Fórmula 1: Charles Leclerc ‘arrasado’ na imprensa italiana
No pólo oposto do corporativismo, confessamos que por vezes a imprensa é a pior inimiga de si própria, quando tão depressa eleva aos píncaros um piloto como de repente passa de “bestial a besta”.
Pode ser de momento o caso de alguns media italianos, que depois do erro com graves consequências de Charles Leclerc no Mónaco, já dizem que Carlos Sainz pode ultrapassar Leclerc como número 1 na equipa.
É verdade que a imprensa italiana sempre foi ferozmente partidária pela ‘sua’ Ferrari, mas por vezes é uma ligação de amor/ódio: “Se ele continuar a alcançar resultados e a trabalhar tão bem com Leclerc, ganhar algumas corridas e ajudar a Ferrari a lutar pelo campeonato mundial, então, Carlos Sainz estará destinado a ficar em Maranello durante muitos anos”, escreveu Luigi Perna, jornalista da La Gazzetta dello Sport.
“Se isso acontecer, não há necessidade de ele temer Mick Schumacher, porque Mick ainda tem muito a provar na Fórmula 1”, acrescentou no espanhol El Mundo Deportivo.
Quanto à possibilidade de Sainz poder ‘stressar’ Leclerc que em três anos se afirmou fortemente na Ferrari, outro jornalista italiano, Daniele Sparisci, diz que “depende de Lelerc. Ele tem um talento mais puro e um ‘instinto assassino’, mas desde o início, o Carlos Sainz já luta com ele no mesmo nível, pressionando-o e colocando-o em dificuldades. Fazer tudo isto ao lado de Leclerc, que é considerado um fenómeno, uma estrela, significa que Carlos Sainz tem também muito talento. Concordo que eles são dois pilotos diferentes – Leclerc super-agressivo e Carlos Sainz muito mais calculista, mas há muitos pilotos calculistas que ganharam e se saíram muito bem na Fórmula 1”, acrescentou Sparisci. O jornalista mais vocacionado para questões técnicas, antigo colaborador do AutoSport, o italiano Paolo Filisetti afirma: “Eu penso que Carlos Sainz se pode tornar no número 1 da Ferrari. Ganhou a posição número 1 na pista, por isso não vejo porque não”. Penso também que é claro que Carlos Sainz não veio para a Ferrari para ser o número 2. Não vejo porque é que alguém pensa que é impossível que Sainz dê esse passo para se juntar a Leclerc, Verstappen e Hamilton como pilotos de que todos falam para chegar ao título”, acrescentou.
No contexto atual, as palavras podem fazer algum sentido, mas neste tipo de situações tem sempre de se olhar para o ‘filme’ como um todo, e não colocar tudo em causa quando alguma coisa corre mal. É verdade que Leclerc cometeu um erro. Max Verstappen também já ali ‘ficou’ duas vezes. Se aqui não tem acontecido, provavelmente, Leclerc tinha ganho o GP do Mónaco, e a imprensa italiana estava a endeusá-lo. Do oito ao oitenta, e ao oito outro vez, num instante…
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Caro José, Antes de mais, o título do artigo deveria ter um alerta “clickbait” 🙂 Como é apanágio no automobilismo, a seguir ao fim de semana de corrida, à segunda vendem-se carros…e também jornais. Nada do que está aqui traduzido, proveniente da “emotiva” imprensa italiana indica um ataque “feroz” a Leclerc, nem um endeusamento ao outro piloto da Scuderia. Carlos Sainz está simplesmente a cumprir aquilo que lhe foi pedido: inteligência na gestão de corrida, regularidade e trabalho de equipa. Ao talento, soma-se-lhe a experiência de ter passado por 4 equipas diferentes nas últimas 7 temporadas, de forma bem sucedida… Ler mais »
Tem toda a razão no que escreve. E já agora, alguém reparou na forma como a tradução tem um toque abrasileirado?
Mal sabem os “arrasadores” que o Charles será o próximo campeão mundial pela Ferrari!
Isso é que é boa visão… ao longe (no tempo). É provável que sim, se não for “pescado” antes por outra equipa, ou se a Ferrari acertar finalmente.
Vettel também era para ser. O Alonso. E podemos recuar aos anos 90 e 80.
Acredito mais que será campeão por outra equipa senão a Ferrari. Não é por acaso que ambos o Alonso e Vettel não foram campeões e a Ferrari já persegue esse título desde 2007 ou seja há 14 anos…
O Perna e o Sparisci são 2 jornalistas da imprensa generalista. É a mesma coisa que avaliarmos a imprensa portuguesa no referente ao automobilismo através do que escrevem e dizem os redactores da “A Bola” ou do “Jogo”. E na generalista acontece o seguinte: agarram num jornalista que andou 10 anos no ciclismo e colocam-no na F1. Foi o caso do Perna.
Essa estafada ideia da bipolaridade dos pouco equilibrados jornalistas italianos é uma generalização provavelmente muito incorrecta.
Exato, no Jogo de 2ª feira vinha que o Leclerc não tinha arrancado para o GP porque tinha sido penalizado pelo incidente de sábado!
Esquecem-se de dizer que a equipa se esqueceu de verificar o eixo esquerdo porque supostamente como a batida foi do lado direito não seria necessário…muito profissionalismo na Ferrari, infelizmente (para mim que sou fã), como tem sido habitual, e até era uma peça que podia ser mudada sem penalização na grelha…
Não se esqueceram, simplesmente estavam a festejar a Eurovisão e não houve tempo.
Eu que gosto muito da Scuderia, fiquei louco quando endeusam , tiffosi sempre, Schummy não
O que a imprensa italiana deveria por em causa é o trabalho dos engenheiros e mecânicos das boxes da Ferrari que não conseguiram resolver o problema. tenho visto em muitos outros Teams de F1 e num dia resolvem os problemas por vezes bem mais complicados. Não nos podemos esquecer que Itália fica ao lado do Mónaco, por isso se fosse preciso receberem peças de Maranelo era muito mais fácil do que de Inglaterra. As boxes da Ferrari trabalharam mal.
O Sainz ,não sendo um fora de série, é mais consistente que o menino monegasco. Mais talento têm um Norris ou mesmo um Russell, falando de jovens,coisa que o Leclerc já não se pode considerar
Mais um erro de casting dos reds. Mas isso já é marca registada da firma.
Que eu saiba o Russel tem os mesmos 23 anos do Leclerc… e tem 3 anos de F1 ao contrario do MAX, que tb tendo 23, vai na sua sexta ou sétima temporada de F1…
O costume da imprensa Italiana, quando o piloto mais rpecisa de apoio, mais vão para o drama fácil e a crítica para vender jornais.
A segunda parte do problema dlees é andarem a subestimar Carlos Sainz. Um piloto que se mediu a Verstappen e andou muito perto dele, por vezes até o bateu. Que se deu bem na Renault e que na Mclaren ressurgiu como um dos nomes para o futuro. Para mim não é surpresa nenhuma que se esteja a dar bem na Ferrari. Não é de todo mediano como andaram a querer pintá-lo.