Fórmula 1 arranca a 3/5 julho na Áustria

Está confirmado oficialmente, a Fórmula 1 arranca no fim de semana de 3/5 julho na Áustria, a primeira de duas corridas em semanas consecutivas no país. Já são conhecidas as primeiras oito corridas do calendário 2020, para já só a ‘temporada’ europeia.

Finalmente, três meses e meio depois a Fórmula 1 vai arrancar, para gáudio dos muitos milhões de adeptos de todo o mundo. Não vai haver público nas bancadas, mas o espetáculo televisivo será o mesmo, com um pouquinho menos de emoção devido à falta de calor humano.

A competição começa entre 3-5 de julho na Áustria onde regressa no fim de semana seguinte, de 10-12 de julho. Segue-se a Hungria a 17-19 de julho, Grã-Bretanha, 31 de julho-2 de agosto e 7-9 de agosto. Depois é a vez da Espanha a 14-16 de agosto e no fim do mês, 28-30 de agosto o mítico Spa-Francorchamps, na Bélgica. Por fim, a temporada europeia termina a 4-6 de setembro em Monza, Itália: “Nos últimos dois meses a F1 tem trabalhado em estreita colaboração com todos os parceiros, autoridades, a FIA e as dez equipas para criar um calendário revisto que permita um regresso às corridas de uma forma segura para as comunidades que visita e para toda a comunidade da F1. Concluímos agora os acordos com os nossos promotores e estamos em condições de publicar o calendário de abertura 2020. Devido à atual fluidez da situação da COVID-19 a nível internacional, iremos finalizar os pormenores do calendário mais alargado e esperamos publicá-lo nas próximas semanas, com a expetativa de termos um total de 15-18 corridas antes de completarmos a nossa época em dezembro.

Como foi dito anteriormente, as primeiras corridas serão fechadas ao público, mas esperamos que os adeptos possam voltar aos nossos eventos assim que for seguro fazê-lo. O calendário incluirá ainda a realização de duas provas consecutivas no mesmo circuito, com uma semana de diferença, bem como uma série de provas ‘back-to-back’ (em semanas consecutivas). A saúde e segurança de todos os envolvidos continuará a ser a prioridade número um”, lê-se no comunicado oficial.

Para Chase Carey, Chairman e CEO da Fórmula 1: “Nas últimas semanas temos trabalhado incansavelmente com todos os nossos parceiros, a FIA e as equipas para criar um calendário para 2020 que nos permita reiniciar as corridas da forma mais segura possível. Estamos satisfeitos por termos podido apresentar o nosso calendário de oito provas e esperamos publicar o nosso calendário completo nas próximas semanas. Quero agradecer a todos os promotores e parceiros pelo seu apoio e empenho contínuo na F1. Vamos começar sem adeptos nas bancadas, mas esperamos que nos próximos meses a situação nos permita recebê-los, quando for seguro. Seja como for, sabemos que o regresso da F1 será um estímulo bem-vindo aos adeptos do desporto em todo o mundo”.

CALENDÁRIO

Calendário (europeu) da F1

GP da Aústria F1 3-5 de Julho

GP da Aústria F1 10-12 de Julho

GP da Hungria F1 17-19 de Julho

GP Grã-Bretanha F1 31 de Julho-2 de Agosto

GP Grã-Bretanha F1 7-9 de Agosto

GP Espanha F1 14-16 de Agosto

GP Bélgica F1 28-30 de Agosto

GP Itália F1 4-6 de Setembro

Medidas para o regresso às pistas

O calendário já foi apresentado e já conhecemos que datas e que pistas farão parte da “ronda europeia”. Resta conhecer as medidas aplicadas nesses eventos. A F1 vai fazer um grande esforço para monitorizar e controlar possíveis surtos de Covid-19 no paddock do Grande Circo. Eis as medidas que serão aplicadas para que todos possam competir em segurança:

1: Testes regulares

“Usando testes privados, qualquer pessoa que participe numa corrida será testada para a Covid-19 antes de viajar, e cada um deverá ter um resultado negativo antes de poder ir ao evento. Haverá testes regulares, realizados por equipas médicas privadas, durante os eventos, juntamente com triagem extra – inclusive na chegada ao circuito – e todos os trabalhadores locais também serão testados antes do evento”.

2: Eventos fechados

“Atualmente, não se espera que as primeiras corridas europeias sejam abertas a espetadores, convidados ou parceiros. A F1 espera que os fãs possam participar dos eventos assim que for seguro, mas, enquanto isso, as bancadas estarão vazias e o paddock muito mais silencioso do que o habitual, com apenas pessoal essencial permitido nos limites do circuito.”

3: Pessoal mínimo

“Haverá uma redução significativa no pessoal que viajará para as corridas de todas as partes, incluindo as equipas, a FIA, os fornecedores e a própria F1. Para ajudar a conseguir isso, algumas funções de um fim de semana de corrida – como partes da transmissão de televisão – serão realizadas remotamente. Além disso, será necessário que o pessoal no local se isole nas respetivas unidades de equipa e não interaja com outras pessoas”.

4: Viagem isolada

“Todo o pessoal que participa das corridas – que terá um certificado de teste negativo após o teste antes da partida – viajará de maneira isolada, com o uso de voos fretados, tanto quanto possível, e transferências privadas entre pistas , hotéis e aeroportos para garantir que todos os funcionários do evento viagem numa “bolha” restrita para impedir qualquer interação mais ampla com o público não testado.”

5: Distanciamento social

“Medidas de distanciamento social serão implementadas e aplicadas em todo o paddock F1 e no circuito como um todo em cada evento. Atividades pré e pós-corrida, como hino nacional, parc fermé, pódios serão alterados para garantir que distâncias seguras possam ser mantidas, assim como obrigações dos media e entrevistas.”

Formato inalterado

O formato da primeira prova do ano da F1 não irá sofrer alterações significativas, mantendo os três dias de atividade. Na abertura do campeonato teremos três dias de ação em pista com três treinos livres, qualificação e corrida. São boas notícias para as equipas que terão assim três sessões para verificar as máquinas, testar novas soluções e procurar a afinação ideal para o carro. Também para os pilotos esta é uma boa notícia pois permitirá que tenham três treinos antes da primeira qualificação do ano. Ainda não se sabe se este formato de três dias será mantido daqui para a frente ou se o formato de dois dias será implementado nas próximas provas.

Rússia e Itália podem receber duas corridas

O quebra-cabeça continua. O calendário 2020 será do mais difíceis de sempre a alinhavar e novas soluções começam a surgir.

O mundo atravessa momentos de incerteza e a F1 continua refém dessas incertezas. Sem poder fazer planos a médio prazo, o Grande Circo prepara-se para todas as eventualidades e futuros cancelamentos não podem ser postos de parte, pelo que novas soluções devem ser ponderadas.

Uma das novas soluções poderá ser uma jornada dupla em Sochi, na Rússia. Os promotores do circuito mostram-se muito recetivos à ideia de receber duas provas seguidas do Grande Circo, afirmando que estão prontos para o desafio. A infraestrutura está preparada, a localização é relativamente remota e com unidades hoteleiras nas proximidades do circuito o que pode facilitar a tarefa de manter o distanciamento social do staff das equipas da F1.

Também a Itália está na calha para receber outra prova além de Monza (Imola desde cedo mostrou vontade em receber a F1 em 2020) e Hockenheim também está na lista. Se o calendário europeu parece estar definido, o resto da época tem ainda muitas interrogações.

Do calendário inicial de 2020, ainda não está confirmado se os eventos adiados no Bahrein, Vietname, China, Canadá e Azerbaijão serão reagendados, sendo que as provas do Canadá, Azerbaijão e Singapura deverão ser canceladas por serem circuitos citadinos.

Monza confirmada

A catedral da velocidade irá manter-se no calendário da F1. Esta confirmação foi dada pelo presidente da câmara local.

Monza é uma das pistas mais icónicas da F1, pela sua história, pela paixão dos fãs que enchem as bancadas e pelas corridas emocionantes que lá acontecem. A presença de Monza no calendário 2020 foi confirmada, e um novo contrato com a F1 terá sido assinado.

O presidente da Câmara de Monza, Dario Allevi, disse nas redes sociais que foi informado da extensão pelo presidente do ACI, Angelo Sticchi Damiani, na mesma altura em que a corrida deste ano recebeu o aval.

“Embora muitos circuitos tenham desistido por causa da emergência de saúde, Monza estará lá – embora à porta fechada”, disse Allevi. “E a Fórmula 1 decidiu estender o contrato [recentemente assinado até 2024] com a nossa pista em mais um ano. Os carros de corrida da F1 continuarão a acelerar pelo templo da velocidade até pelo menos 2025. ”

De acordo com relatos dos media italianos, o ACI está ansioso para receber uma segunda corrida de F1 em 2020 se um dos eventos fora planeados para fora da Europa não puder ir adiante, com Monza, Imola e Mugello na corrida.

Calendário final sem data de anúncio

A F1 já mostrou parte do seu calendário para esta época, mas não se compromete com uma data para o calendário completo.

A situação continua fluída, uma expressão muito usada desde que a Covid-19 entrou de rompante nas nossas vidas e na F1. A organização do calendário 2020 tem sido uma dor de cabeça tremenda e apenas a “ronda europeia” tem as datas finalizadas. As restantes datas serão anunciadas depois, não se sabendo ainda quando: “Navegamos em águas desconhecidas”, disse Chase Carey em entrevista ao site oficial da Fórmula 1. “Certamente continuamos a ter uma falta de visibilidade para lá de um intervalo de tempo bastante curto. Estamos envolvidos com todos os nossos promotores e estamos numa discussão ativa com todos eles, com dificuldade para ver mais além. Não vamos dar um prazo neste momento. Com a fluidez da situação, um prazo criaria pressões que podem não ser corretas e realistas, por isso pensamos por objetivos. A nossa meta seria antes do final de junho para, ou ter o calendário concluído, ou termos uma boa ideia. Sabemos o que gostaríamos de tentar fazer. ” Carey confirmou que “temos outras opções se algumas coisas não derem certo. Esperamos que haja corridas no calendário que provavelmente ainda não poderão acontecer. Acho que temos opções. ”