F1: A melhor notícia? A ‘nova’ Renault…

A primeira semana de testes dos novos Fórmula 1 produziu números interessantes, mas como sempre nesta altura, e ainda mais este ano que há novos regulamentos – e por isso este início de época não é de transição – mas sim um novo começo, podem tirar-se algumas conclusões, mas sempre provisórias pois daqui até Melbourne muita coisa pode mudar. E há muitos exemplos que o confirmam. A Ferrari foi a equipa mais rápida nos testes da pré-época do ano passado, em cinco dos oito dias de testes, mas quando chegámos a Melbourne, a Mercedes tinha vantagem nos tempos por volta face à Ferrari e ainda mais para a Red Bull. Este ano, volta a parecer claro que a Mercedes ainda não colocou a carne toda no assador, pois a diferença a que a Ferrari ficou com dois compostos mais ‘acima’ é curta demais para ser ‘verdadeira’.

A verdade é que há sempre a tendência para olhar demasiado para os tempos e esses podem estar a enganar redondamente pois ninguém sabe com que combustível rodavam os pilotos, o mapa de motor, que a Red Bull alega ainda não ter aberto a guela do novo motor Renault. E esse sim, tem dado sinais que está bem melhor este ano. Se da Red Bull esperamos que esteja melhor do que está a parecer agora, o melhor tempo no cômputo geral foi o de Daniel Ricciardo em quinto a 1.448s de Bottas, o facto de termos dois Renault ‘oficiais’ no top 10 é um excelente sinal, pois tanto o registo de Jolyon Palmer como o de Nico Hulkenberg foram alcançados com pneus macios.

A presença de Marcus Ericsson (Sauber) no top 10 também é um bom indicador, apesar da unidade motriz ser a da Ferrari de 2016, e depois começam as equipas com alguns problemas. A Williams está longe de ter rodado o que devia, devido aos problemas que teve, os Haas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen que ficaram logo a seguir estão bem colocados, face ao que sucedeu o ano passado, e outra anormalidade é a Force India, com Esteban Ocon, em 15º a ser o melhor. Ora esta não é uma posição normal para a Force India, nem há nada no carro que indicie tão pobre produção, mas deixa pelo menos a testa franzida. Por fim, a McLaren e Toro Rosso, que tiveram azares demais e quatro dias muito abaixo do esperado.