F1: Que McLaren-Honda para 2017?

Por a 27 Dezembro 2016 16:50

A McLaren e a Honda estiveram sob uma pressão enorme este ano, já que depois de um ano de 2015 quase humilhante, Fernando Alonso e Jenson Button tiveram que lutar muito para ajudar a dar a volta ao texto. No ano passado, a McLaren-Honda andou quase sempre no final das grelhas de partida, mas este ano a Honda deu passos importantes para se chegar às performances dos outros três construtores. Contudo, é aceite por muitos observadores que a McLaren teria feito ainda melhor caso o motor estivesse ao nível dos concorrentes.

A verdade é que não era fácil fazer pior face à desgraça de 2015, mas a McLaren deu provas em 2016 de se encontrar no rumo indicado para poder regressar aos lugares da frente a breve trecho. Boa progressão, mas ainda longe de lutar por pódios ou triunfos, foi a imagem deixada pelos homens de Woking esta temporada. No ano passado, 9º lugar entre os construtores, com 27 pontos, apenas à frente da Manor, que ficou a zeros. Doze meses depois, subida até ao 6º lugar, com 75 pontos (+48). E tudo num 2016 que, além de marcado por despedidas (Jenson Button está de saída para dar lugar ao jovem belga Stoffel Vandoorne, há muito a ser preparado pela equipa para entrar para o lugar de piloto titular), começou muito mal, com o espetacular acidente de Fernando Alonso, no GP da Austrália, após colisão a 305 km/h com o Haas F1 de Esteban Gutierrez (um dos pilotos que teve uma época para esquecer em 2016).

Foi à conta dele que o piloto espanhol foi forçado a falhar a ronda seguinte, no Bahrain. E que Vandoorne foi chamado para o seu lugar com a supervisão de Alonso. Apesar de não ter sido autorizado a correr (o choque a 45G obrigou a cuidados redobrados), o asturiano viajou com a equipa e procurou aconselhar o melhor possível o pupilo da McLaren. Resultado? Um fantástico 10º lugar que fez com que Vandoorne fosse o primeiro piloto a pontuar para a equipa em 2016. Num fim-de-semana repleto de pressão, em que foi observado por todos os quadrantes, dificilmente o belga poderia ter tido um desempenho que melhor justificasse a oportunidade que irá receber no próximo ano.

Alonso regressou na prova seguinte, na China, mas só na quarta ronda do campeonato, em Sochi, é que terminaria pela primeira vez nos pontos, com um positivo sexto lugar. Button faz o mesmo ao concluir a corrida em 10º e eis que, de repente, algo aparentemente tão simples como uma ‘dobradinha’ nos pontos se torna realidade pela primeira vez desde que a parceria McLaren-Honda foi reeditada, no início de 2015. O cenário viria a repetir-se no Mónaco, Malásia e EUA, com Alonso sempre em melhor posição do que Button, claramente batido em 2016 pelo seu colega de equipa, embora também mais ‘recetivo’ a problemas mecânicos. Ao todo, o #14 da McLaren terminou por nove vezes nos lugares pontuáveis (Rússia, Mónaco, Hungria, Bélgica, Singapura, Malásia, EUA, Brasil e Abu Dhabi) enquanto o britânico o fez por sete (Rússia, Espanha, Mónaco, Áustria, Alemanha, Malásia, EUA). O chassis do McLaren encontrava-se algures entre o quinto e o sexto lugar, atrás da Force India, mas nivelado com o da Williams, sendo que as mudanças produzidas pela Honda no ERS a partir do GP da Áustria resultaram numa forte melhoria do desempenho da equipa.

Agora, a questão passa por saber que evolução a equipa pode ter face a esta temporada, pois com a mudança de regras, abre-se uma janela de oportunidade e a Honda, pode, finalmente, acertar o passo com as restantes…

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Kimi Iceman
Kimi Iceman
7 anos atrás

O problema da McLaren foi o Sr. Arai. 2015 foi um ano deitado no lixo e é como se tivessem começado apenas em 2016.

ernie
ernie
7 anos atrás

Muita gente esquece, que quando a Honda regressou à F1 na era Turbo, fez uma incursão pela F2 com a Spirit, e venceu o campeonato, se não me engano com Stefan Johanson. No ano seguinte, convenceu a Spirit a subir o escalão, aproveitando o chassis de F2, equipado com um V6 1,5 Biturbo, derivado ainda do bloco 2.0 de F2, para fazer a sua entrada DISCRETA, antes de fornecer uma grande equipa no ano seguinte (Williams) e sacrificar a Spirit que pura e simplesmente desapareceu de tal forma que ninguém hoje se lembra dessa equipa, nem do seu fantástico triunfo… Ler mais »

MVM
MVM
Reply to  ernie
7 anos atrás

Apenas uma ligeira precisão: a Spirit não ganhou o campeonato de F2. O Thierry Boutsen ganhou várias corridas, o que foi notável para uma equipa estreante, mas não foi campeão. (O Stefan Johansson não ganhou nenhuma corrida.) Já agora, o Spirit de F1 – que era uma adaptação do carro de F2 da época anterior – foi conduzido por um holandês chamado Huub Rothengatter, a quem Niki Lauda chamava ‘rotten rat’. Quanto ao resto, acrescento que a equipa técnica da McLaren está, aparentemente, a sofrer um ‘brain drain’ depois da saída de Ron Dennis (ou será antes uma purga). Já… Ler mais »

ernie
ernie
Reply to  MVM
7 anos atrás

Obrigado pela correcção. Isto é o que dá falar de memória, sobre coisas que se passaram há muito. Espero que a Mclaren faça um bom carro e a Honda consiga aproximar-se mais da performance dos outros, para ajudar a baralhar as coisas e termos melhores corridas. No entanto, uma alteração muito profunda na estrutura, se por um lado pode trazer boas soluções, por outro pode significar mais um ano de adaptação. No entanto, mantenho que a Honda poderia acelerar muito o seu desenvolvimento, se já tivesse outra equipa, mesmo com menos meios que a Mclaren, já que teria mais dados… Ler mais »

driver-on-track
driver-on-track
7 anos atrás

obviamente com o charlatão Asturiano vai ganhar muitas corridas….. na playstation…. que equipa da treta…. é um sacrilégio que uma marca com os pergaminhos da Honda estar ligada a uma equipa de vigaristas que se acham grandes só porque ganharam no passado , pelo menos o ar já é menos fétido pois o Ron já foi com os porcos….

Pity
Pity
Reply to  driver-on-track
7 anos atrás

Tenha cuidado, não morda a língua, que pode morrer envenenado.

ernie
ernie
Reply to  Pity
7 anos atrás

O problema é que os animais que têm o veneno na boca, são regra geral imunes à sua própria mordedura.

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