F1, Lições do GP Singapura: Aston Martin terá de repensar objetivo

A Aston Martin iniciou o ano com desempenhos muito fortes de Fernando Alonso, na mesma altura em que Lance Stroll ainda estava a recuperar da lesão no pulso sofrida pouco antes do início do campeonato do mundo, e com um monolugar que dava garantias de lutar por pódios. Chegou-se a acreditar, entre os fãs do piloto espanhol, que a 33ª vitória de Alonso poderia estar próxima, mas até agora, quem quebrou o ciclo vitorioso da Red Bull – 15 triunfos consecutivos desde Abu Dhabi em 2022 até Itália já este ano – foi Carlos Sainz.
A equipa apresentou um pacote de atualizações e evoluiu um pouco depois de ter visto as melhorias na Mercedes e McLaren condizentes com os resultados obtidos nas corridas. Em Singapura até deram mostras de poder estar novamente na luta com estes adversários e a Red Bull, surgindo a Ferrari no topo da tabela de tempos nos treinos. Apesar disso, na qualificação, o acidente aparatoso de Stroll retirou-lhe a possibilidade de competir na corrida. Alonso, por seu turno, foi o terceiro mais rápido na Q2, mas na discussão da pole position no segmento final, não foi além do 7º lugar da grelha de partida, atrás de Kevin Magnussen e Lewis Hamilton.
Na corrida esteve em luta direta com o piloto da Haas e o seu antigo companheiro de equipa Esteban Ocon, mas o seu AMR23 estava ‘inguiável’, segundo o piloto. Há quem aponte alguns danos sofridos no carro, talvez de uma peça de carbono do incidente entre Sergio Pérez e Yuki Tsunoda ou até mesmo do toque de Logan Sargeant, justificando a dificuldade do espanhol na prova, comprovada pela situação na entrada do pitlane que lhe valeu 5 segundos de penalização. Terminou sem pontos somados, vendo Hamilton a ultrapassa-lo no campeonato e a Aston Martin a afastar-se de Mercedes e Ferrari, tendo que se defender de uma McLaren que está forte e a recuperar terreno.
Pensar em terminar a temporada no segundo lugar do mundial dedicado aos construtores pode ser agora um objetivo demasiado ambicioso e talvez pensar em defender o quarto lugar, tendo em atenção a equipa adversária de Woking, pode ser mais realista até ao final do ano.
Foto: Philippe NANCHINO / MPSA
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Drugovich deveria pilotar no Japão no lugar de Stroll.
No Japão e em todas as outras provas!