F1: O porquê dos negócios com Bottas e Ocon
Começou a época alta das transferências
da Fórmula 1, e Spa esteve cheio de rumores, e, mais importante que isso, de
certezas. Valtteri Bottas e Esteban Ocon, ambos da Mercedes, tiveram o seu
destino confirmado para 2020, mas vamos rever o impacto que estas decisões
terão na grelha.
Porque é que a Mercedes escolheu Valtteri
Bottas?
Toto Wollf prometeu e cumpriu. O
austríaco já tinha dito que a pausa de verão ia ser utilizada para refletir
sobre quem seria o piloto da equipa em 2020, e a decisão chegou na Bélgica.
Não foi uma decisão fácil, e Bottas chegou a admitir ter mais opções, dando a entender que estava ‘com um pé’ fora da Mercedes, mas a equipa estava muito consciente do piloto que Bottas é. O finlandês melhorou este ano, e venceu duas corridas e fez quatro pole positions. Em relação a Lewis Hamilton deixa um pouco a desejar, mas entenda-se que Lewis Hamilton é pentacampeão de Fórmula 1.
O que isto significa é: a Mercedes sabe o que Bottas vale, e sabe que é um bom parceiro para Hamilton (tal como o britânico já o admitiu), pois permite-lhe vencer corridas, enquanto Bottas amealha pontos preciosos para o campeonato de construtores. Era arriscado apostar em Ocon, pois a sua juventude e irreverência podiam trazer problemas à equipa.
Porque é que a Renault escolheu Esteban
Ocon?
Era de extrema importância para a
Mercedes que a Esteban Ocon não estivesse mais um ano sem competir. O francês
disse à F1.com antes das férias de verão que tinha medo de ser esquecido se não
estivesse nos paddocks em todas as provas.
Assim, antes de assinar com Bottas, a
Mercedes concentrou-se em resolver o futuro de Ocon com a Renault. O interesse
dos franceses era conhecido, devido à nacionalidade do piloto e devido ao conhecimento
que já têm dele (Ocon foi terceiro piloto da Renault).
A Renault queria um contrato de dois
anos, de modo a dar continuidade ao projeto, e queria um piloto consistente.
Hülkenberg tem sido fundamental para a equipa desde 2016, mas esta temporada
não tem conseguido fazer frente a Ricciardo.
O contrato de dois anos assenta bem às
duas equipas: à Mercedes dá espaço para gerir os pilotos da forma que desejar
em 2020, sem Ocon a ‘piscar o olho’ a um lugar, e à Renault dá estabilidade
para o projeto que desejam, com dois pilotos capazes de mostrar resultados.
O que é que vai acontecer a seguir?
No meio de todas estas trocas foi Nico
Hülkenberg o mais afetado pela situação. Neste momento o alemão só tem uma
certeza: se quiser continuar na Fórmula 1 terá de mudar de equipa, e pelos vistos,
soluções é algo que não falta.
O alemão poderia acabar na Racing Point, a sua antiga casa quando representou a Force India. Algo improvável, visto que para isso teriam que dispensar alguém, ou seja, Sergio Pérez, uma vez que Lance Stroll já ‘comprou bilhete’ para 2020.
Outra opção é a Haas, a mais provável, visto que Guenther Steiner já admitiu o interesse no alemão. Na Haas, Hülkenberg encontraria a sua ‘Némesis’, Kevin Magnussen, algo que podia dissuadir o alemão.
A Alfa Romeo poderia ser uma solução de última
instância, uma vez que ‘Hulk’ também já passou pela Sauber, e dados os fracos resultados
de Antonio Giovinazzi, o alemão podia ser visto como a solução ideal.
Por último, a Williams, que parece estar
próxima de dispensar Robert Kubica, e equipa para a qual Nico também já conduziu,
também é uma opção, mas talvez menos agradável do ponto de vista competitivo,
uma vez que a equipa está numa fase de… recuperação.
No fim de contas Red Bull, Haas, Racing Point, Alfa Romeo, Williams e Toro Ross (esta última altamente improvável) ainda têm lugares disponíveis. Onde vai parar Nico Hülkenberg?
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