F1, Fernando Alonso: “Preciso de destruir quaisquer pontos fortes que os outros tenham”

Por a 19 Agosto 2022 16:00

Fernando Alonso tem demonstrado este ano que a sua idade é apenas um mero número, com grandes prestações em pista pela Alpine, o que lhe abriu a oportunidade para assinar um contrato multianual com a Aston Martin no início do mês, que entra em vigor na próxima temporada.

Aos 41 anos, Alonso permanece no auge das suas capacidades, acrescentando o benefício da sua experiência ao talento natural que tem levado a cabo ao longo da sua carreira.

Um aspeto que tem sido especialmente fascinante este ano tem sido observar a atenção aos detalhes que o piloto da Alpine tem quando se trata de encontrar todas as vantagens competitivas possíveis.

Alonso confessa ter grande prazer nos pequenos momentos em que tem sido falado esta época, pois diz que tudo isto faz parte do seu forte nível de competitividade.

“Preciso de dar 100% e preciso de destruir todos os pontos fortes que as outras pessoas têm. Mas isto eu faço em tudo o que pratico, quando jogo qualquer coisa”.

“Eu costumava jogar ténis, e quando jogava com alguém bom, punha a bola muito alta. Porque assim, conseguia parar o ritmo deles uma vez que estão habituados a bater a bola com muita força”.

“Não é só nas corridas que preciso de destruir as forças dos outros, e tentar maximizar as minhas”, explicou o bicampeão do mundo.

Alonso diz que a experiência que tem na Fórmula 1 o ajudou a focar nas áreas que necessita.

“Penso que a experiência certamente ajuda de muitas maneiras”, disse. “A partida; a perspicácia, a gestão de pneus, os pitstops, a forma como se aborda a mecânica, também a forma como se aborda o fim-de-semana no geral: os treinos-livres e a sua importância.

“Quando se é jovem, encara-se cada volta como se fosse a última; mesmo nos TL1”.

“Muitas melhorias têm sido feitas em condições ‘molhadas’. Normalmente as corridas com estas condições são um tiro no escuro, as coisas estão a mudar muito rapidamente, há muitos safety-cars, muitas linhas secas que irão aparecer mais tarde. Portanto, há mais oportunidades”.

“E nem todas as voltas são como se fosse a última. São este tipo de aspetos onde eu costumava cometer erros, no início das corridas, que agora tento evitar. E isto só vem com a experiência e com os próprios erros”, explica Alonso.

Alonso não sente que a idade lhe tenha trazido quaisquer aspetos negativos, especialmente após uma pausa de dois anos da F1 que lhe permitiu recarregar as suas baterias.

“Em termos das desvantagens, é difícil dizer alguma coisa porque não sinto que me falta nada do que tinha quando era mais novo”, garantiu.

“Talvez em 2018 tenha sentido que estava mentalmente exausto de todo o marketing e das viagens. E eu precisava desses dois anos fora. Agora sinto-me bem. Por isso, não sei se foram apenas esses dois anos que me ajudaram ou é apenas uma abordagem diferente que eu tenho agora”.

Acima de tudo, Alonso pensa que é uma versão muito melhor de si próprio neste seu regresso à Fórmula 1 do que quando colocou um ponto final ao seu percurso, em 2018.

“Portanto, de certa forma, agora sinto-me mais no controlo dos acontecimentos”.

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Pity
Pity
1 ano atrás

Os outros também precisam de destruir os dele, ora essa 🙂

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