Fórmula 1: Grandes Prémios ‘fixos’ e ‘alternados’?

Por a 23 Outubro 2023 15:34

A Liberty Media sabe que há muitos promotores de diversos países a bater à porta da Fórmula 1, e nesse contexto anda a tentar que o calendário da F1 chegue às 25 corridas. Mas as equipas não estão muito para aí viradas, pois sabem bem a dificuldade que já é com 24.

O calendário de 2024 prevê 24 Grandes Prémios, o Acordo da Concórdia estipula um máximo de 25, mas as equipas têm visões diferentes face ao mesmo problema. Por exemplo, Guenther Steiner (Haas) sugere: “alternância! Penso que essa é uma questão para a FOM decidir se alterna. O que estão a fazer com os contratos, as equipas não estão envolvidas nisso.

Penso que poderia funcionar para ter mais países no calendário e expor o nosso desporto a mais países mas 25 corridas? De momento, ainda não se fala nisso. Sou de opinião que 24 está no limite, mas se formos para mais, teremos de encontrar outra solução” começou por dizer Steiner que fala também na boa organização do calendário: “Se ficarmos em certas regiões durante algum tempo, evitam-se viagens de ida e volta, voos de longo curso. Portanto, há muitas coisas a discutir”, disse.

Já Toto Wolff (Mercedes) concorda: “24 já é muito. Acho que se conseguirmos outro bom local que seja positivo para o calendário, de certeza que encontraremos uma forma de o acomodar. Nós, como equipa, já começámos a fazer turnos. Muitas pessoas já não fazem todas as corridas. Mas, obviamente, temos os engenheiros de corrida que se dedicam a um carro e os pilotos que não podem ser trocados. Por isso, quer sejam 24 ou 25, não faria grande diferença. Mas temos de os acomodar nos continentes. A sustentabilidade é um tema fundamental. E penso que a FOM está a fazer um bom trabalho de avaliação”, disse.

Zak Brown (McLaren) também concorda que 24 corridas é o máximo: “para o bem-estar das pessoas, mas também temos de continuar a expandir o desporto. Talvez um cenário em que houvesse 20 Grandes Prémios fixos e, digamos, oito que rodassem de dois em dois anos. Assim, temos um calendário de 24 corridas, mas expandimos o desporto indo para outras regiões e outros países.

Dito isto, não sei como funcionam as contas de um promotor. Por isso, não sei se um calendário alternado é economicamente viável para o promotor, mas penso que esse seria o cenário ideal. Mas, para mim, é fácil delinear isso, mais difícil é para a Fórmula 1 montar esse cenário. Mas penso que seria o ideal”

Por fim, Mike Krack (Aston Martin) acrescenta que é importante a F1 voltar a África: “Penso que o importante é não esquecer que se trata de um Campeonato do Mundo e que ainda nos falta um continente, enquanto avançamos muito noutros. Há ainda há um pouco de trabalho a fazer. Mas, no cômputo geral, penso que a F1 faz um excelente trabalho neste domínio, como temos visto nos últimos anos. Agora o número, se for 22, 23, 24, penso que encontraremos sempre soluções para lidar com isso. Mas, em suma, como já disse, o Campeonato do Mundo significa para mim correr em todos os continentes”.

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