F1: Williams não usa nova suspensão da Mercedes por opção

James Vowles confirmou que a Williams optou por não utilizar a especificação da suspensão traseira da Mercedes para a época de Fórmula 1 que se vizinha. O responsável justificou essa decisão como uma opção técnica e não pela limitada capacidade de fornecimento do fornecedor Mercedes, como tinha sido sugerido por alguns relatos na imprensa internacional.
O Auto Motor und Sport tinha sugerido que a Williams não correu com a suspensão da Mercedes, porque Brackley só conseguia fornecer os componentes da suspensão push rod a uma das suas equipas clientes, nesse caso a Aston Martin. No entanto, Vowles negou que tenha sido por essa razão.
“Tive de ponderar o tempo por volta que ganhamos com a nova suspensão em comparação com a decisão rápida de manter a antiga e poder começar a desenvolver o carro quatro meses antes”, salientou o chefe de equipa da Williams.
James Vowles já tinha admitido que o trabalho de conceção do FW46 acabou por atrasar a sua primeira saída para a pista e por isso a estrutura de Grove não realizou o shakedown logo a seguir à apresentação do monolugar. O responsável explicou que a sua equipa deu prioridade em testar as soluções inovadoras do FW46 em simulador do que levar o carro para a pista. Por isso, o carro revelado nos testes do Barém foi muito diferente do apresentado com a decoração e com uma aproximação ao Red Bull.
“Não copiamos o carro, apenas os seus princípios”, argumentou Vowles sobre esta questão. Sobre a mudança de conceito da equipa de Milton Keynes, o chefe de equipa da Williams acrescentou que “a Red Bull já tinha feito o que todos os outros ainda estão à procura. Puderam analisar o novo projeto durante todo o ano passado e dispõem de ferramentas de simulação tão boas que podem realmente confiar nelas”.
Foto: MPSA/Phillippe Nanchino