Fórmula 1, GP Bahrein: Os cinco melhores
Por Pedro André Mendes e Fábio Mendes
A nova época de Fórmula 1 começou em grande. Boas lutas dentro de pista, drama no final e a alteração na ordem das equipas, com o regresso da Ferrari às vitórias, num bom desempenho coletivo durante todo o fim de semana. Tivemos a ousadia de escolher os cinco melhores pilotos do fim de semana passado, começando pelo regressado Kevin Magnussen e não pelo vencedor da prova.
#1 – Kevin Magnussen
No princípio do mês, Kevin Magnussen estaria a preparar-se para as 12 Horas de Sebring do IMSA Sportscar Championship de sábado passado. A Haas precisou e chamou Magnussen de volta, mais de um ano depois de não ter renovado contrato com o piloto. A aventura de Magnussen fora da Fórmula 1 estava a correr bem, mas competir na disciplina rainha do automobilismo foi muito mais apelativo que qualquer outro projeto. Chegou, viu e terminou a corrida no quinto posto, depois de já ter surpreendido ainda no teste de pré-temporada. Soube a vitória e desde que regressou à Haas ainda não parou de sorrir. Assim como Günther Steiner, que com um carro muito mais competitivo do que o monolugar de 2021, juntamente com um piloto experiente como Magnussen, pode sonhar.
#2 – Charles Leclerc
O monegasco tirou melhor partido do bom monolugar da Ferrari do que o seu colega de equipa. Durante a corrida, Charles Leclerc defendeu-se muito bem dos ataques de Max Verstappen e colocou alta a fasquia para o resto da época. Largou bem e foi agressivo na defesa da liderança, como tem de ser com Verstappen. Na primeira tentativa de undercut da Red Bull, quando o campeão do mundo em 2021 o ultrapassou, Leclerc não perdeu a calma e respondeu logo a seguir, recuperando o primeiro posto. Assim como quando escolheu o melhor momento para acelerar na volta de saída do Safety Car.
Não existiam dúvidas sobre a capacidade de Leclerc, mas na luta direta com Max Verstappen, o piloto que traz no carro o número 1 e uma moral elevada, não se ficou e respondeu sempre à altura.
Vai ser engraçado ver também a luta interna na Ferrari.
#3 – Valtteri Bottas
Vida nova para o piloto que foi sempre apelidado de bom “wingman” ou segundo piloto. Valtteri Bottas tem mais capacidades do que ser um “bom companheiro de equipa” e provou na primeira corrida que realizou aos comandos de outro monolugar que não o da Mercedes.
Sábado já tinha sido bom, mas na corrida de domingo, o finlandês recuperou da má partida que teve – explicando no final que este é o ponto mais fraco do Alfa Romeo C42 – para terminar no sexto posto.
O resultado peca por não ter conseguido bater Kevin Magnussen, mas pode dar-se o caso do monolugar da Haas ser mais competitivo que o C42 da equipa suíça. Um pormenor a ter em conta nas próximas corridas.
#4 – Zhou Guanyu
O primeiro piloto chinês a competir na Fórmula 1 e que foi prontamente apontado como piloto pagante, provou no GP inaugural que o seu trajeto nas fórmulas juniores não aconteceu por acaso. Zhou tem capacidades para estar na Fórmula 1 e a prova está que bateu Mick Schumacher que tem mais um ano de experiência na disciplina e possivelmente um carro um pouco melhor.
Esta foi ainda a primeira corrida do ano e precisamos de aferir se Zhou não sofre do “factor Tsunoda”. Ou seja, se à semelhança do piloto japonês, que no GP do Bahrein de 2021 deu nas vistas e depois teve muitas dificuldades durante o resto da época, a Zhou não acontece o mesmo.
#5 – Max Verstappen
O campeão do mundo de 2021 de Fórmula 1 não pontuou na primeira corrida da nova época, mas por causa de uma falha crítica no RB18. Max Verstappen esteve em evidência durante o fim de semana e foi com alguma surpresa que não conquistou a pole position, no entanto na corrida fez os possíveis para roubar a liderança a Charles Leclerc. Encontrou um adversário forte, mas se os problemas nos carros da equipa não se repetirem, Verstappen estará de novo na luta pela vitória.
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Se existe uma prova perfeita, essa prova foi a do Leclerc ontem. Seja em que escala for, tem de ser o nº 1.
O Magnussen esteve quase perfeito, mas ainda queimou 2 ou 3 travagens na curva 1. Fantástico para quem esteve 1 ano fora da F1, mas não atinge a absoluta perfeição do fim de semana do Leclerc.
Muitíssimo bem escrito!
Cumprimentos
Ainda bem que este artigo é uma opinião, visto que não concordo minimamente com a pontuação.
O Leclerc em segundo depois de ter feito uma prova irrepreensível???
Faz pole, volta mais rápida e vitória, defendeu-se exemplarmente do falso campeão e se isto não é o primeiro não sei o que será.
O Kevin e o Zhou merecem bem ser 3 e 4 mas o Bottas e o Pseudo em 4 e 5 não acho correcto.
Então o Sainz fica onde?
Já agora acho que a Rb deu um grande tiro nos pés por acho que ficaram sem gásoil.
A melhor volta do Kevin em qualificação foi melhor que a do Bottas, infelizmente para o piloto dinamarquês, surgiu na Q2 e não na Q3, o que diz bastante acerca da competitividade do seu monolugar, que para já, parece mesmo ser o melhor dos outros. Tenho muitas dúvidas em relação ao Max fechar o Top 5. Já se percebeu que o seu carro é muito competitivo, o Max tirou partido desse potencial, porém na luta com o Leclerc, foi pouco inteligente. Num dos ataques, cometeu mesmo um erro comprometedor na 1a curva, que permitiu ao Leclerc ganhar aquela vantagem acima… Ler mais »
Como? Será que li bem? “o finlandês recuperou da má partida que teve – explicando no final que este é o ponto mais fraco do Alfa Romeo C42” Não será antes o ponto mais fraco… do finlandês?
O Max? Tem o segundo ou oelhor carro. Chorou e reclamou a corrida toda. Quando teve oportunidade de ultrapassar foi comido de seguida. Duas vezes.
Já vimos performances muito melhores do holandês.