F1, choque em Zandvoort: Sainz e Lawson divergem sobre culpa após colisão que custou pontos

Por a 2 Setembro 2025 12:22

O Grande Prémio dos Países Baixos de F1 foi palco de um incidente controverso que viu Liam Lawson, da Racing Bulls, e Carlos Sainz, da Williams, colidirem em pista, arruinando as suas aspirações de pontuar. A colisão, que resultou em penalizações e frustração para ambos os pilotos, gerou um aceso debate sobre a responsabilidade do sucedido.

A situação desenrolou-se na volta 26, após um período de Safety Car que reagrupou o pelotão. Com os monolugares a circularem em sétimo e oitavo lugar, Carlos Sainz (Williams) tentou uma ultrapassagem a Liam Lawson (Racing Bulls) na Curva 1 do Circuito de Zandvoort.

O piloto da Williams optou pela linha exterior, enquanto Lawson defendia a sua posição pelo interior. No apex da curva, o pneu dianteiro direito de Sainz tocou no pneu traseiro esquerdo do carro de Lawson. O impacto foi imediato: ambos os pilotos sofreram furos e foram forçados a regressar lentamente às boxes, perdendo uma volta e terminando fora dos pontos, em 12.º e 13.º lugares, respetivamente.

Versão de Carlos Sainz: frustração e acusações

Carlos Sainz foi considerado culpado pela direção de corrida e penalizado com 10 segundos, uma decisão que o deixou visivelmente frustrado. “Tento sempre ser bastante controlado e escolher bem as minhas palavras no rádio, manter a calma, digamos assim, neste desporto de alta adrenalina e stress”, começou por dizer Sainz. “Hoje foi muito difícil, porque, em primeiro lugar, sofri um incidente que me custou mais 10 pontos no campeonato, quando estava a ter um dos meus melhores fins de semana do ano. Essa é a frustração número um.”

O piloto da Williams criticou Lawson: “A frustração número dois é correr com um tipo que não é a primeira vez que o vemos expor-se a ter um incidente com outro piloto.” Sainz acrescentou que preferiu uma linha “lado a lado” com alguém que “prefere não a ter e prefere arriscar um incidente e arriscar perder tantos pontos”. A penalização, para Sainz, foi “inaceitável” e “algo que não entendo”.

Defesa de Liam Lawson: regras e contexto

Liam Lawson, por seu lado, também expressou frustração, especialmente num fim de semana em que o seu colega de equipa, Isack Hadjar, conquistou o seu primeiro pódio na Fórmula 1. Contudo, o piloto neozelandês defendeu a sua conduta, argumentando que agiu de acordo com as regulamentações em vigor. “É uma chatice para ambos. Obviamente, não é a minha intenção, mas é a primeira volta num recomeço e temos muito pouca aderência na Curva 1”, explicou Lawson.

Sobre as regras, afirmou: “As regras estão escritas como estão e todos sabemos como estão escritas, por muito que às vezes não concordemos, já fui alvo disso este ano e também discordo, mas é assim que são.” Lawson justificou a penalização de Sainz: “Para ser a curva dele, ele tem de estar à frente no apex e ele não estava perto disso, por isso suponho que tenha sido penalizado por isso.”

As consequências e o contraste com o sucesso da equipa

O incidente significou uma perda de pontos para ambos os pilotos, num momento crucial do campeonato. Para Sainz, esta foi a quinta corrida consecutiva sem pontuar, um período de ‘seca’ preocupante. Para Lawson, a situação é também complicada, pois ocorreu no mesmo dia em que o seu colega de equipa, Isack Hadjar, celebrava um pódio histórico, sublinhando a natureza imprevisível e por vezes cruel da Fórmula 1. A colisão realça a intensidade da competição na Fórmula 1, onde cada decisão e manobra em pista podem ter um impacto significativo nas aspirações dos pilotos e das equipas.

A Fórmula 1 é um desporto onde a disputa por cada centímetro de pista é feroz, e a interpretação das regras de “prioridade na curva” é frequentemente um ponto de discórdia. Geralmente, para um piloto ter o direito a uma curva, deve ter uma parte significativa do seu carro ao lado do outro no ponto de viragem (ápice). A tentativa de ultrapassagem pelo exterior, como a de Sainz na Curva 1 de Zandvoort, exige um espaço considerável e um acordo tácito entre os pilotos, algo que nem sempre se concretiza em momentos de alta pressão. Estas situações são frequentemente subjetivas e sujeitas à interpretação dos comissários de prova, que consideram a posição dos carros, o espaço deixado e a intenção dos pilotos para determinar a responsabilidade em caso de contacto.

FOTO Phillippe Nanchino/MPSA

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