chegar à corrida. E também, do lado da engenharia com a estratégia, queríamos, claro, tentar planear de forma a que eu não fosse às boxes demasiado cedo. Por isso, esperei que os outros fossem às boxes. Claro que, para o conseguir, talvez não tenhamos feito a estratégia mais rápida, digamos assim mas eu queria manter-me na liderança, claro, para conseguir fazer as voltas”. E assim terminou a sua época recorde.

Perguntaram-lhe, quando se retirar das corridas, o que é que vai recordar mais deste ano?

“Acho que o espírito de equipa. Não tanto as vitórias ou o que quer que seja, poles ou voltas lideradas, apenas o prazer que tivemos como equipa. Porque, sim, as vitórias são ótimas, claro, mas acho que também é muito importante ter um bom ambiente na equipa e divertirmo-nos muito. E as pessoas com quem trabalhamos, há muitas pessoas inteligentes na equipa. E também sei que seja o que for que se faça no automobilismo, penso que nunca será melhor do que isto. Por isso, sim, ver toda a gente a trabalhar, a tentar fazer o melhor que podem todos os dias e a dar tudo por nós. Sim, é muito bom ver isso”.

Max teve cinco corridas em que os campeonatos já estavam garantidos, podia ter tirado um pouco o pé do acelerador e relaxar. Mas isso não faz parte da sua natureza. Afinal, o que é que o manteve motivado? “Acho que foi assim que cresci. Não posso chegar a um fim de semana sem dar tudo. Fico irritado comigo próprio e sei que as pessoas à minha volta ficam irritadas comigo se eu for assim. Não importa. A minha mentalidade também não mudou depois de ganhar o campeonato. Venho para os fins-de-semana de corrida e, claro, tento sempre fazer o melhor que posso. E é bom. Ganhar é ótimo. Porque é que eu não quereria ganhar quando o posso fazer? Quando vejo que existe a oportunidade de ganhar, vou sempre tentar fazer o melhor que posso e também pela equipa. Quando se tem um carro tão bom, quer-se tentar aumentar certos recordes e fazer um bom resultado.

Mais tarde na corrida ouviu-se Verstappen dizer pelo rádio à equipa podia dar prioridade ao ‘Checo’ nas segundas paragens nas boxes e isso teve a ver com o ‘tal’ recorde: “Foi para tentar liderar as 1.000 voltas na época. Eu sabia que isso estava planeado. Por isso, disse ao GP (ndr, Giampiero Lambiase) ele também estava ciente disso, mas só para ter a certeza de que não me iam mandar para a box demasiado cedo. Os pneus ainda estavam bons. Não estavam fantásticos, mas estavam bem naquela altura, por isso continuamos um pouco mais” disse Verstappen que refletiu um pouco mais sobre a época em que bateu o recorde: “de um modo geral, o carro esteve melhor do que no ano passado e fomos muito sólidos em termos de não haver desistências, nem problemas reais com o carro, o que, evidentemente, também é muito importante.

Da minha parte, todos os anos tento fazer melhor, mas penso que melhor – é mais uma questão de experiência geral na F1 e de tentar organizar um pouco mais o fim de semana. Nalguns fins-de-semana isso funciona melhor do que noutros. E depois, sim, para além disso, é só tentar não cometer muitos erros. Tentar não danificar demasiado o carro por causa do teto orçamental e outras

FOTO Getty Images / Red Bull Content Pool

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