F1: Suspensão da Mercedes pode ser ilegal para 2017
A Mercedes e a Red Bull poderão ser as principais prejudicadas pela carta enviada pela Ferrari à FIA em relação à interpretação regulamentar relativamente ao uso da suspensão como apêndices aerodinâmicos móveis. Simone Resta explicou a Charlie Whiting como funciona o sistema que supostamente está a desenvolver para o Ferrari 668, o que levou o diretor de corrida da F1 a interpretá-lo como ilegal à luz do regulamento.
Este sistema, que na prática funcionaria não só como um controlo de estabilidade, mas também alterava a altura ao solo de modo a beneficiar certos ângulos da carroçaria para aumentar e diinuir a exposição dos apêndices aerodinâmicos ao ar, seria bastante parecido com aqueles que a Mercedes e a Red Bull já usaram na época passada, mas até agora não foi colocada em causa a legalidade do sistema. No entanto, com este pronunciamento de Charlie Whiting, as duas equipas que estão no topo da tabela poderão ter que modificar os seus projetos.
Fica no ar a questão se Simone Resta queria realmente desenvolver uma suspensão semelhante para a Ferrari, ou se é simplesmente uma jogada política por parte da equipa italiana para acabar com uma vantagem da concorrência.
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Pity
4 Janeiro, 2017 at 13:12
Parece que é a segunda hipótese. Pelo menos é assim que tem funcionado noutros anos. Desde os amortecedores de massa da Renault, que só passaram a ser ilegais, depois da concorrência se queixar. Felizmente, este caso surge em tempo útil, não a meio da época.
João Pereira
4 Janeiro, 2017 at 15:36
Continuo a ser a favor de mais liberalização e não de inibição.
Jabba
5 Janeiro, 2017 at 10:53
Concordo 100%! Os regulamentos existem, e a sua interpretação pelos engenheiros sempre foi o que fez a diferença, por inventarem algo que não está regulamentado. Se o Colin Chapman vivesse nesta F1 era considerado um bandido! Onde é que já se viu inventar chassis monocoque? E motor montado atrás em vez de à frente? O tipo era um doido! Um bandido! Não sei como permitiram que as suas ideias fossem avante!
O verdadeiro conceito da F1 morreu! Construir o carro o mais veloz possível! PONTO FINAL!!!
João Pereira
5 Janeiro, 2017 at 21:21
Não sou assim tão extremista, mas sou grande fan de Colin Chapman.
O que eu gostava de ver era carros com conceitos diferentes diferentes tanto em termos de chassis, aerodinâmica e mecânica, ou que pelo menos houvesse liberdade para inventar coisas que nos dêem carros diferentes, nem que sejam charutos como Chapman fez alguns como o 56, ou conceitos que não conseguiu desenvolver por uma ou outra razão como o 88, ou então explorar soluções diferentes em termos de motores, nem que fosse só no número de cilindros e lay out.
Como no WEC, em que até este ano tivemos 3 carros com conceitos diferentes em termos de motor, e até tivemos uma aberração como foi o Nissan GTR.
Hoje em dia, a F1 é um conceito rígido, o WRC é um conceito rígido, o WTCC é um conceito rígido. Eu não tenho a certeza de que é isso que nós os petrolheads queremos, aliás eu não é disso que gosto, e julgo que andam por aí mais uns quantos.
Jabba
6 Janeiro, 2017 at 10:43
Também acho que não se podem levar as coisas ao extremo, nem podemos ficar amarrados ao passado, mas quando este nos diz que estamos no caminho errado devemos parar para refletir. Concordo que não é fácil encontrar um equilíbrio, e acaba por ser inevitável tanta regulamentação, devido à quantidade de sistemas que foram criados, mas estamos a “congelar” completamente o verdadeiro conceito.
Se os americanos que não percebem nada de automóveis (teoricamente para alguns) conseguem fazer corridas espetaculares e atractivas, temos a obrigação de conseguir fazer com que um Grande Prémio seja isso mesmo. Nem que para isso se tenha de aumentar o número de voltas, ou o tipo de circuitos. Por exemplo, temos o Nordschleife a morrer, quando para mim este é “O CIRCUITO”!?!
Apesar dito tudo, e da quase inevitável hegemonia de uma marca (basta ver o hitorial – a diferença é que antes os carros avariavam, o que acrescentava incerteza quanto ao vencedor), a F1 nunca foi tão competitiva. Acho que a diferença entre as equipas acaba por ser muito pouca, só falta mesmo conseguir retirar os “artefactos” e deixar os pilotos fazerem a diferença.
João Pereira
6 Janeiro, 2017 at 14:15
O Nordschleife está fora de questão com carros capazes de ultrapassar os 360 km/h. Acidentes e incidentes tudo bem, mas creio que ninguém quer voltar a ter 2 ou 3 pilotos mortos ou estropiados por ano como acontecia nos anos 60, 70 e 80. Essa pista tinha que sofrer obras incomportáveis em termos de repavimentação e escapatórias, para além de que o custo em termos de segurança activa durante um GP triplicavam, isto num país que deixou agora “cair” a sua corrida por uma questão de orçamento. Creio que arrumámos essa questão.
Quanto ás corridas americanas, parece-me que o meu caro entra aqui um pouco em contradição, porque os regulamentos americanos são completamente castradores em termos de inovação, se não veja lá a Indycar:
– Travões de carbono? Não! Em aço obrigatóriamente.
– Chassis único Dallara DW12 (DW12 para Dan Weldon 2012), que não evolui desde 2012, nem são permitidas alterações de qualquer tipo com excepção de acertos e dos míseros kits aerodinâmicos Honda e Chevrolet, que são ainda mais limitados que na F1.
– Bandeiras amarelas sempre que é preciso “reagrupar as tropas” para garantir o espectáculo até à última volta.
Ou então a NASCAR:
– Tudo em ferro incluindo as jantes.
– Chassis tubular único.
– Carroçaria única apenas com ligeiras alterações na frente para aproximar a estética à identidade do construtor.
– Motor baseado num bloco único, inalterado há décadas, e já nessa altura obsoleto, que nem tem direito a árvore de cames à cabeça.
– E lá voltamos às bandeiras amarelas sempre que é preciso “reagrupar as tropas” para garantir o espectáculo até à última volta.
Não há lugar a qualquer inovação tecnológica, que é exactamente o que os regulamentos actuais da F1 já limitam muito e Eclestone ainda quer limitar mais, é isso que vai contra o que é conceito da F1, em que o tal “bandido” Anthony Colin Bruce Chapman era genial, mas não o único, porque não podemos esquecer Gordon Murray, ou Derek Garner e o fabuloso P-34 ou mesmo actualmente o muito entediado Adrian Newey.
Eu não quero o modelo das corridas americanas. Quero inovação, carros diferentes uns dos outros como até há 20 anos atrás, mas com a evolução natural até aos nossos dias.
Deixem um jovem (ou velho) engenheiro de uma equipa do meio da tabela ter uma ideia genial e surpreender os da frente com um carro esquisito, mas que de repente e sem ninguém esperar, até anda na frente.
Cumps.
NOTEAM
4 Janeiro, 2017 at 16:12
Isto faz parte do jogo da F1, todas as equipas estão neste momento desesperadamente a tentar encontrar aquela solução que lhes valerá menos um 1s ao fim de cada volta. Cabe á FIA não deixar espaço para dúvidas, principalmente junto dos fãs, é essencial para todos perceber o que é ou não legal antes do tiro de partida, porque não há nada pior que mudar as regras a meio do jogo. Até lá isto faz parte, as equipa vão puxar até ao limite em todos os sentidos e um pouco de bluff também é sempre bem vindo, o importante é que no inicio da época tudo seja claro e nenhuma equipa esteja acima da lei.
Iceman07
4 Janeiro, 2017 at 16:57
A Ferrari sabe mais a dormir que a Mercedes e Red Bull acordadas.
Frenando_Afondo™
4 Janeiro, 2017 at 17:57
Claro que são, é a única maneira da FIA conseguir equilibrar as coisas – sempre de maneira artificial e negativa – proibir, banir, recusar, ilegalizar e outros etcs…
Só que ainda não perceberam que ao fazer isto estão em realidade a prejudicar mais equipas, que provavelmente estariam a explorar sistemas semelhantes e agora que vêm as pernas cortadas têm de redesenhar tudo outra vez e assim ficar mais para trás (falo de equipas como a Williams, Force India e etcs, equipas com pouco orçamento que depois não têm muito mais dinheiro para o Plano B).
Porque equipas como a Mercedes, Red Bull e Ferrari têm orçamento aos montes para desenvolver outros sistemas.
A ferrari acho engraçado é só ter falado nisto agora, é porque claramente têm um sistema alternativo já desenvolvido, senão estariam bem caladinhos tal como todas as outras.