Fórmula 1: Que Renault em 2018?

Por a 5 Novembro 2017 11:03

Depois de cinco anos fora da Fórmula 1 como equipa, a Renault regressou à categoria máxima do desporto automóvel em 2016, apresentando um programa imediato de três anos – tendo como meta alcançar os pódios em 2018. Pode parecer um objetivo pouco ambicioso, mas se levarmos em

consideração a posição em que a estrutura de Enstone estava no final do 2015 – de facto era a equipa mais pequena da Fórmula 1 – e a temporada difícil devido a inúmeras circunstâncias que protagonizou em 2016, será uma tarefa hercúlea subir ao pódio já em 2018, mas com tudo o que já se passou este ano, fica claro que esse objetivo está mais próximo, mas está também muito longe.

2017 está a ser um ano preponderante para a Renault, uma vez que havia que provar que as mudanças organizacionais e estruturais que desenvolveu ao longo da temporada passada funcionaram de uma forma positiva. Não se pode esperar que uma transformação tão profunda e tão vasta alcance o seu potencial de imediato, é impossível que isso aconteça, mas a equipa teve que evoluir no sentido correto, face a uma época, 2016, que na prática foi o ano

zero desta nova aventura da Renault.

A expectativa legítima era ver Jolyon Palmer e Nico Hulkenberg lutarem por entrar na Q3 com regularidade e isso implica digladiarem-se atrás da Mercedes, Red Bull e Ferrari, com Williams, Force India e até a McLaren Honda, equipas verdadeiramente sedimentadas no meio do pelotão, mas como já se percebeu há muito isso foi ‘coisa’ que não sucedeu.

Passar da cauda do pelotão, onde esteve em 2016, para a liderança da segunda divisão, não é fácil, muito embora com a profunda alteração regulamentar que se verificou este ano, se esperasse que os equilíbrios competitivos se modificassem de uma forma mais radical, mas a verdade é que não houve surpresas, muito menos como a de 2009, quando a Brawn GP venceu os títulos após uma interpretação mais inteligente de um novo regulamento.

Não se esperava que a Renault, ainda numa fase de reorganização e de crescimento, fosse capaz de se bater com a Red Bull, com quem partilha os motores, uma estrutura de ponta completamente edificada e que – depois de Dietrich Mateschitz ter comprado a Jaguar F1 no final de 2014 – levou cinco anos até estar pronta para vencer, o que aconteceu apenas em 2009 e depois de muitas frustrações.

No entanto, era importante, imperativo até, que batesse a Toro Rosso, a terceira equipa com as unidades de potência francesas, uma vez que não seria compreensível, até em termos de imagem, que a equipa oficial da Renault fosse a pior daquelas que usam os seus V6 turbohíbridos. E isso está a dois Grandes Prémios de acontecer. Sendo verdade que Jolyon Palmer esteve tempo demais na equipa, nunca a ajudando a crescer, com Carlos Sainz as coisas vão ser diferentes, mas a duas corridas do fim da época, estar cinco pontos atrás da Toro Rosso é mau.

No contexto atual, chegar aos pódios em 2018, por mérito próprio e não por circunstâncias estranhas, parece ser demasiado otimista, a não ser que a completa reformulação do seu monolugar do próximo ano o permita. Piloto ‘tem’, vamos ver se terá carro. A equipa já está a trabalhar no novo monolugar há algum tempo e está pensado utilizar os treinos livres do Brasil para testar peças no carro de 2018: “É um carro completamente novo tendo em conta que as alterações regulamentares são mínimas” disse Nick Chester: “Aprendemos muito com o pacto aerodinâmico deste ano e com o equilíbrio do carro com estes regulamentos de 2017, portanto o carro deverá ser um passo em frente”, concluiu.

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