F1, Sebastian Vettel: “Quem anda na frente não sabe o que é o esforço de uma equipa no meio do pelotão”

Por a 18 Novembro 2022 12:07

Depois de uma longa carreira na F1, que se deve ficar pelos 299 Grandes Prémios de, Sebastian Vettel disputa este fim de semana o que pode ser a última corrida na F1. Pode, porque tal como se tem visto nos últimos anos as ‘despedidas’ são mais uma “até já” para muitos…

“Como me sinto? Não sei. Talvez devesse perguntar ao Fernando (Alonso), ele já passou por isso! Ele vai passar por isso novamente, acho eu, a dada altura. Mas sinto-me bem. Quero dizer, acho que depois de tantos anos e corridas, penso que é difícil de compreender, mas estou ciente do que está a acontecer e estou feliz com isso…”, começou por dizer Vettel, que não sabe muito bem que emoções vai ter quando cortar a meta no domingo: “Vou ver. Acho que a dada altura vai ser um pouco diferente. Já hoje me sinto um pouco diferente, embora, como já disse, muito disto seja rotina.

Mas sim, quanto e como vai ser ainda não sei. Acho que têm de me perguntar novamente. Se me apanharem…”, disse o alemão que não quis destacar uma recordação da sua carreira na Fórmula 1:

“Não creio que seja justo escolher uma. Acho que tive a sorte de ter havido tantos momentos por onde escolher. Sim, impossível recordar tudo ao fim de tantos anos. Acho que os primeiros, de certa forma, se destacam sempre.

Mas sim, penso que cada ano teve os seus momentos altos. E também aprecio os últimos dois anos, ainda que do ponto de vista desportivo não tenham sido um ponto alto. Mas aprendi muito. Penso que progredi, cresci e diverti-me com a equipa. Não conseguimos a recompensa na pista, mas mesmo assim, não creio que seja justo escolher apenas uma corrida ou um momento…” falando depois da sua ‘vida’ na Aston Martin: “olhando para trás, obviamente 2020 não foi um bom ano para mim. E depois foi a primeira vez que estive realmente no ponto de: será que quero guiar? Devo parar? E eu senti que queria guiar e fiquei muito grato pela oportunidade que me foi dada, obviamente, as esperanças eram grandes, porque a equipa estava a ter um desempenho tão bom em 2020. E o objetivo era continuar a fazer isso. Veio de outra forma, mas penso que esses anos foram muito importantes para mim: um para a condução, mas também, talvez, ter a possibilidade de crescer ainda mais fora da pista. E algumas das coisas a que me referi e que considero muito, muito importantes para todos nós, tendo tido a liberdade e o espaço para o fazer.

Mas também do ponto de vista desportivo, temos estado a correr muito uns com os outros nos últimos dois anos. Acho que não tive muitas corridas em que comecei dentro do top 10 e fiquem a saber que são corridas diferentes, muito mais ocupadas, muito mais agitadas, muito mais coisas acontecem. É muito limpo quando se parte das cinco primeiras posições e não é preciso preocupar-se com isso. Enquanto que, se começarmos mais atrás, tudo é sempre possível.

Quando se está sempre na frente não se sabe o que é o esforço de uma equipa no meio do pelotão. As equipas esforçam-se muito e talvez ainda mais, e não se recebe qualquer recompensa.

Equipas mas também pilotos, penso que o compromisso é tão alto como na frente, mas todos vocês se preocupam com a frente, que é o nome do jogo e do desporto e é assim que é e como deve ser. Portanto, sim, penso que muitos aspetos diferentes ensinaram-me lições diferentes sobre o nosso desporto, as minhas corridas, e também sobre a vida”, disse.

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