F1: E se não houvesse Mercedes e Red Bull… Quem seria o Campeão?

Por a 24 Dezembro 2021 09:22

A Mercedes e a Red Bull estiveram claramente um passo à frente de todas as outras equipas, assim como Lewis Hamilton e Max Verstappen estiveram a um nível vedado aos restantes pilotos. Criámos dois cenários, um sem estas duas equipas e outro sem os dois contendores ao título, e como era de esperar, o equilíbrio competitivo seria muito maior e os Campeões, em alguns casos, seriam surpreendentes… Mas a realidade é sempre a realidade…

Antes de mais, é preciso explicar que, no primeiro cenário – em que Red Bull e Mercedes não fazem parte da competição – demos um ponto extra sempre que um piloto terminava à frente de um carro destas duas equipas, desde que estes tivessem visto a bandeira de xadrez, premiando as prestações que realmente se destacaram.

No entanto, não foi contabilizado qualquer ponto relativo a voltas mais rápidas, dado que, sem as duas equipas dominadoras este seria um exercício que seria procurado de uma forma diferente pelas restantes.

No segundo, cenário – em que apenas Verstappen e Hamilton não fariam parte da temporada – não foram dados pontos extra, ao passo que o Campeonato de Construtores não foi analisado, uma vez que Mercedes e Red Bull tinham apenas um carro.

FORMULA 1 HEINEKEN GRANDE PRÉMIO DE PORTUGAL, de 30 de abril a 02 de Maio, 2021, AIA Portimão – Paulo Maria / INTERSLIDE

CENÁRIO 1

No Cenário 1, nove pilotos de seis equipas diferentes, em oito teriam ganho, pelo menos, um Grande Prémio, ficando em branco apenas a Alfa Romeo e a Haas.

A Ferrari seria a mais vitoriosa, com oito triunfos, ao passo que a McLaren somava sete, sendo a formação transalpina quem no final do ano conquistaria o Campeonato de Construtores.

Na luta pelo Campeonato de Pilotos três nomes estaria na luta pelo título até à última corrida – Lando Norris, Charles Leclerc e Carlos Sainz, muito embora o espanhol estivesse numa posição mais fragilizada, o que o colocaria, seguramente ao serviço do seu colega de equipa no seio da Ferrari.

O inglês chegava a Abu Dhabi com 317,5 pontos, com 4,5 de vantagem para o monegasco, que estava no segundo lugar, apesar de ter mais abandonos.

Na prova de Yas Marina nenhum destes dois teve a sorte pelo seu lado. O jovem da McLaren teve um furo, o que atrasou, ao passo que o da “Scuderia” apostou numa paragem aquando da situação de Safety-Car Virtual e nunca conseguiu recuperar verdadeiramente.

Com um quarto lugar, Norris sagrar-se-ia Campeão Mundial neste universo paralelo, ao passo que Leclerc, com um sétimo posto, perdia o título e ainda se via ultrapassado por Sainz, o vencedor, no Campeonato de Pilotos.

No entanto, como é evidente, se este fosse o panorama para a derradeira corrida da temporada, a Ferrari seguramente que teria uma estratégia distinta, que favorecesse Leclerc, que era o seu piloto prioritário na luta pelo ceptro.

Norris teria ganho o Campeonato, sobretudo, com os seus resultados da primeira metade da temporada, período em que somaria todos os seus triunfos. Depois da Hungria, apenas por duas vezes subiria ao pódio, o que denota uma quebra de forma assinalável da parte da McLaren.

Leclerc, por seu lado, teria uma época mais consistente, garantindo duas vitórias até à Hungria e outras três entre a prova magiar e o final da época.

Carlos Sainz, que deste trio seria quem menos corridas venceria, três, tinha do seu lado o facto de pontuar em todas as provas para se manter em contenção pelo ceptro, algo que Daniel Ricciardo, com apenas uma vitória (que aconteceu de facto), ficava longe dos três primeiros e era decisivo para que a McLaren perdesse o Campeonato de Construtores.

CENÁRIO 2

No Cenário 2, também nove pilotos de seis equipas distintas subiriam ao degrau mais alto do pódio, ou seja, em dez, apenas a Alpha Tauri, a Aston Martin, a Alfa Romeo e a Haas não provariam o sabor embriagante da vitória.

Valtteri Bottas e Sérgio Pérez aproveitariam a superioridade do material colocado ao seu dispor, Mercedes e Red Bull, respectivamente, para lutarem pelo título, tendo sido os pilotos com mais vitórias.

No entanto, Lando Norris, com um bom início de época, chegou a liderar o Campeonato de Pilotos, parecendo poder ter uma palavra a dizer na decisão.

Contudo, com uma segunda metade de temporada menos brilhante, ficaria longe do duo da frente, acabando mesmo ultrapassado por Carlos Sainz, que, neste cenário, se impunha atrás dos homens das duas equipas de ponta – tal como aconteceu na realidade.

Bottas e Pérez chegavam à penúltima prova da temporada, o Grande Prémio da Arábia Saudita, separados por apenas 4,5 pontos.

No entanto, o mexicano acabaria por ter duas provas finais para esquecer – em Jeddah abandonava depois de um toque com Leclerc, ao passo que em Abu Dhabi desistia com problemas técnicos.

Bottas garantiria, portanto, o título na prova saudita com um triunfo assegurado na aceleração para a linha de meta, quando ultrapassou Esteban Ocon, que dessa forma viria o seu segundo sucesso da época escapar-lhe por entre as mãos.

Nestes dois exercícios verifica-se que haveria mais pilotos, sobretudo no Cenário 1, na luta pelos títulos e mais vencedores ao longo da temporada, porém, dificilmente teríamos um final mais dramático que aquele a que assistimos na realidade. Na verdade, nem sempre cenários imaginários superam a realidade e a temporada de 2021 é bem exemplo disso.

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11 Comentários
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EL14
EL14
2 anos atrás

Se?? este é o problema.

831ABO
831ABO
2 anos atrás

O que me leva a uma especulação clássica: e se a minha avó tivesse rodas?
Dois cenários seriam plausíveis: se fosse a minha avó materna, mulher grande e robusta com raízes na Bretanha, seria um camião Saviem, ou um Renault. Se fosse a paterna, seria Mercedes, porque era esse o nome dela. Como era pequena, seria talvez um Unimog.
Um bom Natal para todos. Ou quase todos.

*RPMS*™
Reply to  831ABO
2 anos atrás

Mas fosse qual fosse o cenário, tu serias sempre uma charrua… Sabes o que é? Lol

Feliz Natal! (para todos)

Cumprimentos

831ABO
831ABO
Reply to  *RPMS*™
2 anos atrás

Pobre pateta.

*RPMS*™
Reply to  831ABO
2 anos atrás

“por favor, não ofenda…” lololol
Olhe a elevação e o exemplo!

Cumprimentos

2020
2020
Reply to  *RPMS*™
2 anos atrás

Custa não custa….

can-am
can-am
2 anos atrás

O mundial desta série foi relativamente equilibrado,tirando o Mercedes nº 44 que realmente sempre mostrou ter um andamento diferente dos outros todos. As diferenças entre teams noutros anos já foram bem menores do que neste final de ciclo. Mas isso sempre assim foi. ( a F1 tem mais de 70 anos!), o que é pena é não haver mais pilotos a lutar pelas vitórias
.Vamos a ver para o ano,mas duvido. Mas pelo menos não foi um desfile duma nota só como nos anos anteriores.

jacinto-18
jacinto-18
2 anos atrás

Se se se… Até eu podia ser, se se se.

inoferreira
2 anos atrás

O sonho de alguns que por aqui andam………… vão sonhando

ZeCambota
ZeCambota
2 anos atrás

Alguém leu o conteúdo todo? Confesso que perdi a pachorra. Estas teorias todas é um bocado “trabalhar para o boneco”.

2020
2020
2 anos atrás

Leclerc ou Sainz lógico…

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