Fórmula 1: 10 lições do GP do Países Baixos

Por a 5 Setembro 2022 17:30

Por Pedro André Mendes e Fábio Mendes

O regresso da Fórmula 1 a Zandvoorter valeu a pena, apesar de algumas notas menos positivas por parte de alguns fãs, que merecem referência nas nossas lições, a festa foi enorme com a vitória de Max Verstappen. Escolhemos dez lições que aprendermos neste fim de semana.

Nível competitivo altíssimo de Max Verstappen

O campeão em título aproveitou os deslizes da Ferrari e de Charles Leclerc, mas Max Verstappen tem vindo a demonstrar estar a um nível superior dos demais adversários. Com um carro desenvolvido como prefere, o neerlandês está em plena sintonia com o RB18 e tornou-se numa máquina devoradora de vitórias.

Ferrari pressionada por Mercedes

O que começou por ser uma época na expectativa da Ferrari lutar pelo campeonato, transformou-se agora numa época para salvar o segundo lugar entre os construtores. O salto qualitativo da Mercedes começa a enervar Mattia Binotto, que espera conseguir em Monza bater a equipa de Brackley à frente do “seu” público. Para já, na corrida de Zandvoort não houve dúvidas que a Mercedes foi melhor.

George Russell impõe-se como líder da equipa

Lewis Hamilton fez tudo para terminar, pelo menos, no segundo lugar e à frente do seu companheiro de equipa, mas no final a equipa escolheu parar George Russell. O jovem piloto pediu os pneus macios e conseguiu assim terminar a corrida no segundo lugar e somar mais pontos do que Carlos Sainz e Hamilton para o campeonato. É quarto na classificação entre os pilotos, com 30 pontos de vantagem para o seu companheiro de equipa e está a 13 pontos de Sergio Pérez e Charles Leclerc.

McLaren vai para luta só com Norris

Agora não é mais necessário, mas seria difícil ter argumentos a favor da manutenção de Daniel Ricciardo na McLaren. A manter-se assim, a McLaren continua a luta pelo quarto posto apenas com um piloto contra dois pilotos da Alpine que não desarmam. Fernando Alonso pode ter “via verde” para outra equipa, mas não deverá levantar o pé nas corridas que faltam, por isso Lando Norris só pode fazer o mesmo e em Woking fazerem figas para que algo corra mal aos franceses.

Aston Martin melhor do que AlphaTauri

A AlphaTauri perdeu Yuki Tsunoda durante a corrida do GP dos Países Baixos quando o piloto parecia ser capaz de regressar aos pontos. Com Pierre Gasly entre uma série de pilotos que lutavam por conseguir chegar ao top 10, Lance Stroll da Aston Martin conseguiu ser mais rápido e com uma boa estratégia de corrida, se bem que sem pneus novos desde a volta 16, somar 1 ponto. Foi apenas um ponto, mas é a quarta corrida consecutiva que a Aston Martin encurta a diferença pontual no campeonato de construtores para os seus rivais diretos, a AlphaTauri. É preciso fazer mais, principalmente na qualificação, no entanto Stroll comprovou que o AMR22 está melhor e é capaz de chegar aos pontos e à Q3.

Haas e Alfa Romeo perderam o comboio

Os monolugares da Haas e da Alfa Romeo foram muito elogiados no início do ano e esperava-se que estas equipas pudessem ter uma época positiva, em especial a Alfa Romeo que chegou a estar no top 5 das mais rápidas. Mas ambas as equipas não conseguiram capitalizar o potencial demonstrado e começam a ficar para trás. A Haas e a Alfa Romeo não estão tão mal no campeonato quanto as últimas prestações possam indicar, mas com as equipas a virarem o foco para 2023, não parece que o cenário vá melhorar.

Nicholas Latifi com um pé fora

Nada contra o piloto canadiano que faz o que pode, mas já está mais que visto que Nicholas Latifi não tem o mesmo nível dos restantes colegas na F1. Conseguiu ser bem sucedido na F2 na sua quinta época na categoria de acesso à F1 e na Williams, apesar de ter bons companheiros de equipa, não tem conseguido mostrar capacidade para convencer. Está com um pé de fora e compreende-se o porquê, pois com um piloto que conseguisse acompanhar Alex Albon, talvez o cenário não fosse tão negativo para a equipa de Grove.

Hábitos antidesportivos devem ficar de fora dos circuitos

Não nos lembramos de ver um objeto atirado à pista por fãs. Normalmente quem vai ver corridas sabe dos perigos e respeitam isso. Mas a nova onda de fãs ainda com pouco conhecimento de causa faz com que cenas como as que vimos em Zandvoort aconteçam. Não se deve julgar o todo pela parte, mas os comportamentos do “exército laranja” já foram notícia pelos maus motivos no passado. É preciso começar a controlar isso o quanto antes.

Alpine vai perder muito, quando Alonso sair

Fernando Alonso já decidiu o seu futuro para os próximos dois anos e a Aston Martin foi o destino escolhido. Quem perde é a Alpine que fica sem um piloto capaz de fazer o que Alonso fez em Zandvoort. Depois de largar de fora do top 10, fez uma excelente corrida e acabou em sexto. Talento e garra para dar e vender. Alonso pode ter 40 anos, mas tem a vontade de um jovem de 20 e a experiência para evitar erros. Uma combinação que inevitavelmente dá frutos.

Espetáculo em pista melhorou com a nova zona DRS

A zona DRS para este ano foi esticada e a curva 14 foi feita com a asa traseira aberta para permitir mais ultrapassagens. Sem problemas ao nível da segurança, a solução foi mantida e ajudou no espetáculo. Zandvoort é uma pista excelente, mas nunca vai permitir grandes manobras com este tipo de carros. No entanto, a variabilidade estratégica foi boa e tivemos um número razoável de ultrapassagens. Uma ideia que resultou e que merece ser mantida… caso Zandvoort permaneça no calendário, o que deve acontecer, dada a festa fora de pista e as imagens no asfalto.

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1 Comentário
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*RPMS*™
1 ano atrás

Concordo com o artigo e há principalmente três destas “lições” que devem ser destacadas:
Nível competitivo altíssimo de Max Verstappen;
George Russell impõe-se como líder da equipa;
Alpine vai perder muito, quando Alonso sair.

Sem dúvida!

Cumprimentos

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