Fórmula 1 sem espetadores?
A F1 pondera começar a época em França, à porta fechada, sem público. A corrida está agendada para 28 de junho, daqui a dois meses e pouco, e o diretor desportivo da F1, Ross Brawn, diz que essa opção está a ser considerada.
É fácil ficarmos divididos quanto a este tema, por várias razões, embora saibamos perfeitamente que para grandes males, grandes remédios. Não nos podemos esquecer que a F1 não é só vista pelas 100.000 pessoas, que num bom fim de semana veem F1 ao vivo, mas sim por muitos milhões à volta do mundo, e parece-me que não há adepto que não compreenda se tiver que ser assim.
Apesar da caravana da F1 contemplar cerca de 3000 pessoas, é mais ou menos ‘fechada’, e exceção feita ao pessoal que precisa de montar e preparar tudo para que um GP se realize, boa parte da caravana é muito hermética por natureza, as equipas podem ser facilmente canalizadas para os hotéis e pista. Curiosamente, se há um circuito que possibilita bem isso, é Paul Ricard, porque o aeródromo é ao lado da pista e os hotéis, todos à volta. E para lá disso, não há mais nada até Marselha. É o circuito perfeito para ‘fugir’ do Covid-19.
Contudo, ninguém pode ser colocado em risco, há muita coisa a planear e assegurar, mas também ainda faltam mais de dois meses. O GP do Bahrein iria ser realizado sem público, e se a moeda de troca para ter F1 for circuitos vazios, que assim seja. Não é a solução perfeita, mas mais vale isso do que não ter corridas. Começar no fim de junho, início de julho ainda permite 19 corridas.
“A nossa opinião é que a corrida de França será provavelmente favorável e que poderá mesmo ser um evento fechado ao público. Poderíamos ter um ambiente muito fechado, em que as equipas fossem para os hotéis, os canalizássemos para o circuito, assegurássemos que todos fossem testados, aprovados e que não houvesse riscos para ninguém. Uma corrida sem espetadores. Isso não é ótimo, mas é melhor do que não haver. Temos de nos lembrar que há milhões de pessoas que seguem o desporto sentadas em casa. Muitos deles estão isolados em casa e poder entreter as pessoas seria um enorme bónus nesta crise. Mas também não podemos pôr ninguém em risco”.
Ross Brawn acredita que é possível preparar corridas num curto espaço de tempo se não tiverem que acomodar os adeptos, fornecer marketing e organizar bilhetes. O Grande Prémio da Grã-Bretanha fixou o final deste mês de abril como ‘deadline’ para começar a preparar o circuito para a corrida marcada para 19 de julho: “Se pudéssemos começar no fim de junho, início de julho podíamos fazer uma época de 19 corridas. Seria duro, um fim-de-semana livre, três corridas seguidas, um fim-de-semana livre. Analisámos toda a logística” disse Brawn que revelou ainda que oito corridas é o mínimo dos mínimos de acordo com os estatutos da FIA. Se tiver que arrancar em outubro, conseguem-se fazer oito corridas. Vamos ver o que vai acontecer.
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Acho que o limite devia ser 15 corridas. Era suficiente para justificaram época que já de si era extensa. Quanto à porta fechada é um mal que sendo necessário não é pior que não receber direitos televisivos e na verdade quanto mais tempo as coisas estiverem paradas pior. Há que ir arrancando gradualmente e não só na F1 com cautela a ver o que dá. O maior problema podem ser mesmo as ligações aéreas. Certo é que F1 virtual, não vai dar. Podia até ser boa ideia criar um campeonato virtual baseado num concurso, para fãs, onde só os dois… Ler mais »
Ainda bem, acho que ninguém quer que lhe espetem alguma coisa quando estão a ver uma corrida de F1.
“Espetadores” são aqueles homens que trabalham com o espeto, não são? Não me parece que seja costume haver churrascadas nos GPs.
Eu também partilho do mesmo sentimento. É uma vergonha que o acordo ortográfico permita as duas grafias e em pt br escreva-se apenas espectador. Não percebi qual foi o acordo sem acordo. A melhor é Egipto que se lê o “p”, escreve-se com “p” em todas as línguas deste mundo menos no aborto ortográfico. Se formos por aí não percebo porque não escrevemos canadense, polonês, República Tcheca como os brasileiros ou o acordo só foi para lixar o tuga.
Mário, nem todas as palavras perderam a tal consoante julgada muda. Palavras como contacto, espectador, entre outras nao perderam o ‘C’ porque efectivamente ele não é mudo. Quando a sua observação sobre Egito/Egipto nem é bem por se escrever com um ‘P’ nas outras línguas mas sim pelo facto da palavra ‘EGÍPCIO’ manter o ‘P’ porque é sonoro. Mas a pior história sobre este acordo via-a quase há um ano em rodapé numa emissão do telejornal onde passava constantemente uma frase que incluía a palavra ‘avogado’. E depois não sei que acordo é este quando os brasileiros escrevem ‘alugel’ e… Ler mais »
O maior problema nem é o aborto ortográfico, mas sim aqueles que querem ser mais papistas do que o Papa e que desataram a cortar as consoantes a torto e a direito, sem pensarem um bocadinho, indo além do famigerado acordo. Há palavras que perderam a consoante muda e que não me chocam nada, como ótimo, batismo, embora eu continue a escrever à antiga. Agora tirar o acento a “pára”, ou o “c” a “acto”, não me entra na cabeça. Um “ato” numa peça de teatro, mas ato o quê? Já me basta quando digo “atei” ficar na dúvida se… Ler mais »
Se querem isso os circuitos e os países em vez de pagar têm de passar a receber da F1. Resolvem um problema e mantêm outro, isto enquanto não houver vacinas não pode haver ajuntamentos (equipas) sem máscaras de preferência P2.
Não me levem a mal mas covid 19 é feminino. A Covid 19. O vírus no masculino chama-se SARS-COV 2.
Em relação à notícia, faz-me todo o sentido. Se houver segurança em termos de saúde deve avançar. É um negócio de muitos milhões, envolve patrocinadores, e milhões de adeptos.
Ainda bem. Imagino milhares de espetadores com facas, lanças, garfos a espetar os coitados dos mecânicos e pilotos.
Dou-lhe o prémio “Piada do ano”, apesar de ainda estarmos em Abril. Fez-me rir bastante.