Fórmula 1: HAAS FOI A PRIMEIRA A MOSTRAR O CARRO

Por a 9 Fevereiro 2020 09:14

Por Fábio Mendes

A Haas tornou-se na primeira equipa da Fórmula 1 a revelar o seu monolugar de 2020, apresentando imagens de estúdio. Está dado o tiro de partida para a temporada de 2020.

Numa altura que falta apenas uma semana para o arranque dos testes de pré-temporada em Barcelona, as equipas já deram início às suas apresentações. Nesse particular, a Haas começou na frente. A equipa norte-americana, que vai alinhar pela quinta época na F1, espera dar o salto depois de uma época 2019 muito abaixo do desejado. Problemas de correlação entre os dados obtidos no túnel de vento e os resultados em pista dificultaram a vida da equipa que este ano pretende voltar ao nível de 2018, em que terminou em quinto lugar.

Apesar da sua apresentação oficial estar marcada apenas para 19 de fevereiro, quando arrancam os testes, já se pode perceber como será o VF-20/Ferrari. A primeira mudança, foi na decoração com a equipa a escolher o preto, branco e cinza.

Para o fundador e dono da equipa, Gene Haas, é tempo de olhar com otimismo para a nova época, e tentar voltar ao nível de 2018, esperando que as lições tenham sido aprendidas: “Estou satisfeito em ver o carro voltar às cores mais familiares da Haas Automation, é certamente uma pintura com a qual as pessoas se identificam. Sinceramente, espero que o VF-20 nos faça regressar à forma que mostrámos em 2018, quando terminámos em quinto no campeonato de construtores. O ano de 2019 foi difícil de suportar. Passámos por um processo educacional, que chega a todas as equipas de Fórmula 1 em algum momento. Estou confiante de que aprendemos com essas lições e aplicámos esse conhecimento para tornar o VF-20 num carro competitivo. É importante para mim estar de volta à luta e marcar pontos de forma consistente, certamente que temos essa capacidade e já provámos, como organização, que podemos fazê-lo” disse Gene Haas.

Longe do teto orçamental

A Haas é uma das estruturas mais pequenas da F1 e também uma das que menos gasta. Apesar do teto orçamental que irá entrar em vigor a partir de 2021, a Haas não deverá gastar mais do que faz atualmente. Calcula-se que a equipa tenha gasto 150 milhões de dólares o ano passado, o que fica muito longe dos orçamentos da Mercedes, Ferrari e Red Bull, e fica a alguma distância dos 175 milhões de dólares do limite orçamental. Guenther Steiner afirmou que a aplicação do limite não mudará a forma de trabalhar da equipa: “Vamos ficar com o que temos”, disse. “Somos bastante conservadores com estas coisas. Nós não vamos fazer isso [aumentar o orçamento]. Fazemos o que temos feito e tentamos fazer o melhor possível. O próximo passo será uma nova diminuição e as equipas que agora gastam mais vão se queixar. Se não há uma visão e se faz o que é conveniente no momento, talvez isso não funcione.”

A Haas também não deverá ter condições para subir o orçamento, sem patrocinador principal, depois da saída da Rich Energy, num dos casos do ano passado. Se a equipa encontrar um patrocinador forte e os resultados melhorarem, talvez o discurso mude.

Feedback de Grosjean essencial

Romain Grosjean pretende continua a usar a mesma postura que usou no ano passado em que apontou logo os problemas da evolução do chassis, não se remetendo ao silêncio.

O início da época da Haas foi penoso, com a equipa a não conseguir os resultados desejados. Os responsáveis da equipa apontavam os pneus como a principal causa dos problemas, mas a atualização do chassis estreada em Barcelona não trouxe as melhorias desejadas, com Grosjean a apontar os defeitos do carro. Foi esta postura que permitiu à equipa perceber o problema de correlação e sem isso a Haas estaria nesta fase ainda pior: “Na corrida de Barcelona, quando trouxemos a evolução para o carro, eu imediatamente disse que havia um problema. Em Paul Ricard, depois da qualificação, eu disse-lhes que tínhamos que parar de nos concentrar nos pneus porque não era esse o problema. Havia outro problema real no carro. Foi quando se fizeram estudos mais aprofundados e percebemos que havia realmente uma questão séria e tinha a ver com a correlação entre o túnel de vento e a pista. O certo é que, se eu não tivesse dito em Barcelona que a evolução não estava a funcionar, eles teriam continuado na mesma direção e este ano não teria dado certo. Esse foi definitivamente um ponto positivo” disse.

“Estamos à espera para ver como estará o carro nem pista. Temos todos os números do túnel de vento. Acho que aprendemos muito desde o ano passado. Agora, novamente, a única resposta que realmente obteremos é quando guiarmos o carro e vermos como ele se porta em pista.”

“Tentámos entender de onde vêm os problemas de correlação. Tentamos entender o que fizemos de maneira diferente dos outros e analisamos os conceitos. E então vamos esperar pelas primeiras voltas em Barcelona para garantir que medimos tudo o que acontece no carro e que estamos alinhados com o túnel de vento”.

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