Fórmula 1: Porsche em ‘stand-by’ e Audi avança

Por a 13 Julho 2022 10:59

Segundo rumores que circulam na imprensa internacional, a Porsche tinha planeado anunciar o seu envolvimento na Fórmula 1 no Grande Prémio da Áustria, o que não se verificou, mas do lado da Audi parece haver avanços…

Os homens de Zuffenhausen (Porsche) gostariam de ter podido revelar o programa na categoria máxima, que terá início competitivo em 2026, no Red Bull Ring, a pista da sua parceira neste projeto, a Red Bull, mas um grão acabou por bloquear toda a engrenagem.

Os homens do Grupo Volkswagen pretendem oficializar tudo apenas quando o novo regulamento de motores para 2026 e anos seguintes estiver aprovado, o que não aconteceu ainda e, portanto, esse facto inviabiliza que os planos da Porsche sejam concretizados no imediato.

Para além disso, o maior grupo automóvel europeu está a planear realizar um ‘spin-off’ com a sua marca, à semelhança do que foi feito pela FCA com a Ferrari há uns anos, estando previsto que entre no mercado de acionista no final do ano.

Segundo algumas fontes, o anúncio da sua entrada na Fórmula 1 poderá acontecer apenas depois de toda a estrutura acionista estar mais definida, o que significa que, a confirmar-se, a oficialização da entrada da Porsche no mundo dos Grandes Prémios será realizada apenas nos últimos meses de 2022.

Mas se no caso da marca de Zuffenhausen terá havido algumas contrariedades para os seus planos e da Red Bull, a Audi parece ter encontrado um caminho para o seu projeto na Fórmula 1.

A marca de Ingolstadt pretende ingressar na categoria máxima com a sua própria equipa, tendo nos últimos meses tentado encontrar uma estrutura para comprar.

Uma das primeiras opções aventadas foi a McLaren, mas esta equipa não está à venda, pelo menos pelos valores disponibilizados pela Audi.

A Aston Martin e a Williams foram também hipóteses estudadas, mas parece que a Sauber, que presentemente representa a Alfa Romeo, terá sido a solução escolhida.

A formação de Hinwil tem instalações de ‘primeira água’, com um túnel de vento moderno e um supercomputador que é um dos mais potentes do mundo, o que garante à Audi um bom ponto de partida para depois desenvolver todo o seu projeto.

Recorde-se que a Sauber também já foi pertença da BMW, entre 2006 e 2009.

De acordo com os rumores que circulavam em Silverstone, o acordo entre a Audi e a equipa fundada por Peter Sauber já foi alcançado, tendo os alemães despendendo 450 milhões de dólares por 75% do capital da estrutura, o que significa que foi avaliada em 600 milhões de dólares, bastante mais que os 180 milhões investidos pela Dorilton Capital para ficar com a Williams em 2020.

Segundo, diversas fontes, o acordo ainda não está homologado, estando dependente da publicação do novo regulamento de motores.

25% das ações será retido pelo atual dono da Sauber, Finn Rausing, ao passo que a Audi, caso a compra avance, a partir de 2023 passará a controlar 25% do capital da equipa por cada ano até 2025, quando completará os 75%.

Até ao final do atual ciclo de regulamentos a formação de Hinwil passará por um período de estabilidade, mantendo as unidades de potência da Ferrari, o que inviabiliza que possa assumir a identidade da Audi – um carro da marca com motores de Maranello não funciona para o marketing e criaria muito desconforto no Grupo Volkswagen.

Quanto a Alfa Romeo, o atual acordo entre as duas partes tem validade até ao final de 2024, mas a marca de Arese tem a possibilidade de o rever todos os anos e decidir cancelá-lo.

Financiar uma equipa detida pela Audi, uma rival na venda de automóveis da Alfa Romeo, poderá não fazer muito sentido para Jean-Philippe Imparato e Carlos Tavares, não sendo de estranhar que a parceria que permite ao construtor italiano marcar presença na Fórmula 1 seja terminado antecipadamente.

Seja como for, tudo está ‘pendurado’ pela homologação do regulamento de motores de 2026 e isso apenas deverá acontecer depois das férias de verão.

FOTOS Sean Bull Design (https://www.seanbulldesign.com/)

Sean Bull é um Designer Industrial que gosta de ultrapassar os limites do pensamento conceptual numa vasta gama de disciplinas de design. Intitula-se um Desenhador Automóvel qualificado com um diploma de primeira classe e emprego contínuo desde o seu ano de colocação industrial e, desde então, tem promovido os seus próprios estudos auto direcionados, explorando o mundo do design gráfico e criando a sua própria empresa baseada em torno do desporto automóvel, com contratos ligados a pilotos e equipas de corrida de renome mundial. O seu carácter é definido pelo interesse em alargar as fronteiras do design conceptual sob todas as formas e pela sua vontade de assumir quaisquer novos desafios ou áreas de design.

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