Fórmula 1, Andreas Seidl sobre Haas e Ferrari: “troca de informação é inevitável”
As chamadas “equipas B” têm sido um tema controverso e recorrente na Fórmula 1. A mais notória relação é entre a Red Bull e AlphaTauri – ambas são propriedade da Red Bull – mas a relação próxima entre a Racing Point (agora Aston Martin) e a Mercedes foi bastante escrutinada e levou mesmo à perda de 15 pontos para a equipa de Lawrence Stroll e uma multa pecuniária de 400.000 Euros por copiar peças do monolugar de Brackley de 2019.
Em 2022, a parceria da Haas com a Ferrari é posta em causa. A Haas contratou antigos funcionários da Ferrari – o mais conhecido é Simone Resta – que foram dispensados e optou por abrir o departamento de design em Maranello. Ferrari e Haas têm salientado a separação do espaço físico e do trabalho entre ambas, mas a estrutura norte-americana utiliza ainda o túnel de vento da Scuderia, que é ainda fornecedora das unidades motrizes.
Andreas Seidl, chefe de equipa da McLaren, tem sido voz ativa nesta contenda, afirmando que a troca de informação entre Ferrari e Haas é inevitável.
“Os nossos princípios não mudaram ao longo dos anos”, afirmou Andreas Seild. “Acreditamos que não importa quantas equipas existam na Fórmula 1, quer sejam 10, 11 ou 12, todas devem construir os seus próprios carros. E isto significa que é impossível trocar informações entre múltiplas equipas. Pode-se utilizar as unidades motrizes e as caixas de velocidades de outras equipas, mas não se devem partilhar infraestruturas, em circunstância alguma, porque assim que duas equipas começam a trabalhar sob o mesmo teto, a troca de informação é inevitável”. Seidl garante ainda que a posição da McLaren “não depende da velocidade dos nossos adversários, quer os Haas sejam rápidos ou lentos”.
Esta situação deverá marcar os próximos tempos na Fórmula 1 e é uma questão que divide o paddock, com a FIA a anunciar ser difícil controlar as trocas de informações entre equipas.
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É engraçado que quem comenta este assunto (relação Ferrari-Haas) têm sido aqueles que menos deviam falar… há dias foi o ex-chefe da Aston que copiou o Mercedes… e agora é o pessoal das fotocópias de 2007…
E a Alpha Tauri que funciona como 3º e 4º carro da RB não incomoda ninguém…
Mas calma que o pessoal das fotocópias de 2007 foram devidamente punidos!
Já outros fora da lei assinam acordos secretos!!🤫
Assinaram acordo secreto, porque não eram os únicos fora da lei. A FIA não conseguiu foi provar, apesar de tantos sensores. No entanto creio que em 2020 foram devidamente punidos com um motor fraquissimo.
Com mais menos sensores a única que não passou nos regulamentos foi a Ferrari, que inventou uma brilhante ideia mas fora do regulamento, então a punição devia ser feita no momento em que a FIA descobriu.
Em relação ao motor fraquíssimo isso não é punição é começar do zero, leva tempo até chegar a frente.
Foram devidamente punidos???… correram a época toda com os carros “fotocopiados” e só não foram campeões porque o Lewis fez uma asneira no último GP… isso é “punir devidamente” os infractores?
Também não gostei do “acordo secreto”… preferia que tivessem excluído a Ferrari por uma época da F1… mas o histórico da FIA/F1 não “permite”… o único caso que conheço de “devidamente punido” passou-se nos rallies e foi com a TTE… nos restantes casos houve sempre “malabarismos” e “acordos”…
Sim, foram retirados todos os pontos no mundial de construtores. 070913_mclaren_dg
Terminaram o campeonato em 2° lugar, quantos pontos retiraram á Ferrari?
Na minha opinião o correcto a fazer era a Ferrari perdia todos os pontos da época.
Enquanto existirem equipas clientes que necessitem de motores de terceiros, existirá sempre troca de informações e a Mclaren engloba-se nesse pacote. Não é só com a Haas que a Ferrari troca informações, com a Alfa Romeo também. A própria Mclaren tem ex-técnicos da Mercedes nas suas fileiras.O mesmo se pode falar em relação à Red Bull e a Alfa Tauri.
Andreas Seidl têm efectivamente razão. A partilha não só de componentes como tambem de informação técnica adultera a relação de forças entre as equipas do 2º pelotão. Já aqui exprimi a minha opinião em relação a estas segundas equipas e mantenho-a – eliminação deste conceito ou em alternativa uma melhor clarificação das fronteiras de partilha de comunicação.