F1, Ross Brawn: “Há uma pressão crescente muito bem-vinda para que haja cada vez mais corridas”

Por a 1 Dezembro 2021 15:23

Já se realizaram 20 corridas este ano, faltando ainda duas corridas para terminar a temporada e para 2022 estão agendadas 23 corridas, que pelos sinais que a Liberty Media e a Fórmula 1 dão, são o máximo de provas que contam organizar por ano. Pilotos e equipas já avisaram que são muitas, mas o regulamento prevê poderem ser organizadas 25 corridas por ano, logo ainda há espaço, não significando que sejam adicionadas mais duas provas ao calendário. 

Ross Brawn, no webinar RACER/Epartrade Online Race Industry Week, disse que existe uma pressão cada vez maior para organizarem mais provas e que os fãs não estão saturados com o maior calendário alguma vez planeado. 

“Somos muito afortunados por termos tido muito interesse dos promotores e países em receber um Grande Prémio. Temos algumas grandes corridas à porta: Arábia Saudita este ano, tivemos uma corrida no Qatar, eles estão a olhar para o que fazem com o circuito para o futuro, no próximo ano temos Miami, claro. Há uma pressão crescente muito bem-vinda para que haja cada vez mais corridas, mas há um limite para o que podemos alcançar, para o que podemos fazer com as equipas. O que descobrimos é que não há qualquer saturação por parte dos adeptos. Do grosso dos adeptos não estamos a receber nenhuma mensagem de que estamos a ter demasiadas corridas, apenas querem mais, por isso estamos a tentar encontrar esse equilíbrio”, disse o britânico. 

Ainda hoje demos conta de que Stefano Domenicali lamentava que não houvesse interesse na Alemanha em receber provas da Fórmula 1, mas ainda no Qatar tinha afirmado que depois do anúncio da contratação do piloto Guanyu Zhou pela Alfa Romeo, outra cidade chinesa mostrou interesse em organizar um GP. “Posso dizer-vos que já recebemos interesse de outra cidade em ter um grande prémio na China”, disse Stefano Domenicali à The Race no Qatar. “No próximo ano não estaremos lá – não por nossa causa, mas por causa da pandemia. Foi por isso que prorrogamos o contrato este ano por mais três anos, para nos certificarmos de que existe este entendimento para lá estarmos. E tenho a certeza que o efeito de Zhou estar no mundo da F1, o primeiro piloto chinês na Fórmula 1, terá um enorme impacto”.

Podemos assistir a um próximo calendário preenchido com 25 corridas por ano? As equipas terão condições para colocar o seu melhor desempenho durante tantas corridas por ano?

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Pity
Pity
2 anos atrás

Vindo de duas pessoas que já lideraram equipas, uma das quais a ser, mesmo, dona de uma, estranho que só pensem nos adeptos e nos pretendentes a promotores, esquecendo todos aqueles que trabalham para que existam corridas. E não, não me refiro aos pilotos.

Cataplana da Casa Velha
Cataplana da Casa Velha
Reply to  Pity
2 anos atrás

Pergunta honesta. O que é que tu sabes da Malta que trabalha na F1? Já lá estiveste? Se sim, mais do que uma época?

Pity
Pity
Reply to  Cataplana da Casa Velha
2 anos atrás

Você caiu aqui de paraquedas? Só pode. Não é preciso estar dentro da F1 para saber que o pessoal que lá trabalha, não tem um horário das 9 às 17, de segunda a sexta, basta usar o cérebro.

Cataplana da Casa Velha
Cataplana da Casa Velha
Reply to  Pity
2 anos atrás

Cai de paraquedas…. Lol Já percebi que a resposta é não. E pela resposta cheira me que não conheces ninguém que lá trabalha a tempo inteiro nas equipas (não nas fábricas) mas posso estar enganado. Tens razão, basta usar o cérebro para perceber que a fórmula 1 não é feita de malta a trabalhar das 9 às 5. Não é para todos os gostos e eu respeito isso. Mas em vez de ser arrogante ou cínico, fiz uma pergunta honesta e se for possível ter uma conversa contigo, poderia mostrar te um lado interno da F1 que os media não… Ler mais »

Pitão
Pitão
Reply to  Cataplana da Casa Velha
2 anos atrás

Exato, esse trabalho, como outros, que nos apaixonam e nos exigem dedicação total, não é para ser encarado como um 9-17h, é mais tipo sacerdócio, e no qual queremos passar o maior tempo possível. Mais tarde, quando a dedicação á família falar mais alto, ai sim, vamos querer mudar, mas tem que ser mesmo assim, tudo tem um fim, e mesmo o pessoal técnico na F1 não fica até a idade da reforma, pelo menos a maioria, há sempre aqueles que dedicam a sua vida toda, mas lá está, é porque existe paixão…

Pity
Pity
Reply to  Cataplana da Casa Velha
2 anos atrás

Pela conversa, deduzo que você (e não tu, visto não nos conhecermos de lado nenhum) seja funcionário de uma qualquer equipa de F1, e que respira F1. tudo bem, acredito que muitos pensem assim, mas então, porque é que, segundo várias fontes, está a começar a haver uma certa debandada, especialmente em equipas pequenas, porque não aguentam tanta carga de trabalho? Mesmo pilotos têm alertado para isso, em especial no que toca a jornadas triplas? O ser humano não é uma máquina (mesmo essas estouram), pode aguentar o excesso de trabalho durante algum tempo, mas depois vem o esgotamento, por… Ler mais »

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
2 anos atrás

Ainda mais? Qualquer dia temos um campeonato de F1 ininterrupto?

Pitão
Pitão
2 anos atrás

Podem optar, por exemplo, por fazer rondas duplas em circuitos que permitam diferentes configurações, ou tentar meter essas rondas duplas e triplas em países próximos, sempre facilita a logística.

Pity
Pity
Reply to  Pitão
2 anos atrás

Penso que o Brawn, ao falar em mais corridas, não está a pensar em jornadas duplas na mesma pista, mas sim em circuitos / países diferentes.
E sim, o mal menor, seria mesmo as jornadas duplas serem em países vizinhos, preferencialmente evitando as jornadas triplas.

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