Fórmula 1 resistente à entrada da Andretti Autosport

Por a 25 Agosto 2022 17:45

A Fórmula 1 tem tentado – com êxito – atrair novos fãs, aumentando assim a sua popularidade em mercados fora da Europa, o interesse comercial e os lucros dos envolvidos. Poder-se-ia pensar que depois de anunciarem mais um GP nos Estados Unidos da América em 2023, após a estreia de Miami este ano e os bons resultados obtidos no Circuito das Américas durante os últimos anos, que a Fórmula 1 estaria interessada em colocar na grelha mais uma equipa daquela país. No entanto, existe uma crescente resistência à entrada da Andretti Autosport, que afirmam ter tudo preparado para o fazer.

Michael Andretti não guardou para si o seu desejo de entrar na Fórmula 1, mas várias equipas atuais levantaram as suas objeções.

Antes do Grande Prémio da Bélgica do próximo fim de semana, o CEO da F1, Stefano Domenicali, voltou a mostrar não ser a favor da entrada de mais nenhuma equipa na competição.

“Andretti foi bastante vocal acerca do seu pedido, mas há outros que dizem de uma forma diferente”, explicou Domenicali sobre as constantes entrevistas e declarações de Michael e Mario Andretti. “Mario, eu conheço-o muito, muito bem, desde há muito tempo. Está a tentar apresentar a sua ideia de uma forma que pensa ser a forma correta de fazer, mas acredito que existe uma governação e a decisão tem de seguir o protocolo que está em vigor”.

O responsável máximo da competição incidiu na questão do protocolo a seguir por todos os interessados em entrar na Fórmula 1 e acrescentou que têm de demonstrar que “sejam realmente sólidos, que sejam realmente forte e que tenham um compromisso total durante um longo prazo”. O italiano disse ainda que “hoje em dia, não vejo honestamente a necessidade desse aumento [de equipas na grelha] para aumentar o valor da Fórmula 1″.

Domenicali comparou a situação da Andretti, e daqueles que diz estarem em “silêncio” mas que gostariam de entrar na Fórmula 1, com os promotores dos Grandes Prémios. “É a mesma situação dos Grandes Prémios. Há mais pessoas que querem entrar, de longe, do que pessoas que querem sair. A Fórmula 1 exige hoje um nível incrível de profissionalismo e investimentos, não só durante um ano, mas a longo prazo. Porque há muito interesse por parte de muitos fabricantes, mas também de muitas equipas”.

O italiano reforçou que na sua opinião, é preciso dar o devido “valor para aqueles que já cá estão, sabendo que à sua volta estão fabricantes ou outras equipas que querem estar no negócio”.

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Cágado1
1 ano atrás

11 equipas melhor que 10; 12 melhor que 11; 13 melhor que 12. O números de vagas devia ser alargado, para permitir uma maior renovação de pilotos e um melhor espectáculo. Nem todas as equipas têm de lutar na frente. São bem vindas como plataforma de entrada, mesmo aquelas que s´ocasionalmente entrem nos pontos. Sem elas campeões como o Alonso (para não pensar muito), nunca teriam chegado à F1.

Scb
Scb
Reply to  Cágado1
1 ano atrás

Para quem divide o bolo, 9 melhor que 10 e 8 melhor que 9. Cada um por si

Pity
Pity
Reply to  Cágado1
1 ano atrás

Ha dias ouvi uma teoria que não é muito descabida:
A Andretti nunca fez um chassi na vida, podendo ser a dúvida sobre a sua capacidade para o fazer, um dos motivos para tanta resistência à sua entrada, para além da questão $$$€€€€.
É uma teoria como outra qualquer, mas a Haas também não faz (ou não fazia) chassis, e não foi por isso que não entrou.

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