F1: Pilotos preocupados com possível retirada de mantas de aquecimento dos pneus
A Fórmula 1 trabalha para ser cada vez mais sustentável e uma das medidas que está a ser proposta é a retirada por completo das mantas de aquecimento dos pneus. As equipas pequenas são a favor da medida, mas as equipas maiores estão a atrasar a transição. As equipas estão a gastar cerca de 280.000 euros com os cobertores elétricos, um valor considerável em termos de orçamento.
A F1 quer retirar gradualmente as mantas, com a diminuição do número de mantas por equipa e a diminuição das temperaturas permitidas. Atualmente, o número de mantas por equipa baixou para 20. Além disso, os pneus de chuva e os intermédios já não podem ser aquecidos. No próximo ano, os pneus já não podem ser aquecidos a 70 graus e em 2023 serão apenas 50 graus. A partir de 2024, já não é permitido aquecer pneus. No entanto, a Pirelli tem como missão criar pneus com uma janela operacional muito maior que os pneus atuais, o que pode tornar inútil as mantas a curto prazo.
A Pirelli testou os protótipos de pneu para 2023 com as equipas a usarem apenas os 50 graus, o que foi considerado o maior problema do teste em Austin.
Max Verstappen é um dos críticos da ideia de retirar por completo as mantas de aquecimento.
“Não foi divertido”, disse o bicampeão do mundo de F1, revelando que “quase fiz um pião no pitlane”. O piloto da Red Bull avisou ainda que “haverá muitos acidentes”, explicando que haverá muitas saídas de pista com os pneus frios nas primeiras voltas. Verstappen não aceita o argumento de que outras séries já deram este passo de prescindir de mantas elétricas para aquecimento dos pneus. Têm muito menos potência”, afirmou o piloto, acrescentando que os carros também não são tão pesados.
Também Lando Norris tem a mesma opinião sobre as mantas de aquecimento. O britânico revelou que em Austin, o teste teve “as melhores condições possíveis” em termos de temperaturas de pista e ambiente, e mesmo assim “os pneus não foram tão bons”, tendo sido “completamente imprevisíveis”. “Agora imaginem isso numa pista muito mais fria”, afirmou o piloto da McLaren, que esclarece que não se trata apenas dos pilotos não gostarem de sair para a pista com pneus frios, mas que é uma questão de segurança.
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Retirar as mantas é mais um daqueles truques parvos para aumentar o espectáculo, criando diferenças artificias de andamento durante um determinado período, que podem ser excessivas e perigosas. As mantas custam muito pouco, não são elas que fazem a diferença no orçamento de uma equipa de F1, não há razão nenhuma orçamental para retirá-las. Curiosamente, as mantas surgiram por sugestão de um piloto, Nelson Piquet, quando no início dos anos 80 a Brabham começou a experimentar mudar os pneus a meio da corrida e com isso ganhar vantagem que compensava os tempos de paragem na box. Um dos problemas era… Ler mais »
Acabar com as mudanças de pneus seria voltar a 2005, com as consequências que se viram em Indianapolis.
As mantas foram ideia de um tal Mike Drury e foram introduzidas na F1 em 1985. A ideia surgiu-lhe durante o European Grand Prix em Brands Hatch nesse ano. Reza a história tambem (não sei se é lenda) que se tentou vender a ideia á Ferrari mas esta não aceitou.
As mantas no seu formato próximo do actual, que eu saiba, foram introduzidas pela Lotus, em 1984. No entanto, maneiras artezanais de aquecer os pneus, continuam a ser atribuídas ao Piquet.
Mais uma MERD@ da fia, simplesmente isso. Obriguem os circuitos a instalarem panéis elétricos em todo os autódromos.