A fabulosa estreia de Kubica com um Fórmula 1…

Por a 19 Março 2017 21:10

Quando as coisas são vistas em perspetiva, por vezes percebe-se que aquele estúpido acidente num rali em Itália, em 2011, ‘acabou’ com um talento, que provavelmente, nesta altura, teria títulos de Campeão do Mundo. Falamos de Robert Kubica, que em dezembro de 2005 ‘espantou’ quem seguia a F1 com a prestação que relatámos através do texto em baixo:

“Vencedor da World Series, com o título conquistado no Estoril, Robert Kubica teve direito a 40 voltas ao volante dum Renault R25 como prémio para o seu triunfo naquela categoria. Conhecendo mal a pista catalã e sem qualquer experiência anterior ao volante dum Fórmula 1, o mínimo que se pode dizer é que o polaco deixou todos de boca aberta com o seu talento. Em apenas três horas de testes o piloto foi melhorando os seus cronos em cada série de voltas, sempre com o mesmo jogo de pneus, entrando rapidamente no meio da tabela de tempos, em despique directo com pilotos bem mais experientes. Mas foi quando lhe deram pneus novos, depois de 36 voltas de experiência, que o seu enorme talento veio ao de cima: logo na primeira volta Kubica efectuou o quinto melhor tempo até à altura, à frente de Franck Montagny e a apenas 0,5s da melhor marca dum motor V8 naquele momento! E não foi mais além porque Ralf Schumacher partiu o motor do Toyota na última curva, deixando imenso óleo na pista, pelo que a Renault optou por o mandar parar, sem lhe dar a prometida segunda série com pneus novos. A imagem da tranquilidade Enquanto no paddock se comentava uma estreia que só tem paralelo com o que Verstappen fez com um Footwork no Estoril, em Outubro de 1993 – mas o holandês acabou por destruir o carro na manhã do seu segundo dia de ensaios… – Kubica era a imagem da tranquilidade no final do dia: «Foi pena não ter tido uma segunda oportunidade, pois podia ter tirado dois ou três décimos de segundo ao meu melhor tempo. Fiz um tempo bom sem conhecer a verdadeira aderência dos pneus novos, pelo que uma segunda tentativa seria, forçosamente, melhor. Mas saio daqui satisfeito porque agora já tenho a certeza que poderei ser competitivo ao volante dum Fórmula 1.» Para 2006 o polaco hesita entre a GP2 e a Champ Cars, pois nem ele nem os responsáveis pela sua carreira ficaram convencidos que a nova categoria júnior da Fórmula 1 premeia o talento dos pilotos, dado o domínio duma equipa na temporada de 2005, mas a sua decisão será tomada nas próximas semanas, estando, também, previsto um teste nos Estados Unidos, com uma equipa em formação, e que tem no experiente Ken Anderson o seu Director Técnico. Em pista com o Renault R25 também esteve Giorgio Mondini, vencedor da Eurocup Renault V6 em 2004 e se é verdade que o piloto italiano fez um trabalho aceitável, o facto de ter entrado em acção depois de Robert Kubica acabou por deixar na sombra o seu desempenho”.

 

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ernie
ernie
7 anos atrás

Sr. Abreu, dê uma vista de olhos à última parte do seu texto, e explique-me como se eu fosse loura, porque não percebo patavina do que lá está. …Para 2006 o polaco hesita entre a GP2 e a Champ Cars, pois nem ele nem os responsáveis pela sua carreira ficaram convencidos que a nova categoria júnior da Fórmula 1 premeia o talento dos pilotos, dado o domínio duma equipa na temporada de 2005, mas a sua decisão será tomada nas próximas semanas, estando, também, previsto um teste nos Estados Unidos, com uma equipa em formação, e que tem no experiente… Ler mais »

V8_scars
V8_scars
Reply to  ernie
7 anos atrás

A data correta seria 28 de Setembro de… 1993! Ainda me lembro de o ver correr pela Benetton em 1994, em especial o GP da Alemanha e o famoso incidente no reabastecimento – estava eu no Algarve a ver a transmissão num bar holandês quando se dá o incêndio nas boxes. Penso que um engano todos podemos ter, quando são recorrentes então ou é falta de atenção ou pura preguiça.

ernie
ernie
Reply to  V8_scars
7 anos atrás

Pois o problema. é que os erros no AS são recorrentes, sejam de ortografia, de sintaxe, seja a redacção dos textos que falam do passado como se ainda estivesse para acontecer, como é o caso deste artigo e também do que nos fala do conceito CGD Wing, para não falar noutros casos, como quando foi o Rali Serras de Fafe, em que várias vezes foi publicada uma foto do Ricardo Moura… de 2016 e nunca foi rectificado, nem depois das minhas várias chamadas de atenção para o número que o carro ostentava nessas fotos, que era o 2 em vez… Ler mais »

noteam
noteam
7 anos atrás

Faz uma enorme falta, não só pelo talento inegável que tinha mas também pela postura que apresentava dentro e fora da pista. A sua temporada com a BMW em 2008 foi a melhor performance que vi um piloto ter ao longo de uma época, talvez a par com a do Alonso em 2012, muito acima do potencial do carro. Brilhou em 2010 com 3 pódios com um carro de meio de tabela, sendo que dois deles foram conquistados no Mónaco e em Spa. Talento para ser campeão mundial não lhe faltava, para mim fará sempre parte dos melhores.

ernie
ernie
Reply to  noteam
7 anos atrás

Sem dúvida uma grande perda para a F1 cuja história teria sido diferente se ele tivesse tido tempo para guiar um carro à sua altura. Talento, Desportivismo, Combatividade, Motivação e Pragmatismo todos com maiúsculas reunidos no mesmo piloto, é raro, muito raro. Um piloto capaz de “liderar” e motivar uma equipa completa. Sem dúvida um dos pilotos mais carismáticos que passou pela F1 e um grande campeão sem título, que por comparação directa mostra a pequenez de alguns como Nico Rosberg por exemplo.

noteam
noteam
Reply to  ernie
7 anos atrás

Totalmente de acordo.

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