F1: Em defesa do halo

Por a 7 Agosto 2017 10:35

Jackie Stewart liderou uma campanha pela segurança nos Grandes Prémios na década de 1960, que não foi muito popular entre muitos fãs nessa altura. O Tricampeão do Mundo compara essa atitude às reações que o halo protetor do ‘cockpit’ estão a gerar atualmente. O escocês considera que não se deve condenar um dispositivo que foi criado para evitar mortes na F1.

Falando durante um encontrou dos Great British Racing Drivers, Stewart sublinhou a sua crença de que o halo é um ‘preço’ que vale a pena pagar para manter os pilotos seguros: “Do meu ponto de vista salvar uma vida, e algumas dessas pessoas – estive em muitos funerais – podiam ter sido salvas, como as de alguns amigos meus. E isso aconteceu porque não tínhamos tecnologia para o evitar”.

“Lamento mas não tenho uma impressão negativa do halo. Li vários artigos em que diziam ‘este é o fim da Fórmula 1 para mim’. Bem, é como as pessoas dizerem ‘Jackie Stewart vai matar o automobilismo’ por causa da segurança em pista. Penso que se deve ter o máximo de segurança que se possa conseguir e pensar que se está a destruir a Fórmula 1 ao fazer isto é o mesmo que criticar o capacete integral dizendo que não se deve usar porque a visibilidade não é muito boa”, enfatizou Stewart.

O Tricampeão do Mundo referiu ainda que na sua opinião é melhor ser pró-ativo do que reativo: “A medicina preventiva é consideravelmente mais importante do que a corretiva, que é consideravelmente mais cara que a preventiva. O halo, na minha opinião, é necessário, e teria evitado, no meu tempo, a morte de Henry Surtees – atingido pela roda do carro de um outro piloto. Foi apenas azar. Mas será que vale depender apenas da sorte?”.

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can-am
can-am
6 anos atrás

O J. Stewart sempre foi um alinhado com o establishment, reverendíssimo e obrigado com o poder.
Um yes man. Como piloto foi excepcional, mas fora do carro nunca foi pessoa de fazer ondas.

Pity
Pity
Reply to  can-am
6 anos atrás

Mas é verdade que foi ele que começou a cruzada pela segurança, e com isso ajudou a salvar muitas vidas. Eu não gosto do halo, mas se ele evitar uma morte, já terá valido a pena.
Lembra-se certamente do GP da Bélgica, em que o Grosjean, por muito pouco, não “passou a ferro” a cabeça do Alonso. Felizmente tudo correu bem, mas suponha que o Lotus acertava no espanhol, com o halo, ele apanhava apenas um valente susto, sem o halo, já cá não estaria.

mcrae
mcrae
Reply to  Pity
6 anos atrás

Quem sabe se não teria salvo o Jules Bianchi.. apesar de haver coisas que no início não nos agradam, se isso poder salvar umas vidas não vejo mal nenhum, até porque não vai afetar nada em termos de performance dos carros.

Pity
Pity
Reply to  mcrae
6 anos atrás

Infelizmente, o Bianchi não tinha salvação, porque ele não morreu devido à pancada, mas devido à brusca desaceleração, que fez “chocalhar” o cérebro dentro da caixa craniana.

Não me chateies
Não me chateies
Reply to  mcrae
6 anos atrás

O que teria salvo o Bianchi seria um safety car antes de colocarem um tractor em pista, em condições de aquaplaning. Se o manitou não estivesse onde estava nada de mal teria acontecido, logo não necessitaria de halo. Dou outro exemplo, imagine que o Lauda quando teve o acidente nos anos 70, tinha o halo, estaria vivo hoje em dia?

anotheruser
Reply to  Não me chateies
6 anos atrás

Será mesmo que um safety-car, no meio daquela desorganização da direcção de corrida e na organização, teria sido suficiente?

anotheruser
Reply to  mcrae
6 anos atrás

O halo nada faria no acidente do Bianchi. Esse cenário foi testado (vide notícia da conferência de imprensa sobre o halo). O comportamento do halo foi considerado como “Neutral”. O halo está projectado para aguentar o embate de uma roda de cerca de 10kg a 225km/h. Não está projectado para aguentar o embate de um carro de mais de 700kg com aquela velocidade. O halo teria simplesmente ficado pulverizado no acidente do Bianchi, assim como no acidente do Alonso em Melbourne ou o do Kubitza no Canadá (estes dois outros cenários não foram simulados). É resistente, e está desenhado para… Ler mais »

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