F1 – Cyril Abiteboul: “Os motores não estão preparados para ultrapassar os 1000 cv”
Por Nuno Barreto Costa a 10 Fevereiro 2017 13:58
A atual geração das unidades de potência da F1 não está ainda pronta para superar a barreira dos 1000 cv. Pelo menos é o que defende Cyril Abiteboul.
O diretor da Renault Sport considera que mesmo que os construtores envolvidos na disciplina fiquem próximos da cifra ‘mágica’, não deverão ultrapassá-la.
“Penso que o topo de performance das unidades de potência irá variar entre os 900 e os 950 cv. As equipas contam que 1000 cv talvez seja um pouco otimista – acho que nem mesmo a Mercedes os atinge. Mas, definitivamente, é atingível sob os atuais regulamentos”, opina Abiteboul.
“Temos alguns conceitos radicais a ultrapassar, mas não para esta época. Precisamos de mais tempo”, refere ainda o responsável desportivo da Renault.
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Há 40 anos os “pequenos” motores de 1,5 litros turbo tiravam 1400 cv. Embora os propulsores actuais tenham muito mais limitações do que os dessa época. Daí que superar os 1000cv é fácil, para mais com o fim dos tokens etc, mesmo com as grilhetas regulamentares em que os motores actuais estão metidos.
Hoje seria possível tirar potências na casa dos 5000cv ! dos motores de 1,5 litros, se houvesse liberdade total de desenvolvimento (pressão dos turbos livre, electrónica livre, materiais exóticos etc,tudo coisas proibidissimas há “séculos”na F1 ).
Comparar os motores de há 40 anos com os actuais não faz sentido nenhum. Primeiro é preciso dizer que não é bem assim que os motores debitavam de 1400c. Isto é, é preciso contextualizar esses 1400cv, que eram obtidos apenas em qualificação e muitas das vezes nem 3 voltas conseguiam fazer! Em corrida a potência baixava para bem menos de 1000cv e mesmo assim muitos deles partiam. Hoje, eles têm de duram 5/6 corridas, têm muitas limitações a nível dos materiais usados, sem contar também o consumo. Não sei onde aparece esse número mágico de 5000cv…mas tirar 1000cv das unidades… Ler mais »
Até porque parte dela advém da parte eléctrica, certo? É um factor novo em jogo, que a mercedes interpretou e arquitetou de uma maneira perfeita, comparativamente com os outros. Mesmo a nível do motor de explosão, lembro-me da Mercedes afirmar que melhorou em 30% a eficiência do combustível utilizado, o que significa que não há uma gota que seja mal queimada, quase… É muito diferente dos antigos realmente…
Sim. 1000cv são da unidade motriz completa. Mas tal como as limitações do motor térmico, também a parte eléctrica tem limitações impostas.
A Mercedes afirma que a unidade motriz completa está muito próxima dos 50% de rendimento, o que é muito bom!