F1: Por que Max Verstappen nunca venceu em Singapura?
Max Verstappen já conquistou vitórias em quase todos os circuitos do calendário de Fórmula 1, mas existe uma exceção de peso: as ruas de Singapura. Apesar do seu domínio noutros circuitos, o neerlandês nunca conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio no desafiante traçado citadino de Marina Bay, devido a múltiplos fatores técnicos que têm frustrado a Red Bull e o próprio piloto ao longo dos anos.
Mark Hughes e o F1.com elaboraram um interessante trabalho que detalha as razões pelas quais Max Verstappen nunca venceu em Singapura. Será desta?
2016: Problemas de embraiagem e um arranque desastroso
No seu primeiro ano em Singapura ao serviço da Red Bull, Verstappen qualificou-se em quarto lugar, mas sofreu um problema de embraiagem logo na partida, que o atirou para o fundo do pelotão. Apesar de o sistema ter sido revisto antes da corrida, voltou a falhar no momento decisivo, obrigando Verstappen a recuperar do último para o sexto posto final.
2017: Acidente na largada e limitações técnicas
Em 2017, o maior obstáculo foi um acidente logo após o arranque, provocado por Sebastian Vettel, que colidiu com Verstappen e Kimi Räikkönen. Ainda assim, Verstappen já tinha sentido as limitações do motor Renault, incapaz de igualar o “party mode” dos rivais em qualificação, devido ao sobreaquecimento das válvulas de escape quando forçadas ao limite. O déficit de potência ficou evidente sobretudo no primeiro setor da volta.
2018: Um dos melhores desempenhos, mas falhas eletrónicas
No ano seguinte, Verstappen descreveu a qualificação como a melhor volta da sua carreira, embora tenha ficado em segundo, atrás de Hamilton. Desta vez, o motor Renault sofreu de cortes intermitentes de binário a plena carga, obrigando a gestões manuais do regime do motor para evitar perda de potência. Conseguiu terminar a corrida em segundo lugar, apesar das dificuldades.
2019: Set-up condicionado e dificuldades com os ressaltos
Em 2019, o neerlandês completou o pódio em terceiro lugar, atrás dos Ferrari de Vettel e Leclerc. O principal problema foi a escolha de uma configuração de carga aerodinâmica e suspensão baseada em informações incorretas sobre o piso, levando o Red Bull a saltar demasiado sobre os ressaltos e a ser menos competitivo. Com menor carga aerodinâmica que o ideal, a capacidade de absorção dos ressaltos ficou comprometida.
2022: O erro estratégico no momento da qualificação
A temporada de 2022 era apontada como a grande oportunidade, mas uma decisão estratégica da equipa na qualificação travou as aspirações de Verstappen. O piloto teve de abortar a volta mais rápida devido à falta de combustível suficiente para o controlo da FIA, acabando por qualificar-se em oitavo. Na corrida, terminou apenas em sétimo, enquanto Sergio Pérez vencia para a Red Bull.
2023: Limites do carro no piso irregular
O Red Bull de 2023 foi o único a conseguir operar com alturas traseiras muito baixas sem problemas de saltitar, mas em Singapura o principal limitador foi o desgaste excessivo do fundo plano. Para evitar penalizações, a marca foi obrigada a subir a suspensão, o que prejudicou o desempenho global. Verstappen qualificou-se apenas em 11.º e terminou a corrida em quinto, num dos poucos GPs sem domínio Red Bull nessa época.
2024: Set-up à procura de equilíbrio e o regresso ao pódio
No ano mais recente, Verstappen conseguiu terminar em segundo, atrás de Lando Norris. Inicialmente, a Red Bull tentou uma configuração demasiado suave, receando problemas como no ano anterior. Contudo, o novo asfalto permitiu endurecer o set-up para a qualificação, proporcionando a Verstappen um regresso ao pódio, ainda que sem ameaçar a vitória da McLaren.
Conclusão: O ‘calcanhar de Aquiles’ de um campeão
O traçado de Singapura tem sido, ano após ano, um autêntico quebra-cabeças técnico para Verstappen e a Red Bull, alternando entre problemas de embraiagem, motor, suspensão, set-up e decisões estratégicas. Se a vitória vai chegar em breve ou não, só o tempo o dirá. Até pode ser este fim de semana mas é melhor esperar para ver…
FOTO Phillippe Nanchino/MPSA
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Canam
2 Outubro, 2025 at 11:37
Se quiser ser campeão do mundo o Vestappen terá de continuar a ganhar pontos principalmente ao Piastri que está na frente Ou seja classificar-se à frente dele.É uma tarefa dificil, até porque cada vez vão faltando menos provas, e a vantagem do australiano é grande e o carro de que dispõe é muito bom. A pressão acaba por estar mais do lado do Max porque sabe que qualquer perda de pontos nesta fase final do campeonato é fatal definitivamente.
Rúben Azevedo
2 Outubro, 2025 at 14:45
Vai ser desta vez!