F1: Presidente da FIA contra os motores V12
Jean Todt veio a público afirmar que a próxima geração de motores de F1 deve manter-se aceitável para a sociedade em geral, pelo que os atuais V6 turbo híbridos são os mais indicados para a disciplina. Foram introduzidos para garantir mais eficiência e cativar mais construtores a participarem, e num certo sentido têm tido grande sucesso, com as atuais unidades de potência a atingirem cerca de 50 por cento de eficiência térmica comparados com os 30 por cento conseguidos com os antigos V8.
Contudo, entre os construtores que não estavam envolvidos na F1 apenas a Honda optou por regressa, e debate-se para conseguir acompanhar o desenvolvimento feito por Mercedes, Ferrari e Renault. Além disso os fãs reagiram negativamente ao som dos motores V6 quando comparado com o barulho estridente dos V8 da anterior geração. Em 2020 expira o atual acordo e alguns acionistas da F1 já pediram motores mais ruidosos que proporcionem mais entretenimento na disciplina.
Mas questionado sobre um possível regresso de motores V10 ou V12 o presidente da FIA rejeitou liminarmente a ideia. “Não será aceite pela sociedade Temos a responsabilidade de dirigir uma organização que é monitorizada pela sociedade em geral. E ela não aceitará isso. Aliás, tenho a certeza que se dissermos; vamos lá voltar aos motores de há 10 anos muitos construtores não vão apoiar a ideia. Estou convencido que o mínimo de três em quatro deixariam a F1”, considera Jean Todt.
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E por que não dar liberdade aos construtores para fabricar os motores que entendam ser os mais competitivos? O próprio desenvolvimento da modalidade encarregar-se-ia de seleccionar os motores mais aptos, tal como os turbos levaram a melhor sobre os atmosféricos a partir de 1983 e os V10 provaram ser mais eficientes que os V8 e V12 no início dos anos 90. O que não engulo é essa de a sociedade não aceitar os motores V10 ou V12. A sociedade sabe que os Fórmula 1 não são carros de produção corrente e que a modalidade é o pináculo do desporto motorizado,… Ler mais »
Concordo consigo. Nos anos 70 e 80, os motores podiam ter a arquitectura que se quisesse, limitada a 12 cilindros 3.0 atmosféricos e 8 cilindros 1.5 sobrealimentados. Não percebo porque não se pode voltar a esse regulamento, mesmo mantendo a componente híbrida que me parece inevitável hoje em dia, no fundo é a formula aplicada nos LMP1 HY, e tem dado bom resultado. Quanto à sociedade que não aceita, não creio que seja a sociedade de todos nós, mas sim alguma sociedade em que o “Petit Napoleon Todt” deve ser sócio. Quanto à Fe concordo, no caso da Roborace, não… Ler mais »
Se fosse assim, iam todos optar por V6 Turbo na mesma. Foi o que se viu nos anos 80 até 1988 que só a Tyrrell tinha motores atmosféricos, resultado? Eram os mais lentos.
Está enganado caro iceman. BMW turbo 4 em linha, Hart turbo 4 em linha, Zackspeed turbo 4 em linha, Alfa V8 turbo e depois 4 em linha. A própria Ferrari tinha um turbo 4 em linha no banco para substituir o V6 a 120º, quando foi anunciado que as regras iam mudar para penalizar os turbo, e beneficiar os atmosféricos, com estes últimos a subirem de 3.0 para 3.5, pelo que esse motor 4 em linha foi um nado morto. Foi só por falta de $ e também pelo anúncio dessas regras, que Heini Mader nunca avançou com o seu… Ler mais »
Os motores atuais produzem tanto ou mais potência e consomem muito menos do que os V10 e V12 pelo que, dada a liberdade de escolha, as equipas vão optar por manter mais ou menos a mesma configuração que as regras mandam hoje.
Nada mais certo e aceitável, mas e a emoção inigualável de ouvir aquele som de trovão que era a imagem de marca da F1? Será que não deveriamos dar maior liberdade aos fabricantes de motores?
Cumps.
Penso que se a preocupação fosse a sociedade em geral voltavam aos motores atmosféricos ou desenvolviam os atuais de forma a serem mais ruidosos, como os aficionados dos desportos motorizados se habituaram. A certa altura levei um amigo a ver uma corrida de ralicross, o homem estava ansioso de ir para casa porque o barulho o incomodava, então eu disse-lhe, se não gostas do barulho nunca vais gostar de corridas, hoje vejo que não me enganei. Corridas sem ruido dos motores é como bebé sem chupeta.
Essa de que a sociedade não quer é brutal. Qual sociedade? Todt & Cia.? O que a “sociedade” quer é ver grandes corridas, muitas ultrapassagens e luta até ao final entre pilotos e equipas diferentes. Contudo, tenho as minhas dúvidas de que tal aconteça este ano, ainda que as procissões possam melhorar um bocado face a 2016
A sociedade da industria do automóvel, claro. A sociedade dos adeptos para eles não conta para nada.
O problema é mesmo esse: Os construtores querem sempre evoluir. E qual é a modinha da actualidade? Os carros a pilhas, ligados à ficha.
Quando a Formula E andar com tempos semelhantes à F1, não duvido que vão acabar com a Formula E e introduzir tudo na Formula 1.