Fórmula 1: 5 histórias do paddock

Por a 27 Julho 2023 14:14

Inúmeras conversas passaram pelo paddock do Grande Prémio da Hungria, tendo a Ferrari, política de motores e Ricciardo sido os temas dominantes…

Pilotos da Ferrari de saída?

Os rumores quanto ao futuro dos pilotos da Ferrari começam a ganhar força, podendo a formação de Maranello ter de mudar a sua dupla em 2025.

Carlos Sainz é apontado à Sauber, que se transformará em Audi em 2026, havendo quem garanta que o seu pai, Carlos Sainz Sr., está em contacto com os homens de Ingolstadt tendo em vista a passagem do seu filho para equipa de Hinwil.

O bicampeão mundial de ralis tem fortes contactos na marca alemã, que presentemente defende no Todo Terreno, e está muito ativo também no paddock.

Por seu lado, Charles Leclerc parece estar a perder a paciência com a Ferrari, não só com a falta de competitividade do carro, mas também com os constantes erros estratégicos e de execução, que lhe têm custado alguns resultados.

O destino mais apontado ao monegasco é a Mercedes, tendo Toto Wolff já admitido estar a acompanhar o piloto da Ferrari, mas também a Aston Martin se abre como uma possibilidade, até porque Fernando Alonso termina o seu contrato no final da próxima temporada, precisamente, quando o actual acordo de Leclerc com a ‘Scuderia’ chega ao seu fim.

Se ambos os pilotos saírem, a Ferrari encontrar-se-á numa situação difícil, podendo, porém, alguns pilotos ficarem livres no final da próxima época, como é o caso de Alonso e até talvez Lewis Hamilton.

Ricciardo chama a atenção

Daniel Ricciardo foi um dos grandes temas de conversa em Hungaroring, dado o seu regresso à Fórmula 1 através da AlphaTauri.

O interesse foi tal, que os jornalistas invadiram a zona de hospitalidade da formação de Faenza numa conferência de imprensa logo na quinta-feira, levando o australiano a questionar por entre sorrisos de como seria se ele se sagrasse Campeão Mundial.

Ricciardo esteve em bom nível, batendo Yuki Tsunoda em qualificação e vendo a sua corrida condicionada por um incidente na primeira volta, mas com bom ritmo, o que levou a que os rumores sobre uma eventual promoção à Red Bull ganhassem força.

O mexicano, apesar de um pódio na corrida magiar, voltou a ter uma qualificação dececionante e, muito embora Christian Horner e Helmut Marko mostrem apoio publicamente ao seu piloto, o inglês também admitiu que Ricciardo pretende mostrar na AlphaTauri estar em condições de regressar à Red Bull.

O simples facto de o ter admitido, demonstra que os homens da equipa de Milton Keynes equacionam a possibilidade de voltar a ter o australiano ao volante de um dos seus carros.

Dois blocos prometem guerra política com os motores no meio

A Fórmula 1 está a aproximar-se de uma guerra política sobre motores, tendo em vista o regulamento técnico de 2026.

Recentemente, Christian Horner sublinhou que a componente elétrica tem demasiado importância nos futuros V6 turbohíbridos, chegando mesmo a dizer que os motores de combustão interna terão quase apenas a função de carregar as baterias.

O inglês enfatizou que o regulamento deveria ser alterado para que os motores térmicos ganhassem preponderância através de um aumento da sua potência relativamente à componente elétrica, o que foi intensamente contrariado por Toto Wolff, que garantiu que nenhuma regra mudaria.

A Alpine já se mostrou alinhada com a Mercedes, mas segundo os rumores do paddock, a Ferrari e a Honda já se depararam com os problemas da Red Bull Powertrains – sendo um dos exemplos, a necessidade dos pilotos em retas maiores, como em Monza, reduzirem uma marcha para que possam carregar as baterias – e não estão avessas a alterações no regulamento técnico das unidades de potência de 2026.

A FIA terá aqui um papel determinante, desconhecendo-se a posição da Audi, tendo à sua disposição as ferramentas para realizar modificações, mas ao fazê-las, não poderá ferir suscetibilidades.

Novas equipas

A FIA revelou que até ao final do mês de Agosto deverá haver uma decisão quanto aos candidatos a ter uma equipa de Fórmula 1 e, segundo as conversas em Hungaroring, são dois os pretendentes com vantagem.

Crê-se que foram cinco as entidades que responderam ao desafio lançado pela entidade federativa – Andretti Cadillac, Hitech Grand Prix, Formula Equal, LKY SUNZ e Rodin Carlin – mas existem apenas duas vagas, o que significa que três candidatos ficarão pelo caminho.

Os rumores apontam que a formação norte-americana e a estrutura inglesa estão numa boa posição para avançarem.

No entanto, existem algumas dúvidas quanto ao financiamento da Hitech GP, havendo suspeitas de que o dinheiro poderá vir da Rússia, o que não será do interesse da FIA e da FOM.

O técnico mistério

Recentemente, Frédéric Vasseur avançou que tinha contratado um técnico de topo, mas que este só poderia começar a trabalhar na Ferrari a partir do final de 2024, não querendo desvendar a sua identidade.

Durante o fim-de-semana magiar surgiram rumores de que o homem em questão é Loic Serra, um francês, que presentemente está ao serviço da Mercedes ocupando o papel de diretor de performance.

Serra está ao serviço da formação de Brackley desde 2010, tendo anteriormente trabalhado na BMW Sauber durante três anos e na Michelin ao longo de dez.

Vasseur está a tentar encontrar uma solução para ter o gaulês o mais cedo possível em Maranello, entabulando contactos com o seu amigo Toto Wolff, mas dificilmente o austríaco cederá alguma coisa em nome da amizade.

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