F1: Verstappen e Sainz: muitas dúvidas com o ‘fine tuning’ das regras de 2026

Há cerca de um ano, Max Verstappen elencou as suas preocupações quanto aos regulamentos de 2026 que não lhe pareceram muito bons com base no que sentiu no simulador. Agora, quase um ano depois, o neerlandês reforça a sua posição: “acho que vamos ter de lidar com alguns compromissos em algumas pistas, onde se gasta muita energia por volta. E, claro, com o potencial, como a aerodinâmica ativa e outras coisas. Não tenho a certeza se devemos ir nessa direção. É o que está a parecer neste momento. Esperemos que consigamos otimizar todo este tipo de coisas. Para mim, é mais importante tentar lutar contra o peso dos carros, tentar otimizá-lo, em vez de todas estas ferramentas e truques para tentar ajudar a ultrapassar ou a seguir. Deve haver diferentes formas de o fazer.

Penso que, também, com a regulamentação dos motores que foi adotada, é necessário fazer isso para criar a velocidade máxima e, basicamente, saber onde é que a bateria deixa de ser utilizada e assim por diante. E, sim, algumas pistas funcionam um pouco melhor, outras, provavelmente, estão um pouco mais no limite”, disse Verstappen.

Já Carlos Sainz também acha que se pode estar a preparar uma enorme confusão de sistemas para compensar… outros sistemas: “No fim de contas, se for pedida muito mais energia ao grupo motopropulsor elétrico, será necessário ter, de certa forma, uma aerodinâmica ativa para compensar.

E é aí que tudo começa a ficar confuso, com as ultrapassagens e a aerodinâmica ativa e a forma como se pode fazer isso para ajudar o carro a ser mais rápido na reta e a passar menos tempo a todo o gás.

De qualquer forma, enquanto não as experimentarmos, penso que é injusto criticar ou apoiar a alteração do regulamento. Ao mesmo tempo, se atraiu fabricantes, grandes fabricantes como a Audi, para o desporto, penso que é algo que tem de ser apreciado e colocado em contexto.

A minha opinião pessoal é que, atualmente, estes carros são provavelmente demasiado grandes e pesados. Se eu tivesse de mudar alguma coisa para amanhã, seria isso.

E depois a suspensão, penso que as suspensões estão a tornar-se um grande ponto de discussão em muitas pistas e a forma como as colocamos em algumas curvas e como isso pode ser desgastante para o piloto. Por isso, se eu tivesse de pedir algo à FIA para 2026, se vamos ter aerodinâmica ativa, por que não uma suspensão ativa para proteger as costas dos pilotos e para proteger a nossa própria saúde e a segurança de certas pistas, porque é evidente que, neste momento, estamos a pedir demasiadas coisas às pistas e aos circuitos, às organizações, para alterar muitos pequenos solavancos que antes nem sequer sentíamos com o carro de 21, e agora podemos rodar ou ter um acidente bastante grande devido a essas situações. Por isso, se eu tivesse de pedir ou acrescentar alguma coisa para 2026, seria algo que nos protegesse um pouco nessa frente”.